Meu Namorado Gay

Falando com a sogra

Me desculpem por demorar a postar. É porque estou me mudando e está tudo muito corrido.

- Alô. - digo atendendo o telefone.

Como não obtenho resposta, tiro o parelho do ouvido e chego se a ligação ainda está em andamento. E pelo que tudo indica, a mãe de Justin não quer falar.

- Me desculpe, mas esse é o telefone do meu filho Justin? -pergunta receosa.

- É sim. Eu sou a namorada dele, ele foi buscar nossos pedidos. - tento parecer o mais normal possível, mas sem sucesso, pois minha voz sai um pouco alta demais.

- Namorada? Você é namorada do meu filho, do Justin? - pergunta a senhora do outro lado da linha, um tanto quanto surpresa. E então a ouço murmurar quase inadivelmente " então é verdade".

- Sim, dele mesmo.

Vejo o homem parado em minha frente, roer as unhas rapidamente, numa atidude completamente nervosa. Sinto vontade de rir, mas me contenho e apenas estico a mão e pego a sua que estava na boca, e a aperto firmemente.

- Será que eu poderia ?

Me destrai com o ataque de pelancas de Justin e me esqueci completamente o porque dele o estar tendo. Sua mãe ainda está do outro lado da linha e pelo que parece estava falando.

Será que pode o que ? Não faço a mínima ideia do que ela havia dito.

- Me desculpe,estava distraída. O que a senhora falou mesmo ?

Ela solta um resmungo, o que me faz ter vontade de desligar na sua cara. So para ela aprender. Mas provavelmente isso causaria a 3 guerra mundial entre mim e Justin.

- Será que eu poderia falar com o meu filho ?

Sem dar-lhe uma resposta, simplesmente estico o braço para que ele o pegue. Mas meu amigo arrega-lá suas lindas bolas castanhas e balança a cabeça negativamente.

A partir daquele momento, começa uma conversa estranha envolvendo mimicas e olhares raivosos partindo de minha pessoa.

Depois imitar uma garganta sendo cortada, com apenas uma mão, ele finalmente desiste, e respirando fundo ele pega o celular.

- Oi mãe. - diz ele sem nenhuma animação.

- Eu estava pegando comida... Sim eu estou no shopping...Eu levo um presente pra você mãe...Eu já falei que eu vou...Sim ela vai também...O nome dela é Katrina...Não mãe...Nós não queremos filhos agora...Meu Deus mãe...Ela não é mais virgem e sim já transamos.

Essa parte faz com que meus olhos quase saíam dos meu rosto. Porque sua mãe quer saber se ainda sou virgem?.

Apesar de mãe ser como amiga, tem certas coisas que não podemos contar. E que elas tem que ter o senso de não perguntar, mas pelo que ouvi da pequena conversa já pude concluir que não será nada fácil.

Quando enfim ele desliga o celular, deposita o mesmo em cima da mesa, e passa as mãos pelo cabelo, e olha para cima como se pedisse ajuda a Deus.

Seu olhar então volta para mim, e o que seus olhos refletem me deixa completamente triste. Justin me olha como um menino vulnerável e quebrado. Então faço a única que coisa que passa na minha cabeça no momento... Roubo suas batatinhas.

Sua expressão muda de tristeza e mágoa para levemente surpreso e aliviado. Isso faz com meu coração deixe de se apertar um pouco, Justin é como um irmão para mim e vê-lo tão abatido me deixa triste.

Resolvo voltar minha atenção para uma coisa que está me incomodando, desde o fim da ligação da minha "sogra".

- Por que sua mãe perguntou se eu era virgem?

- Porque eu nunca apresentei nenhuma garota pra minha família, e então ela pensou que você estivesse grávida, e que eu estivesse escondendo.

- Tudo bem. Saber que sua mãe acha isso de mim sem ao menos me conhecer, só me deixa ainda mais ansiosa para conhecer o resto.- respondo num falso entusiasmo.

Ele apenas ri, e me puxa pelo braço para levantarmos da mesa. Como já havíamos pagado a conta quando o guarçom fez os pedidos, ele só saiu andando comigo para longe do restaurante.

Ver as batatinhas e meu hamburgue quase intocados, me fez sentir uma sensação de perda que eu comparo com a de um filho. Porque nada mais cruel na vida que abandonar a comida no prato, principalmente se for um xbacon com um prato cheio de batatas com cheddar e dois sucos.

Justin ainda puxa meu braço, e parece não sentir nenhum remorço de ter deixado--lhes para trás.

Quando enfim chegamos a minha casa, jogo as centenas de saconas no chão e me deixo cair em cima do sofá, Justin faz o mesmo processo só que ele se deita no chão, em meio as pilhas de roupas.

- Você ainda está com fome ?. - justin pergunta.

- Como assim ainda ? Não sei se o senhor lembra mais quando estava indo dar minha segunda mordida naquele maldito monumento gorduroso, sua mãe ligou.

- Como agradecimento por você estar me ajudando, vou fazer um macarrão com queijo, que eu sei que a senhorita ama.

Ele sai da sala e vai para a cozinha, enquanto eu continuo com o desejo de me fundir ao sofá, para que assim eu não tenha que sair daqui.

Algum tempo depois, Justin aparece com uma belo prato cheio de macarrão, com muito queijo e meu suco de laranja. É por essas e outras que amo ser amiga dele, ele simplesmente tem a capacidade culinária que eu nunca terei na vida e sinceramente não me incômodo com isso.

Pois vivo muito bem, com as minhas comidas prontas, e meus telefones de restaurantes. Mas não posso negar que uma comidinha caseira sempre cai bem.

Então como, aproveitando cada mordida, porque do que depender da minha habilidade para a arte da mentira, ficarei um bom tempo sem comer as deliciosas refeições de Justin.

Continua...