Os dias correram e eu finalmente iria viajar com Michael. Quatro horas dentro de um carro. Que emocionante.
Nesse meio tempo eu e Aracantos ja havíamos conversado diversas vezes, mas a memória dele ainda estava confusa, o que justificável pelo cochilo de quinhentos anos, eu não lembraria meu próprio nome. O pouco que e lembrava ele me contava, que era da aparência da onde vivia e dos outros reinos onde 'havíamos' visitado. Ele disse que eu... Bem... Ainda pareço comigo, o que é realmente estranho.
Noite anterior, Aracantos me disse para me manter calma, e tentou me ajudar com o problema da minha lanterna de pulso, por fim Michael comprou um bracelete dourado, de forma que cobrisse toda a marca, tudo bem que me senti A mulher maravilha, mas realmente, não tenho outra opção.
Michael apareceu cedo, estava com a caminhonete cabine dupla do pai.
- Vamos entra logo temos muito chão ainda- ele disse enquanto acenava para minha mãe.
- Tudo bem, espero que tenha algo pra comer, to morrendo aqui- eu disse batendo a porta.
- Claro mi layde, so olhar para trás, pode pegar o que quiser.
Olhei para o banco traseiro e me deparei com uma mine loja de conveniência.
- Nossa pra que isso tudo!?
- Sem gastos na viagem, e também, você é gulosa- ele disse e eu dei um tapinha na lateral de sua cabeça - hey!
- Fica quieto e arranca logo com esse carro- me debrucei até o banco traseiro e voltei a sentar com um saco de batata chips, colocando o cinto logo em seguida.
A radio tocava uma musica coutry capenga, mas era a unica que pegava na estrada.
- você não tem nada melhor não?- perguntei.
- se quiser pode botar o seu celu–
- Ok.
Liguei meu Bluetooth e coloquei numa playlist bacaninha, bom, ele não reclamou. Nas horas que se seguiu nos cantamos algumas musicas e depois eu cochilei, so acordei com a parada abrupta do carro.
- Humm- disse coçando os olhos- Já chegamos?- disse bocejando.
- Temos um probleminha - a voz de Michael soava preocupada - o pneu furou, tenho que dar uma olhada.
-serio?-disse enquanto o via sair do carro.
Desprendi o cinto e sai também em direção a caçamba da caminhonete.
- Da pra concertar? - perguntei enquanto o via abaixado analisando o pneu traseiro.
- vou trocar- ele se levantou e sumiu por alguns segundos no banco do motorista até que voltou com uma caixa verde e um pequeno macaco.
- Sabe fazer isso? - Perguntei.
- Tudo bem- ele disse - se quiser pode ficar dentro não tem problema.
- Não, vou te fazer companhia - disse e dei um breve sorriso.
Estava quente e abafado, e a estrada estava deserta. Dos dois lados não havia nada. Michael colocou as coisas no chão e levantou novamente olhando para cima, acho que ele queria uma nuvem tapando aquele sol quente. Mal estávamos fora do ar condicionado do carro e o suor ja escorria pela testa. Ele então fez um movimento, tirou a camisa que começava a colar em seu corpo, deixando a mostra seu abdômen, e em seguida, seu peitoral, e pendurou-a na borda da caçamba.
Não que eu nunca tenha visto ele assim, já vi, mas a imagem agora mexia com meu estomago e também sentia minhas bochechas corarem.
- Não acha melhor ficar no ar condicionado? - ele se dirigiu a mim- você está ficando vermelha.
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A Menina Alada
FantasyNo aniversário de 17 anos de Madelyne Rougue algo misterioso cai na floresta, que ela acaba por descobrir ser um Pégasus. Em seu primeiro encontro ela ganha uma queimadura e começa a fazer coisas inimaginaveis. O Pégasus, Aracantus possui uma conexã...