Um novo rumo na vida

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João sai da escola e não sabe bem o que fazer, se passa na casa de Ana pra conversar com dona Mara ou se vai pra casa direto.
"Que chato, não tenho nem um aparelho de telefone pra ligar na casa de dona Mara e avisar que ia passar lá agora, será que devo ir sem avisar? Devo,caso contrário, elas podem pensar que eu seja irresponsável, não vou fazer isso, elas estão esperando por mim." Pensava João, e começou a seguir rumo à casa da amada, cada passo que dava sentia seu coração bater mais forte, a boca secava, era vontade de chegar mais rápido, era vontade de voltar pra casa, saudade de Ana, medo da conversa com dona Mara, ele sentia tudo um pouco, mas a certeza era que chegaria a casa da amada. Alguns minutos de caminhada e lá estava João no portao da casa, e que casa essa.
-Oi, bom dia, eu vim pra conversar com a dona Mara, ela está?
-Vou anunciar, qual é seu nome?
-Meu nome é João, ela está esperando por mim.
-Tudo bem, vou interfonar avisando, só um minutinho.
'Alô, dona Marina?'
'Sim, pode falar.'
'Dona Mara está ocupada?'
'Esta no escritório, porque?'
'Tem um garoto aqui, querendo falar com ela, seu nome é João. '
'Pode deixa-lo entrar, ela está esperando por ele, desde cedo.'
'Tudo bem, obrigada, recebe ele , porque estou liberando ele aqui.'
'Por nada, vou recebe-lo Tchau.'
Dona Marina, colocou o interfone no gancho e foi até a porta da frente para receber Joao, ao abrir a porta, sentiu que aquele rapaz tinha uns traços familiar e que parecia um rapaz muito bom e honesto. Mas ela não se lembrava com quem ele parecia, mas era uma pessoa conhecida.
-Pode se sentar ai, vou avisar a dona Mara que você está aqui, fique à vontade, com licença.
Dona Marina saiu e foi até o escritório, avisou a dona Mara que o rapaz estava na sala à sua espera.
Ela agradeceu a Marina e pediu que ela avisasse a Joana que preparasse um chá para eles e foi até a sala conversar com João.
-Bom dia rapazinho, como você está?
-Estou bem obrigada, bom dia, como vai a senhora?
-Estou bem, um pouco preocupada com tudo isso, mas vamos dar a volta por cima.
-Vamos sim, quando essa criança chegar, junto com ela virá muita alegria.
-Disso eu não tenho dúvidas, vou chamar Ana, ela precisa participar dessa conversa, só um minutinho, com licença.
Dona Mara foi buscar Ana para participar da conversa, e quando Ana soube que seu grande amor estava dentro de sua casa, sentado no sofa da sala, ela não acreditava que isso estava acontecendo, encheu os olhos de água, de tanta emoção e, antes que a mãe percebesse, ela limpou os olhos e foi pra sala, sentou-se ao lado de João e lhe deu um beijo perguntando como ele estava. Depois da resposta dele dizendo que estava muito bem, dona Mara, os convidou a ir para o escritório, pra conversarem mais a vontade.
-Bom, desculpe eu não ter avisado que estava vindo, é que não tenho telefone, por isso não liguei.
-Tudo bem filho, estou vendo que você é um bom rapaz, e não fique sem graça, nós duas já esperávamos por voce esqueceu?
-Não, não esqueci não.
-Então vamos ao que interessa, o que você pretende fazer daqui pra frente?
-Terminar meus estudos, está quase no fim, trabalhar e comprar uma casa, mobiliar ela toda, do jeito que sua filha merece, pedir a mão dela em casamento, casar e ser muito feliz com minha família.
-E você está com quantos anos? desculpa a indiscrição mas, você sabe que preciso saber.
-Estou com dezessete anos, sou novo, mas tenho muita força de vontade em trabalhar e ser alguém importante na vida.
