Capítulo 50- VÓ!

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Uns meses se passaram e no meu relacionamento está tudo ótimo, a única coisa que me preocupa, é a minha avó.

Matheus: Nanda, me ajude, preciso que você a leve para a sala de cirurgia.

Nanda: Tudo bem.

Tenho curso e um semestre inteiro de medicina, com isso me gerando um bom emprego que o meu querido cunhado matheus conseguiu para mim. É claro que não na área de medicina, mas sim como sua assistente.

Pego a maca no corredor e vou em direção a sala de cirurgia.
Não sei ao certo o que há com ela, pois, por proteção o matheus não me deu uma sequer palavra.

Vitória: Maria, é você? Pergunta pegando em minha mão que estava sobre a cama.

Paro por um instante encostando-me na parede do corredor, abaixo a minha cabeça, fazendo assim, com que ela veja o meu rosto.

Vitória: Você não é a Maria?, pergunta enquanto toca em minhas bochechas meio confusa.

Nanda: Não, sou eu vó, nanda!

Vitória: Eu já sou avó?

Como assim ela está fazendo esta pergunta?

Volto para trás da maca e entro na sala de cirurgia.

xxx: Pode deixar, diz um dos enfermeiros a pegando no colo e a transferindo para a cama de cirurgia.

Nanda: Cuidado por favor, o matheus disse que o caso dela é muito delicado.

Matheus: Isso mesmo e por esse motivo a senhora não vai ficar aqui, diz referindo-se a mim enquanto lavava as mãos.

Nanda: Não matheus, por favor, digo com os olhos marejados.

Vitória: Vai ficar tudo bem mocinha, diz estendendo a mão e sorrindo para mim.

Nanda: Que assim seja, digo pegando em suas mãos.

xxx: Nanda, vamos começar, você pode retirar-se? Pergunta o cirurgião.

Nanda: Tudo bem, digo soltando a sua mão e saindo do quarto.

Meu Deus, Meu Deus, Meu Deus, penso colocando as mãos na minha cabeça e deixando as lágrimas caírem.

Gabi: Nandaaa, grita do corredor.

Enxugo minhas lágrimas rapidamente e viro-me dando um sorriso fraco.

Nanda: Oi, digo enquanto aproxima-se.

Gabi: Você precisa ir para a igreja, esqueceu que vai cantar hoje?

Nanda: Sim, digo batendo em minha testa.

Gabi: O matheus disse que o seu horário já acabou, eu te levo, vamos?

Nanda: Sim, digo sem mais palavras.

Pelo que notasse o matheus só falou do meu horário de saída, o que de fato, era bem melhor assim.

Passamos em casa, coloquei uma roupa mais adequada e entramos no carro.

Não nego, estava naquele local, mas a minha cabeça estava longe. Muito longe.

Gabi: Nanda.

Gabi: Nanda..

Gabi: NANDA, grita batendo no volante.

Nanda: O que? Pergunto assustada.

Gabi: O seu celular.

Olho para o celular em meu colo e era o Guilherme.

Se atender vou chorar, ele é a única pessoa com que não sou 100% forte, penso, olhando para o celular tremendo.

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