episódio 07 :: NAS ESTRELAS

7 1 0
                                    

Texto de: Edson Lemes Júnior "Druida das Pradarias"
ANO DE ERA: 1656 - (ano que a história é contada na taverna / O ano que se passa a história não se sabe ao certo: algum momento antes da chegada dos homens em ERA)

- Senhor, estamos perdendo o escudo defletor traseiro. – o desespero da primeira imediata era perceptível, ela que era uma das mais equilibradas da tripulação, sinal de que as coisas não iam tão bem. – A fragata está se aproximando, se ela atingir ao alcance de disparo não resistiremos.

- Eu sei Austry. Eu sei! – Disse o capitão, um membro da raça Roldar, homem corpulento, com uma fina barba bem feita emoldurando seu rosto, orelhas pontiagudas e pele ligeiramente azulada. Uma cicatriz de combate no olho esquerdo dava-lhe um aspecto único no olhar. Apesar de manter sua pose de capitão, o desespero era nítido em todos da tripulação, até mesmo nele, que tentava evitar ao máximo que isso transparecesse aos demais. – Mirr, como está o cálculo para o salto?

- Ainda estamos em sessenta por cento senhor! – Respondeu o mestre de cálculos e astronavegação.

A nave tremia a cada impacto dos disparos realizados pelos inúmeros caças que os atacavam. O nível do escudo deflector caia após cada sacolejada da nave, todos podiam acompanhar nos holo-monitores da ponte de comando. O que tornava a situação ainda mais desesperadora.

- Quanto tempo Mirr? – Perguntou novamente o capitão, menos de 5 minutos desde a última pergunta.

- Sessenta e sete senhor, ainda mapeando as rotas principais. – Respondeu o jovem, um garoto que aparentava ter uns vinte anos, mas que era bem mais velho do que isso, uma vez que pertencia a raça Galgon.

BUM! Foi o som ouvido por todos na ponte, um tremor sacudiu todos em suas cadeiras a ponto de jogar Austry ajoelhada no chão.

- O que foi isso? – Questionou Alumar, uma criatura pequena, parecida com uma mistura entre morcego, réptil e humano.

- O fragata nos atingiu. O escudo deflector traseiro já não existe mais senhor, assim como o motor de propulsão. – Disse Austry antes mesmo de se levantar do chão.

- E o motor de dobra? – Perguntou o capitão ao mestre de cálculos.

- Ainda ativo senhor, mas um novo disparo desses e não sei se podemos dizer o mesmo. Vários sistemas do computador central estão falhando e.... – antes que o jovem Mirr termine o capitão grita a ordem!

- Ativar salto!

- Mas senhor, sem os cálculos corretos podemos ser lançados num quasar, buraco negro ou até mesmo numa fenda dimensional, ou se o salto falhar e nos levar a uma rota desconhecida, sem o motor de propulsão ficaremos a deriva no espaço.

- Então Mirr, se crê em uma força superior é bom começar e rezar. Salte agora se deseja ter a chance de sair vivo daqui!

- Computador, realizar salto de dobra! AGORA! – Disse Mirr num comando de voz ao sistema I.A. da nave.

No mesmo instante toda a ponte se distorce, esticando e se contraindo, uma sensação pouco agradável aos tripulantes.

A nave desaparece do sensor de seus perseguidores.

***

Quatro horas após o salto, o computador da nave alerta a tripulação de que o destino solicitado foi atingido.

Mirr é o primeiro a se dirigir a ponte, sentando em sua cadeira de trabalho, logo o capitão e Austry aparecem também. Antes mesmo de sentar o capitão pergunta:

- E então Mirr, qual nossa localização?

A nave sai do Hiperespaço poucos segundos após a pergunta do capitão e como uma resposta, um imenso planeta aparece na holo-tela refletora do ambiente externo.

ERA Novels - a sua novela medievalOnde histórias criam vida. Descubra agora