Little Princess

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[S/N POV]

Entrei em casa exausta, havia ido com Thomas, meu filho, comprar mais uma parte do enxoval do bebê que eu esperava, as sacolas pesavam e minha garganta seca pedia por água. Deixei as sacolas e minha bolsa no sofá e segui para a cozinha com o celular na mão, pronta para ligar para Liam.

Ele estava animado para a chegada de mais uma criança em nossa casa, seria seu primeiro filho e era uma menininha assim como ele queria, me sentia honrada por realizar um de seus sonhos. Ele me ajudava a cuidar e educar Thomas, filho do meu primeiro casamento, e o tratava como se fosse seu próprio filho. O momento de sermos pais juntos havia chegado e mal podia esperar para pegar nossa pequena nos braços.

Peguei um copo no armário e antes de abrir a geladeira senti minhas forças sumirem e minha vista escurecer, fechei meus olhos e minha cabeça começou a girar como se eu estivesse em um brinquedo de parque de diversões.

- Mamãe! - ouvi Thomas me chamar de longe, mas nada pude responder pois meu corpo caiu em uma superfície gelada e dura.

[Liam POV]

O suor escorria por meu rosto e costas, me apressei para pegar uma toalha e uma garrafinha de água, havíamos terminado nosso curto show no Good Morning America, tinha sido incrível presenciar as reações de nossas fãs ao nos assistir performando algumas músicas do Made in the A.M. A adrenalina que corria em minhas veias estava dando lugar a ansiedade, estava ansioso pra voltar para casa no dia seguinte e poder acompanhar o restante da gestação de (s/n). Olívia, esse seria o nome dela, o nome da nossa primeira filha.

Estava tão perdido em pensamentos que mal notei meu celular vibrando no bolso da minha calça, me estique no sofá para pegá-lo, o nome de (s/n) apareceu no display e eu sorri deslizando o dedo sobre a tela, atendendo a ligação.

- Hey babe! - bebi mais um gole d'água.

- Tio Liam... - aquela voz não era da minha esposa, era de seu filho, sua voz estava embargada, me ajeitei no sofá ficando tenso.

- O que aconteceu, criança? - perguntei preocupado, pude ouvir um soluço - Thomas, me diga o que aconteceu! Onde está sua mãe?

Alguns minutos se passaram, apenas soluços sofregos de Thomas eram ouvidos e eu tentava o acalmar.

- Mamãe caiu no chão e dormiu, tio Liam. Ela não quer acordar. - seu choro desesperado voltou e eu senti meu coração parar.

**

Preocupado. Aflito. Nervoso.

Sentia um misto de emoções ao mesmo tempo, e tinha que acalmar Thomas sentado ao meu lado. Após encerrar a ligação, liguei rapidamente para irmã de (s/n) que morava perto de nós e ela a socorreu. A manager da banda aprontou um jatinho para me levar até Londres e Louis me ajudou a arrumar a mala.

Lembro de quando cheguei ao hospital e uma sensação horrível me tomava, ela só piorou quando eu soube que (s/n) estava na sala de parto.

Ela havia desmaiado por ter pressão alta devido a ansiedade, o atrito com o piso havia sido forte o suficiente para romper a bolsa. Nossa filha nasceria com menos de quarenta semanas e aquilo me preocupava, ela poderia ter algum problema e minha esposa também, e na pior das hipóteses uma delas poderia me deixar. Esse pensamento fez um arrepio correr por minha coluna.

Olhei para Thomas, seus ombros estavam tensionados e sua afeição preocupada, ele era novo demais para passar por aquilo, afinal só tinha cinco anos de idade. O puxei para meu colo e o abracei, sendo correspondido de imediato.

- Mamãe vai ficar bem, tio Liam? - sua voz saía fraquinha e cansada.

- Vai sim, criança.

- E minha irmãzinha? - levantou a cabeça do meu ombro e me olhou.

- Também, logo logo vai poder brincar com ela. - beijei sua testa e ele me apertou no abraço procurando segurança, voltando a deitar a cabeça em meu ombro.

O cansaço me venceu e eu acabei me deixando levar pelo sono.

xx

- Senhor Payne? - senti alguém apertando meu ombro, abri os olhos encontrando o médico responsável por (s/n). Me obriguei a despertar me ajeitando na poltrona sem acordar Thomas. Notei que já havia amanhecido e meu corpo inteiro doía.

- Doutor, como está (s/n)? - perguntei ansioso.

- Está bem, descansando, pois o parto foi complexo. - fiquei tenso com a nova informação.

- Como está minha filha? - rezava mentalmente para ela estar bem.

- Por ter nascido prematura está na incubadora, usando respiradores e medicação para acelerar o amadurecimento pulmonar. Seu estado é instável. - suspirei aliviado por não ter acontecido algo pior.

Minha filha havia nascido.

- Posso ir vê-la? - ele assentiu, aproveitei que a irmã de (s/n) estava voltando da lanchonete do hospital, e levei Thomas para ela, sendo recebido com um sorriso animado. Logo segui o doutor.

Vesti o necessário para entrar na sala, minhas mãos suavam e um sorriso não saía do meu rosto. O médico me indicou o local onde ela estava e eu segui para lá.

Ela era linda.

Me agachei ao lado da incubadora colocando minha mão no espaço aberto para tocá-la. Algumas lágrimas saíram dos meus olhos quando a pequena mãozinha envolveu meu dedo indicador o apertando.

Ali estava minha filha. Minha pequena princesa.


Por Mari.

Imagines Liam PayneOnde histórias criam vida. Descubra agora