conversando com a sogra

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Ana levantou cedo, se preparou e foi para a cozinha, preparar seu café, mas quando foi se sentar pra tomar seu café, dona Mara estava lá sentada, terminando de tomar o seu café.
Ana deu um beijo na mãe e agradeceu por ter ficado a seu lado.
-Que isso minha filha, eu nunca vou ficar contra você, ser mãe é dádiva de Deus, porque pra ser mãe, tem que estar disposto a dar a vida pelo filho (a), e não é qualquer mulher que nasce pra ser mãe. E você nasceu pra ser uma boa mãe filha, não tem como eu ficar contra você.
-Obrigada mamae, vou ser sempre uma boa mãe pra esse bebê, você ainda vai ter muito orgulho de mim.
-Disso eu não tenho dúvidas, vamos filha? Temos que dar a notícia a dona Belinda.
-Será que ela vai ser como a senhora mamae? Ou será como papai?
-Não sei filha, só conversando com ela pra saber, vamos? Marina, pede pro Marcelo vim até aqui porque estou precisando dele rápido.
Enquanto Marcelo não aparecia, Ana terminava de jogar na boca o último pedaço de bolo que estava comendo. Elas foram até o carro e enquanto esperavam por Marcelo, dona Mara pedira para que Ana a deixasse conversar com dona Belinda, que ela só falasse quando fosse perguntada sobre alguma coisa.
-Desculpe senhora, estava nos fundos da casa, assim que soube eu vim logo.
-Tudo bem, preciso ir nesse endereço, vamos?
Marcelo pegou a anotação leu e deixou escapar com o pensamento alto. "A casa da dona Belinda."
-O que você disse Marcelo?
-Nada não dona Mara, só pensei alto, mas é coisa sem importância nenhuma.
-Você disse, "A casa da dona Belinda." Vem cá , como você sabe o endereço dela?
-Eu pensei outra coisa senhora, a senhora entendeu errado.
-Não vou insistir, porque não é ético eu querer saber de sua vida pessoal, mas você não mente pra mim, porque não sou louca, sei bem o que ouvi, vamos, você já sabe onde é.
-Desculpe senhora, não vai acontecer de novo.
-Espero. Ana filha, temos que torcer pra ela estar lá né.
-É mamae, Tomara que ela esteja la.
-Se não estiver, nós esperamos, temos muitas coisas pra resolver filha, e resolver rápido.
Marcelo parou o carro, desceu e bateu o interfone, ninguém atendeu, bateu de novo e sem sucesso.
Dona Mara e Ana desceram também do carro e foram pra perto de Marcelo, enquanto isso, ele insistia no interfone.
-Parece não ter ninguém senhora.
-Não tem problema nenhum, eu e Ana temos o dia todo, e você também.
Eles resolveram sentar um pouco dentro do carro, com as portas abertas, dona Mara liberou que Marcelo ligasse o som do carro, pra não ficar tão cansativo e chato aquele lugar.
Algumas horas depois, João aparece e o coração de Ana dispara, Mara percebe a reação da filha e sai do carro, João, parecia chegar da escola, estava com uma mochila nas costas e alguns livros nas mãos, mas não reconheceu o carro e nem olhou quem estava lá dentro, abriu o portão e, quando ia entrar, ele paralisa com aquela voz suave e leve, que ele conhecia muito bem.
-João! Você estava na escola?
Ele se virou e deu de cara com Ana, dona Mara e Marcelo, assustado, engoliu seco e as convidou para entrar, dona Mara ficou um pouco cismada com medo de Belinda coloca-los pra fora, mas João avisou logo que a mãe não estava.
-E que horas ela chega, você sabe?
-Sei sim, ela chega las pras quatro ou cinco horas.
Não era nem dez e meia ainda, então, Mara resolveu falar primeiro com João, afinal, ele é o pai.
-O convite pra entrar ainda está de pé? Preciso falar com sua mãe e você, mas é bom ela não estar, porque assim, converso com voce primeiro e depois nós resolvemos como vamos fazer.
-Esta sim, entrem e fiquem a vontade.
Dona Mara pediu para que Marcelo a esperasse no carro, porque a conversa com João seria particular.
João com toda educação, lhes ofereceram café, água, suco, mas elas agradeceram e João as convidaram a se sentar, não eram cadeiras luxuosas como na casa delas, mas eram todas limpinhas e bem organizadas.
João pediu licença e perguntou a dona Mara se ele podia só tirar o uniforme da escola.
Alguns minutos depois, João aparece na sala de camiseta, bermuda e chinelo, o coração de Ana, quase que saía pela boca, mas, Mara queria ir direto ao ponto, enquanto Ana olhava o namorado com muito amor e desejo.
-João, eu vim conversar muito sério com você e sua mãe, mas como Belinda não está, vamos conversar nós três e depois voltamos pra conversar com sua mãe, tudo bem?
-Tudo bem dona Mara, eu já estava mesmo esperando a senhora e o senhor José aqui em casa com Ana.
-Então você já sabe qual é o assumto, e já sabe também o que vão fazer?
-Vamos cuidar dessa criança senhora, vou trabalhar pra não deixar nem o bebê, nem Ana na mão.
-Isso você não se preocupa, porque eu como avó, nunca vou deixar faltar nada pra minha neta ou neto, mas quero saber a respeito de vocês dois, o que vocês dois pretende? Você não vai deixar minha filha ser mãe solteira vai?
-Jamais senhora, meu sonho sempre foi me casar com ela, ela é a única coisa que tenho na vida depois de minha mãe. Mas, tive medo que vocês não aceitassem e seu José quisesse me matar, por isso não fui falar com vocês quando Ana falou, era pra eu ter ido também.
-Você fez bem, porque realmente, ele não aceitou e foi embora de casa, mas eu não vou fazer isso com minha única filha.
-Eu quero falar com minha mãe, mas tenho muito medo da reação dela, vocês sabem, seu José a odeia, ela jura não ter raiva dele, mas com essa notícia, não sei o que ela é capaz.
-Acredito e espero que ela age como mãe, e não deixe a desejar com o papel de mãe.
-Ainda vou fazer sua filha e essa criança muito felizes, estou estudando pra ter um bom emprego e vou arrumar um trabalho pra cuidar delas.
-Vamos resolver com sua mãe primeiro, depois falamos de estudos e trabalho tudo bem?
-Tudo bem senhora, vamos fazer como a senhora desejar.
-Tudo bem, vamos querida, voltamos mais tarde, você avisa sua mãe João? Por favor.
-Aviso sim senhora.
Elas levantaram pra ir embora e Ana não resistiu, deu um abraço forte em João e pediu pra que não ficasse nervoso,
-vai dar tudo certo meu amor.
Elas foram embora, mas de certa forma João estava feliz, porque tinha dona Mara dando uma ajuda e também porque veria a amada mais tarde Outra vez, sem precisar ser escondido.

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