Capitulo 8

33 3 0
                                    

 Os dias correram e eu finalmente iria viajar com Michael. Quatro horas dentro de um carro. Que emocionante.

Nesse meio tempo eu e Aracantos ja havíamos conversado diversas vezes, mas a memória dele ainda estava confusa, o que justificável pelo cochilo de quinhentos anos, eu não lembraria meu próprio nome. O pouco que e lembrava ele me contava, que era da aparência da onde vivia e dos outros reinos onde 'havíamos' visitado. Ele disse que eu... Bem... Ainda pareço comigo, o que é realmente estranho.

Noite anterior, Aracantos me disse para me manter calma, e tentou me ajudar com o problema da minha lanterna de pulso, por fim Michael comprou um bracelete dourado, de forma que cobrisse toda a marca, tudo bem que me senti A mulher maravilha, mas realmente, não tenho outra opção.

Michael apareceu cedo, estava com a caminhonete cabine dupla do pai.

- Vamos entra logo temos muito chão ainda- ele disse enquanto acenava para minha mãe.

- Tudo bem, espero que tenha algo pra comer, to morrendo aqui- eu disse batendo a porta.

- Claro mi layde, so olhar para trás, pode pegar o que quiser.

Olhei para o banco traseiro e me deparei com uma mine loja de conveniência.

- Nossa pra que isso tudo!?

- Sem gastos na viagem, e também, você é gulosa- ele disse e eu dei um tapinha na lateral de sua cabeça - hey!

- Fica quieto e arranca logo com esse carro- me debrucei até o banco traseiro e voltei a sentar com um saco de batata chips, colocando o cinto logo em seguida.

A radio tocava uma musica coutry capenga, mas era a unica que pegava na estrada.

- você não tem nada melhor não?- perguntei.

- se quiser pode botar o seu celu–

- Ok.

Liguei meu Bluetooth e coloquei numa playlist bacaninha, bom, ele não reclamou. Nas horas que se seguiu nos cantamos algumas musicas e depois eu cochilei, so acordei com a parada abrupta do carro.

- Humm- disse coçando os olhos- Já chegamos?- disse bocejando.

- Temos um probleminha - a voz de Michael soava preocupada - o pneu furou, tenho que dar uma olhada.

-serio?-disse enquanto o via sair do carro.

Desprendi o cinto e sai também em direção a caçamba da caminhonete.

- Da pra concertar? - perguntei enquanto o via abaixado analisando o pneu traseiro.

- vou trocar- ele se levantou e sumiu por alguns segundos no banco do motorista até que voltou com uma caixa verde e um pequeno macaco.

- Sabe fazer isso? - Perguntei.

- Tudo bem- ele disse - se quiser pode ficar dentro não tem problema.

- Não, vou te fazer companhia - disse e dei um breve sorriso.

Estava quente e abafado, e a estrada estava deserta. Dos dois lados não havia nada. Michael colocou as coisas no chão e levantou novamente olhando para cima, acho que ele queria uma nuvem tapando aquele sol quente. Mal estávamos fora do ar condicionado do carro e o suor ja escorria pela testa. Ele então fez um movimento, tirou a camisa que começava a colar em seu corpo, deixando a mostra seu abdômen, e em seguida, seu peitoral, e pendurou-a na borda da caçamba.

Não que eu nunca tenha visto ele assim, já vi, mas a imagem agora mexia com meu estomago e também sentia minhas bochechas corarem.

- Não acha melhor ficar no ar condicionado? - ele se dirigiu a mim- você está ficando vermelha.

A Menina AladaOnde histórias criam vida. Descubra agora