3.

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Harry dormia calmamente. Tinha feito isso o maior tempo que lhe restou na semana: não podia sair, não tinha nada mais interessante na internet a não ser assistir suas séries, o que fazia na sua TV a cabo, então, só lhe restará dormir.

Josh entrou no quarto na ponta dos pés, deitando ao lado do menino e depositando pequenos selinhos que desciam da bochecha ao pescoço do garoto. Harry foi se espreguiçando e virando de lado, abriu os olhos e deu de cara com aqueles grandes olhos cheios de fofura de Josh.

- Josh... - Harry balbuciou sonolento.

- Não acha que dormiu demais, não? - Josh perguntou, se deitando ao lado de Harry e esperando que ele acordasse por completo.

- Foi só o que eu fiz a semana toda, eu amo dormir. - Harry riu e Josh arrancou um selinho rápido dele.

- Andou ignorando minhas ligações, mensagens, e até está de castigo... - Josh disse, Harry sentiu lhe faltar ar. - O que aconteceu em Cancun, Harry?

- Um deslize idiota - a voz do garoto soou baixa e rouca, mas Josh conseguiu ouvir. - Sabe como meu pai pira quando o assunto é bebida e eu misturei Pina colada ali e Tequila aqui e, foi isso. - Ele tentou aumentar a voz, depois de ter fraquejado na primeira frase.

- Isso não explica ignorar minhas ligações, e mensagens.- Josh comentou.

- Eu não podia usar o telefone, Josh. C-A-S-T-I-G-O. - O menino soletrou, olhando sério para Josh, que fez uma expressão diferente.

Harry sentiu o cansaço percorrer o seu corpo. Não podia brigar com Josh porque ele não tinha culpa nenhuma.

Harry se esgueirou pela cama e sentou no colo dele, sentindo as mãos do mesmo tomar conta de sua cintura e, mesmo sabendo que era ridículo o que ele acabara de pensar, aquilo não o afetou em nada em comparação às mãos de Louis em sem corpo. Harry logo suspirou profundamente, tentando tirar aquilo da mente - era ridículo demais! - então ele se apertou em Josh, sentindo de leve os lábios dele beijarem seu pescoço.

- Esquece isso, amor. - Ele sussurrou de olhos fechados.

Sentiu-se sujo. Quem era ele pra fazer aquilo com Josh? Ele podia não lhe dar a atenção que queria, e nem estar presente o tempo todo e, talvez,também ter culpa no cartório por ele sentir-se tão mais especial com outro, mas, Harry não tinha poder e direito algum de mentir tão descaradamente para ele. Pensava em outro quando sentia os beijos de Josh em seu pescoço e, mesmo que não quisesse, ainda estava mentindo para Josh e ele não merecia aquilo.

••••

Harry acordou atrasado assim como Liam. Ambos tinham dormido juntos e bem tarde, pois ficaram assistindo várias temporadas de Sobrenatural e Teen Wolf.

Não haviam conseguido dormir direito: conversaram sobre talvez um término de namoro - não rolava mais química em suas relações - e sobre a mulher nojentinha que John havia arrumado, Paris Jackson, e Harry não sabia por que, mas sentia que ela lhe daria dores de cabeça.

- Liam, você viu minha bolsa? - Harry gritou de seu banheiro. Eram sete e meia da manhã e a casa estava uma verdadeira loucura.

- Não! Você viu a minha? - Liam falou, encontrando Harry no corredor. Esse último já estava vestido e Liam também e eles desceram as escadas rapidamente e correram até a cozinha onde Bertram despejava o café em duas xícaras, indicando que tinha preparado a mesa e os lugares dos garotos.

- Vocês já pararam para olhar no cabide ao lado da porta de entrada? - Bertram falou despreocupadamente, sem olhar os meninos.

- E por que não disse antes, Bertram? E eu me matando de procurar lá em cima. - Liam disse nervoso, sentando na mesa.

Fate or chance || Larry Stylinson.Where stories live. Discover now