Capítulo 5

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Depois de um dia exaustivo de trabalho o Noah queria sair comigo, mas não sei se era isso que meu corpo queria. Estava muito cansada.

- Ah, não sei, estou um pouco cansada...

- Ah, então tá... você que sabe.

Como resistir aquela carinha linda.

- Está bem, podemos tomar um café, tem um lugar perto de casa que serve um delicioso... Podemos conversar um pouco, só prometo isso.

- Por mim está ótimo!

Saímos da redação e a Lily foi para casa me dando mil e uma recordações.

Entramos no café e fomos pedir o nosso, e escolher uma torta...

- Olá, pode me servi um café? –disse ao rapaz que estava de costa para mim.

- Claro! –ele disse se virando.

- Ah não!!!

- Ah, não eu que digo!

- Você está me perseguindo, só pode!

- Escuta eu não persigo malucas...

- Acho melhor não falar assim da dama.

- Tudo bem Noah, esses tipinhos não sabem nem o que é uma dama. Olha, não tem outra pessoa para me atender não, não confio em você perto de cafés, aliás você não é do tipo que se confia.

- Olha não tem ninguém para atender, estão todos ocupados então se não vão pedir podem...

- Escuta, olha o que você vai dizer heim, ou eu chamo o gerente daqui e mando demiti-lo, onde já se viu não sabe nem atender uma cliente...

- Olha, estamos muito ocupados se pudesse agilizar seu pedido...

- Mas é um petulante!

- Catlin, eu faço o pedido, vai escolher uma mesa que eu estou indo.

- Obrigado Noah, o mundo precisa mais de homens como você...

O petulante ainda fez careta para mim.

Ridículo.

Se aquele lugar não servisse o melhor café de todos perderiam uma cliente. Onde já se viu contratar um cara tão grosseiro para atender as pessoas.

Noah chegou trazendo o café que eu falei que queria e uma torta de morango, comemos e conversamos muito, apesar do antipático ter quase estragado minha noite tudo deu certo, a noite foi maravilhosa pena que não demorou muito, meu corpo só pedia cama.

***

Já haviam se passado três semanas e eu não havia mais visto o idiota do café, evitara passar lá também, desde que descobrir que trabalha lá mando a Lily ir busca para mim.

Meu relacionamento com o Noah está melhor do que eu pensei. Acho que ele é o cara certo, nos beijamos ontem, e por incrível que pareça foi apenas um selinho, minha vontade é joga-lo na cama, mas estou fazendo o que a Lily me mandou e está dando certo.

- Lily mande a Margô fazer a cobertura do the News, e mande Lins vir aqui, preciso agilizar as planilhas de agosto.

- Ok, anotado, estou indo...

- Toque, toque.

- Noah, pode entrar!

- Sei que está ocupada, meu artigo está pronto, trouxe para você dar uma olhada e te chamar para sair hoje as 7.

- Pode deixar aqui, olharei agora porque mais tarde estarei mais que ocupada, e a resposta é sim, mas passarei em casa para um bom banho.

- Tudo bem, posso de buscar então.

- Não, faremos diferente essa noite.

- Diferente?

- É, tipo um encontro casual, nos encontramos no lugar determinado.

- Se você prefere está ótimo para mim.

- Perfeito.

- Ok, vou te deixar trabalhar agora, tenho que adiantar outras coisas também.

***

- Droga, este está melhor...

- Os últimos cinco que experimentou estava.

- Para de falar ok, este aqui sem dúvidas está melhor, só um perfuminho agora e prontinho, estou maravilhosa.

- Está linda, mas não vai aprontar tá bem.

- Amiga, faz um mês que conheço o Noah, preciso beija-lo e muito, na verdade preciso transar...

- Você está liberada para beijar mas nada de sexo.

- Amigaaaa.

- Nada de amiga, você não quer casar!

- Ta bom, me convenceu.

- Juízo.

- Com você sempre.

Peguei o carro que estava na garagem e sai do prédio, quando estava já na rua saindo com o carro senti de leve uma batida atrás do meu carro.

Argh.

Só o que me faltava.

Desci puta da vida. O cara era cego ou o que?

- Escuta você não vê não ou cara.

- Olha a culpa foi sua!

- Você de novo?! Eu mereço... sabe, já tenho a absoluta certeza que você é cego!

- Escuta aqui sua maluca, a culpada é você! Esqueceu de ligar a droga do pisca alerta, como ia adivinhar que ia para direita?

- Escuta aqui você, não põe a culpa em mim, você que é um cego e está precisando de um exame urgente.

- E você de um psicólogo, sua louca.

- Louca é a sua mãe, e você vai ter que pagar pela pintura do meu carro.

- Poderia até pagar se você não fosse uma grossa, não fui o culpado.

- Escuta eu vou chamar a polícia.

- Que meu telefone para ligar, se quiser pintura me encontra nos tribunais.

- Oi?

- Isso mesmo, agora eu tenho mais o que fazer a escutar uma maluca desenfreada.

- O que?

Ele disse indo entrando no carro e ligando...

- Ah, e coloca uma placa atrás do seu carro "maluca no volante"!

- Ahh!

- Maluca!

- Seu grosso, nojento! Uuuurgh!!!

Ele saiu me deixando plantada na rua e com um carro arranhado e um pouco amassado.

Infeliz.

Respira Catlin.

Ele vai morrer de câncer de pulmão logo, provavelmente é um fumante.

É...

Respira.


- Desculpa Noah, cheguei atrasada, tive um imprevisto nada agradável...

- Você está bem.

- Vou ficar!

Meu Porto Seguro- Um conto de amorOnde histórias criam vida. Descubra agora