Imagines Liam Payne

You? | Parte II

Ali na minha frente estava a mulher que abandonou o marido e a filha quando só tinha sete meses de idade. Há cinco anos atrás.

Seus olhos desviaram da minha menina para mim, olhando fixamente para meu rosto.

- Er... Oi! - seu rosto corou, assim como acontecia quando eu a elogiava. - Liam, eu...

- O que está fazendo aqui? - a interrompi grosseiramente.

- Porque tá falando assim com ela papa? - Jasmine interveio docemente.

- Apenas vá para seu quarto, Jas. - amenizei o tom, não querendo assustá-la.

- Mas papa... - tentou contestar, só precisei olhá-la mais uma vez e ela seguiu para seu quarto.

- Eu vim ver minha filha, Liam. - soltou de uma vez. Sorri sarcástico.

- Claro, você NOS abandona, A abandona quando bebê e agora acha que pode voltar do nada e dizer que quer vê-la? Naquela noite minha filha precisava de você e você simplesmente sumiu, nem a porra de um bilhete você deixou. - minha voz se exaltou. - Você não estava aqui para cuidar da Jasmine quando ela pegou o primeiro resfriado ou quando ela começou a andar e a quebrar metade das coisas que via pela frente ou quando começou a falar e tentava repetir tudo o que ouvia. Você não estava aqui quando ela foi pela primeira vez a praia e teve medo do mar, não estava aqui no seu primeiro dia na creche em que ela não estranhou ficar com pessoas desconhecidas. Você não estava aqui para ouvir o primeiro eu te amo da SUA FILHA! - disse tudo o que tinha segurado durante anos, respirava com dificuldade tentando controlar lágrimas de raiva. S/n me encarava digerindo o que eu disse.

- Tenta entender, eu tava confusa, Liam. Não foi fácil ser mãe e me casar aos 18. - tentou contornar a situação, gesticulando as mãos como sempre fazia.

- E então você foi covarde e fugiu. - sorri irônico e bati palmas. - Parabéns s/n.

- Não zombe! Tudo já estava difícil e então eu me apaixonei por outro, o que queria que eu fizesse? - seu rosto estava vermelho e ela passava as mãos pelos cabelos em sinal de nervoso.

Calei-me a olhando sem acreditar no que tinha ouvido. Ela tinha outro naquele tempo. Aquilo era de mais para mim. Então eu ri, sentindo algumas míseras lágrimas que eu não sabia se eram de decepção ou raiva, rolarem por meu rosto, ri com vontade apesar de não haver humor algum ali, ri para não perder a cabeça e enxotá-la da minha casa, ri do quão fui otário por achar que eu tinha feito algo para ela ir embora, ri por saber que eu ainda a amava.

- Liam... - murmurou inquieta.

Respirei fundo.

- Minha filha não merece uma mãe que a abandonou por outro homem. Ela não merece uma mãe vadia e sem coração, por tanto saia da minha casa. - falei duro, s/n deu um passo para traz e pude ver lágrimas em surgirem em seus olhos, pouco me importei.

- Eu vou, mas volto.

Ela virou-se e andou para fora da casa sem dizer mais nenhuma palavra, seu caminhar elegante dizia que ela era uma mulher inabalável. Fechei a porta com força e sentei no sofá com as mãos no rosto o esfregando, tentando controlar a adrenalina que tomava cada poro do meu corpo, encostei a cabeça no sofá tentando processar as novas coisas descobertas até ouvir passos na escada.

- Papai? - Jas chamou insegura - Aquela mulher te deixou triste? - seu tom mudou para irritadiço - Posso te abraçar? - se aproximou e senti seus bracinhos em meus ombros, suspirei e a envolvi num abraço apertado.

Só por aquele gesto eu me sentia mais calmo. Jasmine era meu pequeno anjo.

Por Mari.