Capítulo 52- Braços do Pai

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PI PI PI PI

Nanda: Dona Maria, eu vou procurar de qual sala está vindo o barulho do aparelho e já volto Okay?

Maria: Tudo bem, diz sorrindo.

Vou em direção ao corredor e procuro a multidão e por incrível que pareça aquele local nunca esteve tão calmo.

Passo no quarto da minha avó e avisto o matheus.

Nanda: Oii, digo aproximando-me.

Matheus: Nanda? Pergunta assustado limpando as lágrimas que haviam em seu rosto.

Nanda: O que houve? Por que está... Digo olhando para dentro do quarto.

Até que... Sou surpreendida pelo o que vejo.

Minha mãe estava sentada no chão e a minha avó branquinha como a neve e sorrindo como nunca antes.

Nanda: Ela...

Nanda: Ela...

Matheus: Calma nanda, diz me pegando pelo os braços.

Nanda: Não não não, digo com as mãos sobre a cabeça e voltando para o corredor.

Matheus: Calma nanda.

Olho novamente e saio desenfreada pelos corredores.
Eu sei que Deus fez o melhor para ela não sofrer, eu sei que agora ela está em um lugar melhor e sei que isto estava perto de acontecer, mas aceitar nunca é tão rápido e fácil assim. Tive um choque em ver aquela cena e só queria ter me despedido. Só queria ter dado o último abraço, o último beijo, o último olhar. O matheus sabia que ela estava assim e por que me mandou sair daquele quarto? Por que?

Com os olhos embaçados por causa das lagrimas, vou em direção a recepção e dou de cara com o Gui.

Guilherme: Nanda? O que houve meu amor?

Nanda: Ela..

Nanda: ...ela, digo entre soluços.

Guilherme: Ela o que nanda?

Nanda: Ela faleceu! Digo tremendo e tudo escurece.

Guilherme narrando...

Em um piscar de olhos ela cai desmaiada em meus braços.

Guilherme: Nanda, grito.

Guilherme: Nanda!!!!

A pego no colo e a levo para a sala ao lado colocando-a na maca, chamo os enfermeiros e felizmente minutos depois ela acorda.

Nanda: O que aconteceu? Pergunta confusa e meio fraca.

Guilherme: Você ficou muito abalada e desmaiou.

Nanda: Deus sabe o que faz.

Ela diz e sorri, levantando-se da maca.

...

Depois que afirmei minha fé, sempre confiei em Deus, mas sinceramente, não achei que este momento ia ser tão triste para mim.

Lisa ligou para a funerária e fez todos os procedimentos.

Gabi? Bom, acho que a mais centrada e forte foi ela.

Nanda? Já fez de tudo para se distrair, mas infelizmente seu semblante triste ainda não saiu de seu rosto.

Henri? Como sempre, equilibrado e acalmando a todos com a palavra de Deus.

João? Bom, ele sorria, mas por dentro estava a um fio de ser quebrado, afinal, não era fácil perder o amor de sua vida.

Matheus? Trabalhava como nunca, para que a nossa avó fosse tratada como uma rainha até o seu último instante.

E eu? Bom, descrevi todos, mas a mim não sei exatamente me alto descrever. Vitória era uma pessoa doce, gentil, linda, virtuosa e uma mãe para todos. Lembro-me da primeira vez que a vi e desda aquele momento ela se preocupou comigo. Como uma pessoa pode ser assim? Ela mal me conhecia e já me amava desda aquele instante. Engraçado né? Agora paro para pensar e analiso. Se a vitória, uma simples humana como todos nós já teve esse amor por mim, imagina Deus? Se eu que a amava como uma avó já estou sentindo essa dor, imagina Deus quando viu a sua filha amada naquele estado? Agora eu te entendo Pai. Quando sofremos aqui na terra, os seus braços passa a ser o nosso descanso e até mesmo a nossa cura. E hoje, vitória, minha avó, foi curada. Hoje ela nasceu novamente, mas dessa vez, nos braços do Pai.
Tudo tem a sua hora e a hora dela foi hoje.

Essa dor que nos consome agora só irá fortalecer as nossas alegres e grandes lembranças, lembraças de uma forte senhora que até os seus últimos instantes foi temente a Deus.

Continua...
"No Senhor confio. Como, pois, me dizeis: Foge para o monte, como um pássaro?" Salmos 11:1

Vamos chorar juntos migos? :(
A paz do Senhor amados, até amanhã, bjs e obs: Vou lançar outro livro u.u fui, Tchau.

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