Apocalipse

Capítulo IV O poder do imperador

... Uma pessoa forte, pelo menos transparencia força apesar da aparência não ajuda-lo em nada. Pois tinha uma cara de sapo, olhos bem vermelhos, pele enrugada, queixo furado, naris saliente, muitas cicatrizes no rosto e era quase careca, na verdade careca, já que tinha apenas uma pequena penugem loira na cabeça.

Já o corpo era bem branco em algumas partes enquanto em outra outras era meio amarelo, ele era um pouco musculoso e seus olhos tinham cores diferentes, um era marrom e o outro azul.

Mesmo assim ele imanava poder realmente, sua presença era marcante, dava para perceber a sua confiança, como se caso fosse de seu interesse me derrotaria sem precisar encostar um dedo em mim e pelas lendas sobre ele (ou pelo menos acreditava até então serem lendas) realmente pode fazer se quiser!

Quanto a sua aparência, ela se justifica por ele ser um grande combatente, como comandante supremo das forças armadas ele nunca se omitiu de uma luta, apesar de ter se afastado por um tempo enquanto o meu pai era o marechal, pois confiava muito nele. A de se levar em conta também a sua idade, como imperador e sendo considerado um dos mais poderosos e implacáveis que já tivemos e ainda não tendo herdeiro, por acreditar-se que não acharia-mos alguém como ele para liderar a pulso de ferro uma investida a outro planeta, o soro da vida dele foi longo, ele já o toma a anos e mesmo assim os efeitos tenebrosos dele só e possível ver em seu rosto. Ele já tem 10.000 anos!

Nenhum humano aguentou o soro por mais de 5.000 antes e o que conseguiu chegar mais perto disso no fim da vida era uma gosma verde, parecia até uma geleia (se pensou como assim geleia? Como viveríamos sem geleia?), até os ossos viraram pó, até que um dia suas moléculas se desintegraram. Claro que ele era um imperador também.

Desde então se limitou o número de doses que cada um poderia receber, porém o nosso imperador quis se arriscar. E o resultado foi completamente imprevisível, tanto que está aqui até hoje.

O imperador então sentado em sua cadeira me chamou a atenção, com um sorriso orroroso no rosto:

- Acorde meu jovem. Tantos devaneios quanto a minha pessoa. Parece até que nunca ouviu falar sobre mim!

Eu me apressei em falar:

- Apenas preocupado com a notícia que tenho que dar a vossa majestade.

O imperador as gargalhada (que coisa orrenda) me disse:

- Não precisa se preocupar, eu já sei pelo que veio, desde o momento em que aconteceu aquela tragédia. (Logo depois concluiu de forma mais séria). Mas admito que aquilo fugiu um pouco aos meus planos, não esperava tantas perdas. Uma verdadeira lástima, as vezes até eu erro minhas previsões.

Eu fico pasmo, ele já sabia? Então digo:

- Perdoi-me vossa majestade pela ousadia e curiosidade, mas como o senhor já sabia de tudo?

Ele com certa displicência respondeu:

- Mas é claro que sabia, que pergunta. Que espécie de imperador eu seria se não soubesse o que ocorre com os meus súditos?

Estava cada vez mais pasmo com a cituação, mas me atrevi a fazer outra pergunta:

- Mas se vossa majestade já sabia o que ocorreu e sabe tudo o que se passa com os seu súditos, então por que não evitou que tudo aquilo ocorresse? Não salvou nossa tecnologia? (Depois de ter feito as perguntas me arrependi imediatamente, acho que afinal não duro até o anoitecer.)

Mas o imperador apenas pensou um pouco e disse:

- Realmente, fez uma boa pergunta desta vez. Mas que eu já respondi. Até mesmo eu posso acabar errando os meus cálculos quanto a mente humana, não esperava que Artur fizesse aquilo, achei que como homem das ciências era a última coisa que ele procuraria fazer. Mas acho que o testamos de mais e ele acabou "colocando os pés pelas mãos", uma verdadeira lástima.

Como assim o imperador estava por trás do plano contra ele mesmo o tempo todo?

- Vossa majestade eu não compreendo o que quer dizer. O senhor sabia de tudo e não fez nada e ao que me parece estava de certa forma por trás de tudo isso, mas como?

Ele parecia satisfeito com minhas indagações. (Era visível em seu rosto que parecia estar ficando cada vez mais parecido com a cara de um sapo bem inrulgado)

- Bem meu jovem, é na verdade bem simples. Mas vamos ver se conclui sozinho. Afinal como dizem "ensinem algo para um homem e ele pensará por todo o dia, mas se ensina-lo a pensar ele pensara pelo resto da vida". Então não espere respostas fáceis de mim pois "Não tenho medo das perguntas difíceis: tenho pavor das respostas fáceis."* . Apenas digo, você está mais preocupado com a minha aparência ou a minha história? Afinal como você pensou quando cheguei estou até muito inteiro para alguem de 10.000 anos!

Fiquei espantado com a afirmação dele, não sabia como ele conclui isso, então disse:

- Como vossa majestade sabe de tudo isso? Não, vossa majestade não teria como ter isso, esta abilidade nunca foi alcançada por ninguém!

Ele com uma cara de satisfeito, de quem conseguiu o que queria me disse:

- Sim, uma das minhas abilidades é a telepatia, eu sei tudo que se passa a minha volta. Portanto respondendo a sua outra pergunta eu já sabia e poderia ter parado o que ocorreu. Porém apesar de as coisas não terem chegado ao curso que eu queria tive que aceitar, fiquei sem escolhas, se eu parasse o Artur comprometeria a continuidade da vida na Terra.

Inacreditável ele é telepata e ainda estou vivo depois de tudo que pensei quanto a ele. E ele ainda estava por trás de tudo, ele é realmente fantástico, será que era por isso que tinha sentido aquela aura? (Sei pode até parecer que estou fazendo uma média depois de tudo que disse é pensei, porém estou sendo realmente sincero)

- Estou sem palavras vossa majestade. Mas ainda tenho uma pergunta, por que não podia para-lo?

Ele prontamente respondeu:

- Era a missão dele, o seu teste de qualificação para saber se seu filho poderia ocupar um posto tão importante. Apesar da escolha que ele fez não ter me agradado, ele conseguiu, fez o que se esperava, cumpriu a sua missão!

Então perguntei desconfiado:

- Missão, que missão?

O imperador respondeu com um sorriso preso entre os dentes:

- A missão dele, você não foi o único a ter seu filho escolhido, ele e sua mulher Raquel tinham que provar que o filho deles poderia sim ter poderes fabulosos, da forma deles é claro. Assim como você terá que provar também!

Com um aperto no coração e um frio na barriga, parecia até que tinha borboletas na minha garganta perguntei:

- Como assim, mi-minha missão?

O imperado nem disfarçou o sorriso desta vez:

- A sua missão, o momento que provará que é digno de tais poderes, sua missão vai ser...

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* Alexander Malcot

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