-Eu gosto disso, você me chama muito a atenção, fala muito bem e demonstra uma facilidade enorme pra dialogar com as pessoas.
-Obrigada senhora, minha mãe sempre me ensinou tudo isso.
-Meus parabéns, pra você e pra ela, pois ela te ensinou muito bem, assim você vai muito longe.
-Deus te ouça.
-Tenho uma boa proposta a te fazer, acho que será ótima pra você. Olha, o que você queria fazer? Qual o tipo de trabalho pretende arrumar?
-Como ainda não formei, pretendo arrumar um serviço de ajudante de pedreiro, mas depois que eu conseguir desapertar um pouco, pretendo fazer contabilidade, gosto muito desse tipo de trabalho.
-Você sabia que o José não tem curso nenhum? Ele entrou na empresa de papai, trabalhando como auxiliar de serviços gerais e hoje, ele é nada menos que o presidente da empresa, dentro da empresa, acima dele sou só eu, ele é, e sempre foi muito dedicado ao trabalho, por isso chegou onde chegou.
-É muito bonita a história dele senhora, mas essa sorte não bate à porta de todos.
-Concordo, não bate mesmo, ela bate à porta de quem tem competência e sabe mostrar suas qualidades, e sinceramente? Você é uma dessas pessoas cheia de qualidades, e a oportunidade está batendo à sua porta, o que você acha de agarra-la e mostrar pra mim, Ana, esse bebê lindo que está pra vim e principalmente pra José que você tem garra pra mostrar suas qualidades?
-Não estou entendendo senhora, a senhora pode ser um pouquinho mais transparente por favor?
-Posso sim, o que você acha de trabalhar comigo? Ou na empresa ou em casa mesmo se você ficar com medo de encontrar José na empresa, mas, se você preferir trabalhar em casa, eu prefiro que seja aqui e só até eu comunicar a José que você vai pra empresa, ou, se sua mãe permitir te mando pra uma filial mais próxima daqui, o motorista te leva e te trás de volta pra casa, o que você acha?
-Acho maravilhoso, e seria com o quê? Ainda não sei fazer nada.
-Você diz tudo, ainda não sabe fazer, mas vai aprender, primeiro você vai começar de baixo, vai entrar como ajudante de produção e vai ganhando promoção segundo seu merecimento, e vai ter uma pessoa aqui pra ensinar você como gastar bem seu dinheiro, assim você vai aprender a cuidar bem de sua família.
-Nossa! Estou sem palavras, vou te agradecer pelo resto da vida, eu quero sim, começo quando a senhora quiser.
-Primeiro, converse com sua mãe, pede pra ela assinar esse documento, autorizando e depois volta aqui pra falar comigo e aí vamos conversar também sobre o casamento de vocês, concorda? Você também concorda filha?
-Sim mamae, eu concordo sim, muito obrigada por estar sempre ao meu lado, e você amor? Você concorda?
-Sim Concordo, com certeza, vocês não vão se arrepender por confiar em mim.
-Espero que nao, até porque, isso não será nada perto do meu maior tesouro que vou por em suas mãos.
-Eu prometo cuidar muito bem e amá-la, cada vez mais a cada segundo da minha vida. Vou conversar com mamae e volto pra terminar nossa conversa sobre o serviço e o casamento e agradeço muito ta, muito mesmo.
No fim da longa conversa, dona Joana bateu na porta três vezes e entrou com o chá, eles tomaram e João agradeceu dizendo está muito bom o chá.
João despediu-se da sogra e da sua amada e foi embora sem palavras, porque não conseguia acreditar no que estava acontecendo.
Mas quando chegou na portaria o porteiro pediu que ele esperasse um pouco, de repente, chegou Marcelo com o carro.
-Entra, dona Mara pediu pra te levar em casa, vamos?
Ele olhou para trás e acenou para Ana e dona Mara e foi embora.

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