- Sim, provas seriam bem-vindas - concordei, incapaz de tirar o sarcasmo da voz. - Mas você vai me dizer, com certeza, que provas não poderá me dar, certo? Vai fazer um pequeno discurso sobre a necessidade de acreditarmos nessas coisas de qualquer jeito, não é?
- Não, na verdade estava pensando mesmo em te dar uma prova - a voz de Hollie exibia uma estranha calma, que me fez respirar fundo e sentir medo.
E se Hollie estivesse dizendo a verdade? Mesmo assim, não. Não vou acreditar nisso. Vampiros e lobisomens existiam na ficção, não na vida real.
A mulher tirou o celular do bolso da calça jeans e fez uma ligação.
- Pode mandar Louis à sala de aula do escritório? Obrigada.
Recolocou o aparelho no bolso.
- Agora, todos vocês estão convidados a ficar e ver o que vai acontecer. Mas, se quiserem sair, um assistente está à espera de cada um de vocês lá fora. A função deles é responder às suas perguntas.
Respirei fundo e decidi ficar. Me senti melhor por não ser a única a ter dúvidas sobre o assunto.
(...)
Depois de longos minutos, durante os quais o silêncio invadiu a sala como uma névoa, ouvi o som de passos na frente da sala. A porta se abriu e o garoto ônibus - o de olhos estranhos -, entrou.
- Olá, Louis! Bom ver você de novo - disse Hollie com um sorriso no rosto.
- Bom também estar de volta - ele disse e se virou para mim, e quase perdi o fôlego ao notar que os olhos dele estavam pretos a ponto de nem parecer humanos.
- Eu ficaria feliz se você nos fizesse o favor de demonstrar seu dom especial.
Os olhos não humanos de Louis se desviavam de mim. E ele sorriu.
- Então você tem aqui pessoas incrédulas, não é? - se voltou para Hollie. - O que gostaria de ver?
- Por que não deixamos Chloe decidir? - Hollie me encarou - Chloe, este é Louis Tomlinson, especialista em metamorfoses, um dos melhores que existem. Pode se transformar em praticamente tudo o que você imaginar. Diga no que gostaria que ele se transformasse.
Eu alternava o olhar entre Hollie e Louis. Vendo que aguardavam minha resposta, fiz um esforço para falar.
- Num... Unicórnio - no momento em que ouvi a risadinha de Niall do meu lado, senti minhas bochechas corarem.
- Unicórnios não existem - Louis disse, num tom de quem se sentia ofendido com a escolha.
- Existiam - Hollie o cortou, como que para me defender.
- Que merda! - Louis falou com uma careta. - Existiam mesmo?
- Sim, que merda - repetiu Hollie - Mas vamos melhorar nossa linguagem - sorriu. - Basta pensar num cavalo com um chifre na testa. Sei que pode fazer isso.
Ele concordou com um gesto de cabeça e, juntando as palmas, revirou os olhos negros.
De repente, o ar da sala ficou rarefeito, como se algo houvesse sugado todo o oxigênio. Eu o olhava fixamente, embora tudo dentro de mim recomendasse para não fazer isso. Então, minha necessidade de saber o que ia acontecer se evaporou na atmosfera quase irrespirável.
Só agora eu entendia o sentido da frase "A ignorância é uma bênção". Queria continuar ignorante. Não queria ver, não queria acreditar.
Mas eu vi.
Fagulhas cintilando em volta do corpo do garoto, como se um balde de purpurina tivesse sido despejado em torno dele, como se mil lâmpadas se acendessem refletindo cada fragmento da purpurina em suspensão.
Centenas de partículas em forma de diamante o envolviam. Aos poucos, foram se depositando no chão e ali onde Louis estava antes, surgiu um enorme unicórnio branco, com um chifre cor-de-rosa bem no meio da testa.
XXX
EU RI MUITO ESCREVENDO ESSE CAP. GENT KKKKK SOCORRO
Ok. Desculpem o atraso, as aulas consomem todo meu tempo.
Logo irei postar outro, já que esse foi extremamente curto!
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Midnight • [Book One]
Teen Fictionnunca me considerei uma garota normal, mas será que foi realmente necessário eu ter vindo parar em um lugar para jovens problemáticos? Midnight é uma adaptação da obra Nascida a Meia Noite da C. C. Hunter. [One Direction. Copyright, © 2016. All ri...