Acho que é indescritível a sensação de se sentir desaparecer. Você sente sua consciência, mas nada existe em torno de você. Seu corpo, o calor, ate mesmo o ar, não existem, e você se encontra mergulhado em um vácuo. Talvez morrer seja assim.
Tudo esta em quietude, mas ainda sim seus sentidos estão afiados. E acredite, você sente o nada. Sim. Você sente o nada. Sente-se mergulhar em algo tao vazio e profundo, e todo seu ar é sugado de seus pulmões, todos seus órgãos são comprimidos por ele, e a solidão de estar em algo tão amplo e vazio suga tudo o que você tem. Isso é desaparecer.
Foi isso que eu sentir ao ser consumida pelas chamas em tons azuis de Aracantos.
Durou por dois segundos, até que reaparecemos. Sim. Eu não vi nada e nem ninguem por dois segundos. Sozinha. Tudo era negro e a única coisa que se ouvia era um som agudo, como o quando você liga a tevê.
Reaparecemos e eu me encontrava desorientada. Mal olhei para baixo para notar onde eu estava, eu me sentia tonta-Mandy segure-se! - foi a ultima coisa que eu ouvi
Meu corpo amoleceu e eu me senti despencar. Acho que foi a minha ultima sensação
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Despertei e senti meu corpo doer, principalmente minha cabeça. Tentei me levantar ainda de olhos fechados mas sem sucesso, meu corpo pesava demais. A dor de cabeça estava passando, mas eu era tomada por um estado nauseante no meu estomago. Tentei novamente me mover, conseguindo abrir os olhos e erguer a cabeça, percebendo duas formas familiares a minha frente.
- Ela acordou. - ouvi uma voz familiar.
Meu estomago se revirava cada vez mais, minha única ação foi tombar para o lado me apoiando em uma das maos enquanto a outra segurava o meu cabelo e liberar tudo que queria sair.
Meu corpo tremia enquanto eu limpava a boca com a barra da camisa, o que me fez voltar a sentar no que agora percebi que era entre as raízes de uma arvore.
- Esta tudo bem, é normal que isso aconteça em sua primeira travessia - ouvi a voz de Aracantos.
- Se sente melhor? - Ruffles se pronunciou.
Acenei com a cabeça e forcei minhas pernas a se dobrarem para levantar, escorando na madeira da arvore que estava a minhas costas.
- Onde estamos?- foi tudo conseguir pronunciar, como um susurro.
- Bem vinda a Tankar, princesa - Ruffles, que estava sentado a minha frente, abanou seu rabo de demônio devagar, como se fosse algo natural.
- Oque aconteceu comigo? - disse massageando as têmporas com o indicador e o polegar.
- Logo ao reaparecermos, você desmaiou e caiu. Conseguimos pegar você antes que caísse. Você passou a noite desacordada- Ruffles disse calmamente na mesma posição - e desculpa, talvez eu tenha rasgado a sua blusa favorita - ele disse encolhendo um pouco o rabo- Espera! Voce disse Tankar...? -
- Sim, estamos em seu mundo natal, especificamente em uma das florestas do reino de Tork.- Aracantos se pronunciou - Precisamos chegar em Antris, mas devemos ir a pé durante o dia e acampar durante a noite, ninguem pode saber que esta aqui ate que esteja segura- ele fez uma pausa para pensar- devemos chegar em cinco dias- tudo bem - assenti ja com as forças recuperadas, batendo a poeira da calça e em seguida retirando minha blusa cinza notando algumas marcas de dentes. Dobrei-a com um sorriso de canto, pensando em como Ruffles se sentiu mais culpado culpado como um cão por rasga-la do que outra coisa.
- aqui é um pouco mais quente do que eu pensei- sorri abertamente dessa vez olhando pra ele enquanto ajeitava a jaqueta de couro marrom nos ombros sobre a minha camiseta branca.
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A Menina Alada
FantastikNo aniversário de 17 anos de Madelyne Rougue algo misterioso cai na floresta, que ela acaba por descobrir ser um Pégasus. Em seu primeiro encontro ela ganha uma queimadura e começa a fazer coisas inimaginaveis. O Pégasus, Aracantus possui uma conexã...