O dia tinha sido intenso e estavam todos de rastos quando regressaram da visita da tarde. Sophia ia junto a Marina e estavam um pouco afastadas do seu grupo.
Marina tinha assistido à conversa de Sophia e Francisco: "Olha lá és uma grande sortuda!"...
"Eu?", respondeu Sophia "porquê?".
Marina: "Então não vês que o Francisco está caidinho por ti? Toda a gente vê...Aquela cena de ciúmes foi mesmo descarada. O men tá todo apanhadinho por ti...
Sophia: "és parva, Marina. Porque havia ele de estar apaixonado por mim?"
Marina: "Observa o que ele faz. Se olhares agora, disfarçadamente, vais ver que ele segue todos os teus passos. Este já foi apanhado pelo amor ahahahahah"
Sophia: "Pára com isso Marina". Sophia não resistiu e fingiu procurar alguém e viu, perfeitamente, que Francisco olhava na direcção das 2 raparigas. "Pode estar a olhar para ti, Marina"
"Achas?", disse Marina. Depois de tudo o que já tentei, este não quer nada comigo. É a ti que ele quer. E sabes que mais? Eu acho que tu também tás apanhada por ele!"
"Cala-te, parva" disse Sophia dando uma pequena palmada na mão de Marina. Como se eu gostasse de um parvo destes...
"Sophia, não percas tempo. Vamos estar aqui mais umas semanas mas depois podes arrepender-te de não teres aproveitado todo o tempo para poderes estar com o Francisco", disse Marina.
"Não sejas parva. Eu não gosto dele para namorar" disse Sophia. "Tu é que sabes", respondeu Marina.
Sophia continuou o percurso de regresso ao Colégio e não deixava de pensar nas palavras de Marina e no que sentia por Francisco.
Dava razão a Marina e ao que ela tinha dito pois estava estranha, sentia-se nervosa ao pé de Francisco.
Parecia que o coração ia sair pela boca, o estômago estava às voltas, sonhava acordada...Sim, ela tinha de admitir que gostava de Francisco, mas tinha medo de avançar e de se magoar.
E se ele, na verdade, só quisesse brincar com ela, com os seus sentimentos? Estava muito confusa e desorientada.
Chegados ao Colégio, todos se dedicaram aos trabalhos de casa que haviam sido pedidos pelas Psicólogas, durante a manhã.
O trabalho para hoje era cada um escrever os objetivos que tinham para o tempo que iriam estar no Colégio. Teriam de ser pelo menos 3 objetivos.
Sophia não conseguia pensar no que escrever.
Decidiu que os objetivos seriam: pensar mais nos outros, valorizar a família, encontrar novos e diferentes amigos, aprender culturas diferentes, transformar um castigo numa experiência positiva.
Depois disto, entregou o trabalho à responsável de sala e foi para o seu quarto preparar-se para o jantar.
Francisco não sabia o que fazer para "aquela porcaria de trabalho".
Decidiu, então, escrever os seus objetivos para aquele tempo que iria estar na "prisão", como ele lhe chamava.
Escreveu que os seus objetivos seriam: sobreviver na prisão, tornar-se melhor como pessoa, encontrar uma namorada, fazer novos amigos e aprender com os outros novas vivências, regressar rapidamente a casa.
Entregou o seu trabalho e foi para o quarto. Tomou um banho, vestiu-se e foi para o jardim perto do refeitório.
Quando chegou lá encontrou Sophia.
Estava só porque Marina e Sarah ainda não tinham saído da sala de trabalhos.
Da equipa apenas estavam eles 2.
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O Grande Amor
RomanceEsta é a história de Sophia e Francisco. O primeiro amor de dois adolescentes. Sophia, uma menina de quase 13 anos não aproveitava as capacidades que tinha. Francisco, um menino com 14 anos tinha boas notas mas mau comportamento na escola. Esses c...