Capítulo 25

207 18 2
                                    


π Florence π

- De quê? - pergunto.

- De perde - lá. - diz e passa sua mão não machucada em seu rosto.

- Você não vai me perder nem se quiser, Edward. - digo e beijo sua testa.

- Independente do que sair da minha boca? - pergunta.

- Claro, agora conta - me tudo. - digo e sorrio.

Edward suspira e passa a mão pelo cabelo.

- Eu tinha sete anos, eu e Rupert ouvimos uma gritaria no andar de baixo então descemos para ver o que era. - diz olhando em meus olhos.

Aperto seu braço numa forma de conforta - lo e que continue.

- Nós descemos e encontramos nossa mãe atormentada, depois ouvimos batidas na porta seguida por gritos do meu pai. Ela implorou para eu não abrir, mas já era tarde demais, meu pai já havia entrado em casa e estava com uma arma em sua mão que logo foi apontada para minha cabeça. - diz e lágrimas caem de seus olhos e dos meus também.

Percebo que ele sofre por tocar no assunto e sinto - me mal por fazê - lo contar.

-Não precisa continuar. - digo.

- Eu quero continuar, agora Prometa - me uma coisa. - pede.

- Qualquer coisa. - digo e aperto seu braço.

- Não me deixe, nunca. - implora.

Beijo seus lábios numa forma de conforta - lo.

- Nunca. - murmuro e Edward sorrir, enquanto continua sua história.

- Minha mãe implorou para ele largar a arma mas ele não o fez, ele só gritava que ela era a culpada de tudo! Depois, mamãe tentou chegar perto de mim, porém ele a empurrou fazendo com que ela caísse em cima da mesa de vidro.
Quando olhei e a vi toda ensanguentada, eu comecei a gritar com meu pai. Ele chamou por ela algumas vezes mas nenhuma resposta obtida, então ele empurrou - me e largou a arma no chão enquanto ia ver se ela estava viva. Foi aí que eu peguei a arma e apontei em sua direção, puxando o gatilho e atingindo sua perna em seguida. Ele caiu e eu corrir para ver como mamãe estava, ela pediu para eu e Rupert saímos dali, porém nenhum de nós queria deixa - lá. - diz e estou perplexa.

Não pensei que o pai de Edward poderia ser esse monstro horrível.

- Ouvimos sirenes, olhei para trás vendo meu pai com a arma apontada para a própria cabeça, depois só ouvimos o estalo e ele caído no chão. - diz e não controlo minhas lágrimas!

Edward está chorando e culpando - se por tudo.

Meu homem jovem e sensível.

π Edward π

Levanto - me da cama e começo a andar de um lado para outro.

- Foi tudo culpa minha! - grito e passo minha mão por meu cabelo.

- Não foi Edward! Para de se culpar. - diz minha menina com olhos e rosto marcados pelas lágrimas.

Culpa minha por ela está chorando, culpa minha por minha mãe ter marcas no corpo, culpa minha por Rupert ter ficado traumatizado, tudo culpa minha!

- Você não entende, sou um monstro Florence! Sou um monstro sem dentes afiados ou chifres. Sou um monstro com o coração frio e sem alma. O demônio é real, e não é um pequeno homem vermelho com chifres e cauda. Ele pode ser lindo porque é um anjo caído e era o favorito de deus. - digo e lagrimas rolam pelo meu rosto.

- Esta dizendo que é lindo? - Florence da um pequeno sorriso debochado fazendo - me bufar e revirar os olhos.

Seus pés movem - se para mais perto e eu tento me afastar, porém sou impedido pela parede atrás de mim.

- Eu não me importo de esta apaixonada por um demônio. - sussurra contra meus lábios.

- Dizem que quando um anjo se apaixona por um demônio perde suas asas. - sussurro de volta encarando seus lábios.

- Eu nunca quis voar mesmo. - diz e selo nossos lábios num beijo desesperado e cheio de amor.

" Quando se ama alguém, vale a pena lutar, não importa as probabilidades". - Cidades de Papel

Touch Me Like You DoOnde histórias criam vida. Descubra agora