Capitulo 7

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Acordei e o Jay ja estava fazendo o cafe da manha. Fui ate a cozinha.
-Resolveu  acordar bela adormecida? -ele disse assim que me viu entrando.
Olhei no relógio de vaquinhas que ficava na parede

14:30. Poha.

-Puts já foi quase metade do dia, hoje é que dia?
-Domingo, cara.
- Caralho tenho que voltar pra casa, minha prima vai ir lá.
-Humm, prima? Gostosa?
-Faz uns cinco anos que não vejo ela, antes não era não agora não sei.
-Se for gostosa apresenta pro papai aqui -Ele colocou leite quente num copo e pegou uns biscoitos.

Fui procurar meu tênis que estava debaixo do guarda roupa, não sei porque.

- Vai ter ensaio hoje?
- Tem que ver com o Dereck mas acho que não.
-Que bom, vou fazer uns corre hoje, quer ir?
-To suave, passa aqui mais tarde.
-De boa, flw. 
- Flw.

Peguei minha blusa e fui pra casa, no caminho um cachorro começou a me seguir, queria leva lo pra casa mas minha mãe odeia cachorros.
Cheguei na portaria e dei um oi meio sem jeito pro Sr. Collins.
Entrei no prédio e a primeira coisa que vi foi uma garota mais ou menos do meu tamanho, com uma blusinha branca, uma saia preta curta e uma sandalinha, estava prendendo o enorme cabelo loiro e conforme ela prendia mechas mais curtas pintadas de verde caíam sobre seu rosto. Linda.

Entramos no elevador juntos ela estava um pouco perto de mais de mim, dei um passo pro lado, ela me deixava muito nervoso.

-Oi -Ela disse com um sorriso tímido no rosto.
-Oi. -Eu disse morrendo de vergonha. Quando olhei pra ela não consegui desviar os olhos dos enormes seios aconchegados por baixo da pequena blusinha branca.
-....nome?
-Oi? - Eu estava não vidrado que não entendi o que ela havia dito.
- Perguntei se você tinha nome- Ela deu uma risadinha -Para de olhar pra eles, me deixa com vergonha.
-Greg - Desviei o olhar. Porque ela me deixava tão nervoso?

O elevador chegou no meu andar e parou.
Ela saiu comigo e começou a me acompanhar até a porta da minha casa então eu abri e ela entrou atrás de mim. Essa mina é louca, o que ela tá fazendo na minha casa?

Minha mãe estava na sala, a garota chegou atrás de mim e soltou um
"Oi, tia"

-Dudaaa? Pelos deuses! Como você cresceu. - E elas se abraçaram.

Oi????

Pera

Como assim?

A gostosa do elevador era a Eduarda, minha prima. Mas o cabelo dela era  castanho, ela nem tinha peitos, era uma tábua, usava um aparelho horroroso e vivia com a cara num celular o que aconteceu com essa garota?

-Lembra da Ninha?

Minha irmã chegou levando uma tapuer com uns pedaços de bolo assados

- Oi Duda -Minha irmã disse
- Oi amorzinho - Minha prima disse

Minha mãe mostrou a casa e o quarto que ela iria ficar durante uma semana, era do lado do meu pra minha sorte ou pro meu azar.

Falei pra minha mãe que precisava ir na casa do Jay, peguei uma grana do meu cofre secreto (um potinha atrás do guarda roupa onde eu colocava dinheiro pra minha irmã não mexer) e sai. Hora de fazer os corre. 

Sai do prédio e fui no mercado procurar o Sidney. Ele era o cara que você tinha que achar pra conseguir comprar coisas que não eram pra você comprar.
Ele estava repondo os sabonetes na sessão de limpeza.

-Eai cara -Eu disse
- Eai -Ele disse sem olhar pra mim
-Preciso de umas sementes

Ele me olhou de cima a baixo. Geralmente é o amigo do primo do Jay que faz os corre mas como ele havia saido da cidade eu tive que fazer, perguntei aonde achar e ele me indicou esse cara, cá estou eu.

Ele se levantou chamou uma garota que também estava com o uniforme do mercado e ela olhou como se já soubesse o que fazer, disse que "estava tudo bem" e começou a colocar os sabonetes no lugar dele enquanto ele me levava pra sei lá onde.

Área Restrita. Estava escrito numa plaquinha verde.

Passamos pela porta e depois por outra, até que paramos de frente pra uns armários.

-Quanto tu tem? - Ele disse
Peguei o dinheiro pra contar, tinha sessenta reais
- Sessenta -Eu disse.

Ele tirou um potinho vermelho, destampou e tinha uns cinco saquinhos lá dentro, ele tirou um, me deu e arrancou o dinheiro da minha mão
- Tai -Ele disse, fechou o potinho e colocou no armário
- Isso aqui não vale sessenta reais não.
- Problema teu.

Problema meu o caralho.

Num rápido movimento peguei o dinheiro da mão dele e coloquei no bolso da calça ele veio pra cima de mim e me deu um soco na boca, pensei que tinha quebrado todos os meus dentes, gospi sangue no chão e me levantei, ele ia me dar outro soco mas desviei, tentei socar a barriga dele mas ele foi mais rapido do que eu, levei um chute na perna, meus joelhos vacilaram e  quase cai, não ia deixar esse maluco roubar minha grana mas se recebesse mais socos assim, ganharia uma passagem só de ida pro céu, enquanto tomava fôlego e me levantava disfarçadamente encostei a porta do armário.

-Você bate como uma garotinha. Gospi mais sangue e dei um sorriso.

Ele desviou e veio com mais um soco, o golpe final então antes que pudesse me acertar  abri a porta e ele gemeu de dor, se esse soco tivesse me acertado agora eu seria um homem morto.
Peguei o pote do armário e bati com toda minha força na cara dele,  enquanto ele colocava a mão no rosto aonde eu havia batido  corri, corri pela minha vida.
Ele correu atrás de mim mas estava meio tonto por causa da batida na cara, eu também não estava não bem depois de levar um chute na perna e nunca fui um otimo corredor mas naquela hora eu teria que ser.
Corri corri, passei pelos mesmos corredores que tinha passado na hora de ir, derrubei uma lixeira no meio do corredor para o atrasar e por incrível que pareça, deu certo, quando passei pela segunda porta, virei meu corpo e mostrei o dedo do meio da mão que não estava ocupada, a tranquei e corri, corri muito, consegui sair do mercado e corri ainda mais até chegar na casa do Fred.

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