Capítulo 15.

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Anahí saiu do banho enrolada em uma toalha e com os cabelos presos em um coque alto.

Ela tinha tido uma noite de cão e o banho renovou suas energias... Para mais uma briga.

Ela não esperava acabar encontrando Alfonso em seu quarto, nem em um milhão de anos. Mas ele estava lá, tomado pela raiva, pronto para pedir explicação.

Anahí levou um verdadeiro susto ao encontrar Alfonso, ele só podia estar brincando, pensou ela. Ela já tinha esgotado sua cota de Alfonso Herrera por um dia, na realidade por um mês. Ela estava a beira da loucura naquele momento. Sentia a raiva tomar conta de seu corpo. Se ele procurava briga, agora teria uma e das grandes.

Por outro lado Alfonso esqueceu por um instante do que ia reclamar, ao vê-la parada na sua frente, apenas de toalha. Lembrou de tempos melhores, aonde em situações parecidas, ambos ririam e acabariam na cama. Ou até mesmo brigariam para resolverem o problema fazendo amor, seja esse problema qual fosse:

- O QUÊ VOCÊ AINDA FAZ AQUI? - Anahí esbravejou enfurecida - EU MANDEI VOCÊ IR EMBORA!

Os gritos de Anahí trouxeram Alfonso de volta a realidade?

- Vai embora, Alfonso. Eu não estou brincando! - Ela alertou.

- Eu quero saber o que significa isso... - Ele mostrou o anuncio que solicitava um colega de apartamento.

Anahí riu ao se dar conta do que se tratava. Ele estava louco, pensou ela. havia perdido a noção do ridículo, e talvez realmente acreditasse que ela lhe devia explicações:

- Você tem sérios problemas, Alfonso. Talvez você precise se tratar. Talvez precise de um robe. Se quer mesmo pedir explicação para alguém, ligue para uma das suas amiguinhas, mas para mim não. Eu não sou mais sua namorada iludida, ou uma dessas piranhas que abrem as pernas para você por conta do seu charme. VOCÊ ME PERDEU ALFONSO, quantas vezes eu vou precisar repetir? Trate de aceitar isso!

As palavras duras de Anahí não fizeram o mesmo efeito de antes. Ele não se chateou dessa vez. Ele sentiu mais raiva:

- Você se recusa a morar comigo quando eu peço, mas agora vai colocar um sujeito qualquer para morar com você, não é Anahí? Quais os requisitos necessários? Alto? Forte? Bonito? Culto? Atleta? Aqui você especificou o bastante...

Anahí não pode acreditar no que ele estava insinuando, mas se era assim que ele queria, então assim seria:

- Eu não sei quem vai aparecer, mas se for um homem, então que seja um realmente atraente, admirável, e mesmo que não seja, eu vou conhecer outros caras por ai. Na faculdade tem vários. Não acho que eu precise ficar sozinha por muito tempo...

- Anahí... - Alfonso disse, usando um tom de alerta.

- Eu ia morar com você, Alfonso... Eu ia sim! Você estragou isso, então você é a ultima pessoa que pode me julgar, não importa com quem eu more ou fique. Vá procurar alguém que te console...

Apesar das palavras ditas, Alfonso não se abalou muito. Ele sabia que Anahí não era assim. Pra outro homem conseguir ficar com ela, demoraria. Aquela provocação era o que ele precisava. Iria provoca-la também.

Estendeu o papel para ela, e quando ela pegou, ele rapidamente a puxou e a segurou firmemente em seus braços:

- ME LARGA! - Ela gritava e tentava se soltar inutilmente. Alfonso era infinitamente mais forte do que ela.

- Quieta, Anahí! - Ele ordenou, tão inutilmente quanto ela se debatia - Eu não vou te soltar até que você fique quieta!

Pra Anahí pouco importava, ela continuou se debatendo, exigindo que ele a largasse. Alfonso sem ter mais como faze-la se acalmar, a beijou... 

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