Capítulo 7

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Dormimos e no outro dia fomos para a praia. Pus um maiô preto e encontramos a Lily e o idiota, com mais uma de suas piadinhas.

Cara irritante, como a Lily pode gostar de um cara assim heim?

Eu e a Lily entramos primeiro na água, como um ritual eu lembrei dele... Era sempre assim, o oceano me lembrava ele. Lembro das vezes incontáveis que o Adam falava como gostava da praia... Muitas vezes fugíamos para lá, passávamos horas e horas brincando na areia e salpicando água um no outro. Lembro do seu sonho de ter uma casa a beira mar... ele deve esta lá agora, junto com sua família, cercadas de crianças e uma mulher linda.

Sera que ele ainda lembra de mim?

Voltamos para encontrar os meninos.

- Pensei que não fosse voltar...

- Lily,  estava preocupada com a maluca te afogar na água...

- Escuta aqui Bran...

Meu mundo parou. Aquela cicatriz.

- "Anda Adam!"

- "Estou tentando, a madre não deixa meu pé..."

- "Ela vai te pegar?"

- "Não vai mesmo! "

- "Adam!"

- "Aiaiaia... aii Liz, está doendo!"

- "Suas pestinhas isso que dá ficar passando debaixo dessas cercas perigosas... Vamos para enfermaria!"

- "Adam?!!"

- "Eu vou morrer Liz"

- "Não, você não pode me deixar!"

- "Parem de choro, isso que acontece com crianças desobedientes, garoto isso aqui ficara uma cicatriz feia..."

...

- "Nossa Adam, está feio..."

- "A madre disse que poderá nunca sair."

- "Sinto muito."

- "Tudo bem, eu serie o único com ela, me tornarei único."

- "Para mim você já é único!"

Não podia ser, não aquela cicatriz, não podia ser...

- Catlin, Catlin!!!

Tudo ficou escuro.

Ninguém entendeu quando eu quis voltar imediatamente para Los Angeles. Brand não podia ser o Adam. Não fazia sentido.

Eu vou esquecer isso. Qualquer um pode ter uma cicatriz daquelas debaixo do peito direito não é?

***

Dias se passaram e eu não parava de pensar nisso, dispensei tantas vezes o Noah que a nossa relação estava de mal a pior. Para piorar ficava encarando o Brand quando ele ia lá em casa, buscava algum traço do garoto que vez meus dias por muito tempo os mais felizes, mas não encontrava. Acho que era coisa da minha mente.

- Catlin posso conversar com você?

- Pode.

- O que está rolando heim, não vejo mais o Noah aqui e você só fica encarando o Brand, olha para ele de um jeito estranho, nunca vi você olhar ninguém assim, nem briga mais com ele.

- Você queria que eu parasse de brigar...

- Mas e esse olhar?

- Que olhar?

- Esse olhar diferente, você por acaso se encantou pelo Brand?

- Claro que não....

- É, acho que é loucura da minha cabeça, desculpe, estou gostando tanto dele que estou pirando...

- Tudo bem, eu preciso trabalhar.

- Ok, ele vai lá pra casa hoje, vamos assistir um filme você vai sair com o Noah.

- Não, mas vou trabalhar no quarto, relaxa que vou deixar os pombinhos sozinhos.

- Tudo bem.

- Ok.

Estou louca. Nem trabalhar estou conseguindo direito. Maldita cicatriz.


Mas tarde naquele dia estava eu no quarto e tentado me controlar e eles na sala, assistindo.

- Droga, cadê minha agenda?

Aonde coloquei essa merda heim?

- Não! Drogaaa, deixei no banco da sala...

Foi mal Lily mas preciso dela...

Sai do quarto e eles estavam literalmente se pegando no sofá. Porque meu coração apertou heim? Ele não é o Adam!

Peguei minha agenda o mais no mais silencio possível mas eles falaram algo que atrapalhou minha concentração em fazer silencio então derrubei um vazo, quebrei um vidro e minha agenda se espalhou pelo chão.

- Desculpa gente, eu vim pegar a minha agenda, foi mal mesmo!

- Tudo bem Cat, a gente ajuda.

Então eles pegaram meus papeis que estavam dentro da minha agenda e... ai não, minha foto.

Brand pegou e olhou meio atordoado a fotografia.

- Ah, é melhor devolver isso, é o precioso da Catlin, um bofe britânico.

Brand olhou para mim. Olhou nos meus olhos.

- Liz!

Só uma pessoa me chamava assim.

- Adam?

Meu Porto Seguro- Um conto de amorOnde histórias criam vida. Descubra agora