- Anna está estranha não acha? - pergunto a Rapha. Ele dá de ombros.
- Talvez, acho que sim.
- O que ela foi fazer no hospital aquele dia? - faço outra pergunta.
- Eu não sei - responde ele - ela só disse que não estava muito bem.
- Será que ela está doente? - pergunto - já faz uma semana que ela não vai há escola.
- Talvez - responde ele - O que vai fazer agora?
- Não sei - digo - nada talvez.
Estávamos sentados em frente a minha casa, tínhamos acabado de chegar da escola. Rapha não parecia muito animado, mesmo com o fim de semana e se tem alguma coisa que Rapha gosta são feriados e finais de semana, mas apenas por um motivo, festas.
- Lembra como eu fiquei bêbado na festa da Heather? - perguntou ele sorrindo.
- Lembro - respondo - aquilo não foi nada legal, eu tive que arrastar você até em casa.
- Eu sei... Mas foi legal pode admitir.
- Não foi não! - respondi.
E não tinha sido mesmo. Nós fomos a festa na casa de Heather os pais dela não estavam na casa e ela aproveitou para fazer uma "festa adolescente". A festa estava realmente incrível eu que não posso beber tomei alguns goles confesso. Mas Raphael ele pegou pesado fazendo apostas em jogos e tudo quanto é coisa e como ele não joga nada bem sempre perdia e quem perde tem que virar um copo com qualquer tipo de bebidas com tanto que a bebida contenha álcool.
Bom aquilo resultou em um Raphael totalmente doidão e bêbado, ele andava caindo prós lados isso quando ficava em pé. Eu tive que levar ele para casa então carreguei ele ate o carro e ele me retribuiu com um banho de vômito. Naquele dia Rapha dormiu na minha casa, eu o levei até o banheiro e o coloquei debaixo do chuveiro com roupa e tudo e o mais difícil daquela noite foi trocar a roupa.
No dia seguinte Rapha reclamava da ressaca e eu não ligava para o que ele dizia afinal ele sabia das consequências.
- É - disse ele - tirando a parte do vômito foi legal sim.
- Só pra você - respondi.
- Amanhã acho que não vou poder vir.
- Porque não? - perguntei.
- Meus pais e eu vamos sair - respondeu olhando pra mim - vamos visitar os meus avós.
- Legal... - digo
- Você pode ir com a gente se quiser.
- Eu prefiro ficar em casa ou ir a praia - respondi.
- Você vai ficar bem? - perguntou.
- Vou sim - olhei para ele - claro que vou.
- Eu não queria ir sabe? - disse ele - mas meus pais você sabe como eles são.
- É eu sei - digo - principalmente o seu pai.
Levantamos de onde estávamos sentados. Rapha bate com as duas mãos no meu rosto.
- Fica bem Brother - diz ele e me abraçando.
- Vou ficar - digo e ele vai embora.
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Uma Chance De Viver
RomanceEm uma chance de viver Anna de dezessete anos leva uma vida normal como qualquer outro adolescente da sua idade. Mas alguns acontecimentos fazem sua vida tomar outro rumo é quando Anna se aproxima de seu colega de sala Deny.