Pensamentos

Capítulo XXII

- Te quero matar.
Oiço a voz dele ao dobrar a esquina ficando cada vez mais perto de onde me escondo. Aquela voz grave (de homem) me deixa cada vez mais trêmula e com medo do que me pode acontecer no final.
- Não vale de nada fugires porque sabes qual é o final da tua fuga.
A voz dele está cada vez mais perto e percebo que entrei numa rua sem saída e, para meu azar, sinto que ele está perto de mim.
Pai nosso que estás no céu, santo ficado seja o teu nome. vem a nós e ao vosso reino. Que seja feito a sua vontade assim na terra como no céu. Perdoe-nos pelas nossas ofensas assim como perdoamos a quem nos ofende e nao nos deixes cair e tentação mas livre-nos do mal.
De que adianta estar a rezar se no fim das contas, morrerei. Quem me dera que aparecesse um anjo para vir me tirar desta enrascada em que me meti. Nem sei para quem estou a rezar mas peço que sejas rápido pois não quero morrer agora.

Eu perdida com os meus pensamentos e o nojento do Christopher já estava pegando os meus cabelos e sentindo o meu cheiro a amêndoas.

- Eu disse que apanhar-te-ia. Disse ele pegando os meus cabelos finos e suaves.
- Larga-me.
- So depois de ter-te visto a sangrar.
Ele pegou a arma e eu sinto que é o ultimo dia que respirarei e saberei que sou livre. E hoje.

Christopher pegou na arma que tinha e acabou com a vida de Joe. Pelo menos, foi o que ele pensou pois Joe desmaiou.

Elvis

Desde que Joe falou que Christopher não é quem diz ser, a minha preocupação redobrou. Só de imaginar que ela corre risco, meu coração aperta e sinto um vazio enorme.

Meu telemóvel toca e sinto a vibração vinda do meu bolso.
- Falo com Elvis McGregor ?
- Sim.
- Daqui é do Hospital Central. E para avisar que sua esposa deu entrada há pouco e convém que venha para que autorize a sua operação.
- o que aconteceu?
- ela foi encontrada desmaiada. Levou um tiro na barriga que atingiu, de certo modo, um dos rins. Peço que venha por favor.
- estou a caminho.