π Florence π- Terminei. - diz Isabel e bate palmas.
Des do início ela não deixou eu me olhar no espelho por isso que virou a cadeira.
- Posso ver? - pergunto.
Ela não responde, vira a cadeira e abro meus olhos. Uau.
Estou linda, muito melhor do que nos últimos sete dias.
Meu cabelo não está muito curto, ela não cortou muito.
Tem cachos de várias formas e tamanhos, ela pegou algumas mechas da frente e prendeu para trás.
A maquiagem é preta mas tem brilho, muito aliás. Minhas bochechas estão rosas e meus lábios vermelhos, definitivamente adorei.
- Adorei. - digo e sorriu.
- Eu também. - diz e rir.
- Obrigada, Isabel, você fez milagre. - digo
- De nada, Flor. - diz e sorrir.
- Tchau. - digo e volto para a recepção pelo mesmo corredor.
Chegando lá, vejo Debbie a minha espera.
Ela está bonita, seu cabelo está preso em um coque bagunçado e a maquiagem é clara.
- Quanto deu? - pergunto.
- Duzentos e oitenta e cinco dólares. - diz e entrego o dinheiro.
Saio do salão acompanhada por Debbie e entramos no carro, agora só espero que não tenha engarrafamento já que são quase duas e meia da tarde.
- Está linda. - diz Debbie.
- Obrigada. - digo e sorriu.
- Se ele lhe visse agora, com certeza cairia ao seus pés. - diz e rir entrando na via expressa.
Meu sorriso se desfaz quando ela menciona ele.
- Por favor Debbie, não. - digo e olho pela janela.
- Você tem que encarar isso como adulta Flor! Você acha que vai conseguir esconder isso da mamãe a vida toda? - pergunta.
- Não, talvez. - digo e suspiro.
- Você não vai, Flor. - diz.
- Porque não? - elevo o tom da minha voz.
- Porque vou conta - lá! Não acho justo ela pensar que vocês ainda estão juntos se nem sequer estão se falando. - grita.
- É complicado. - digo.
- É complicado o que? Aceitar que ele não te quer mais e precisa ficar fantasiando? - grita.
- De novo não Debbie, não acredito no que acabou de dizer. - murmuro e lágrimas enchem meus olhos.
Agora não Florence, você é forte, agora não.
- Estou sendo realista! E você também deveria ser. - diz e passa a mão pelo cabelo.
- Ser realista dói. - murmuro para mim enquanto ela estaciona o carro na garagem.
Graças a deus, não iria aguentar sequer mais um segundo nesse carro.
Tento abrir a porta mas está trancada.
- Não terminamos. - diz.
- Terminamos sim. - digo destravando o carro e saindo.
Ela também sai do carro quando Ouço seus passos logo atrás de mim.
Abro a porta e subo as escadas com meu vestido nas mãos.
- Volta aqui Florence! - Ouço ela gritar da sala.
Ignoro. Preciso me arrumar e ficar bonita para o dia da Nona, ela precisa me ver feliz para ficar bem.
Despir - me, abro a caixa e pego o vestido, vestindo - o.
Olho - me no espelho e vejo que a calcinha está marcando, merda, vou ter que tira - lá.
Tiro a calcinha e vejo que está bem melhor.
Abro a mala e pego um salto branco, apesar do vestido cobrir os pés e o sapato, tenho que colocar algo apresentável mas o que eu queria mesmo era uma sapatilha.
Pego minha bolsa e coloco uma sapatilha na mesma, tenho certeza que não vou aguentar mais do que a cerimônia com esses saltos.
Saio do quarto e desço a escada. Debbie já está na sala a minha espera.
- Vamos. - digo sem olhar em sua cara.
Saio da casa e entro no carro, ela vem logo atrás e depois se junta a mim.
- Fl.. - Interrompo - a.
- Não Debbie. - digo e ela suspira.
E o trajeto até a igreja é assim, num completo silêncio.
(…)
- A senhora está linda, Nona. - digo para a senhorinha que está em minha frente.
Seu cabelo está solto e com pequenos cachos nas pontas, o vestido é branco e logo abaixo do joelho e os sapatos são razoavelmente altos.
- Obrigada Flor. - diz e páramos um pouco antes da entrada.
A cerimônia já vai começar e a cada minuto que passa, o frio na barriga cresce.
- Será que devo desistir? Eu nunca devia ter concordado com isso, sou velha demais. - diz nervosa.
- Nona, você não vai desistir e o Heitor lhe ama! Agora vamos entrar nessa igreja de mãos dadas, e não se esqueça, pode contar comigo sempre. - digo e encosto minha testa na dela.
- Obrigada Flor. - diz.
- Eu só quero vê - lá feliz, agora me concede esse momento? - digo estendendo o braço e rindo e qua to limpo uma lágrima.
- Claro. - diz agarrando em meu braço.
Olho para ela numa forma de perguntar se quer entrar agora ou esperar mais um pouco e ela confirma com a cabeça.
Entramos na igreja assim e foi desse jeito até o final da cerimônia, eu do seu lado sem sair por nada.
E vai ser assim para sempre.
(…)
- Mia Rosalinda Summer, aceita Heitor Reynolds como seu futuro marido, para amar e respeitar, na saúde e na doença até que a morte vos separe? - pergunta o padre.
- Aceito. - diz e sorrir.
- Pelo poder divino a mim concedido, eu vos declaro marido e mulher, pode beijar a noiva. - diz o padre.
Heitor encosta os lábios nos da Nona num selinho e todos da igreja se levantam e aplaudem.
Ela está feliz, e eu estou feliz por ela.
(…)
Pego outra trufa, está uma delícia! Não sei do que é mas que é gostosa, é.
Devo já ter comigo uma porção dela, perdir a conta na vigésima.
Eu estou com um grande frio na barriga, não sei explicar mas estou prevendo, aí vem bomba.
- Flor. - Ouço alguém chamar e viro - me.
- Oi Cam. - digo.
Des do último encontro, eu e Cameron não nos falamos.
- Desculpa por aquilo, eu estava fora de mim. - diz.
- Não tem problema. - digo.
O frio na minha barriga aumenta quando vejo uma figura ruiva ir falar com a Nona.
É ele. Edward está aqui.
- Vida, quando eu disse que não podia ficar pior, não era um desafio. - murmuro mentalmente.
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Touch Me Like You Do
RomanceOBRA REGISTRADA NA BIBLIOTECA NACIONAL, ENTÃO NEM TENTEM PLAGIAR. ππ Depois das brigas e da suposta traição de Edward, sera que o amor deles irá prevalecer? π - Eu te amo Florence. - diz. - Nao ama porra nenhuma! - grito e assim atraiu a atenção...