The First Clue.

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Londres, Uma Semana Depois, 10h00 A.M.
Já faz uma semana. O inferno (minha vida maldita) esta apenas começando. Faz uma semana que Harry morreu, um semana deitado na cama chorando por todos os motivos possíveis. Eu não vou mais às entrevistas com Liam e Niall, pois agora sobrou só nós três. Harry e Zayn se foram, mas Zayn foi mais cruel em nos deixar assim. Pessoas idiotas merecem acontecimentos idiotas. Eu não como faz um tempo, hoje rejeitei o café da manhã, provavelmente vou rejeitar o almoço e jantar também. Isso ta virando um pesadelo, se é que já não é um pesadelo. A única pessoa que me dava apoio de verdade, partiu e não voltará nunca mais. É por isso que estou aqui, sozinho agora.
- Louis. - ouço uma voz na porta do quarto. - Louis. - a voz repete. Continuo sem me mexer ou sem virar os olhos, só focado no teto do quarto.
- Precisa sair. - ela diz, entrando no quarto. Minha mãe nunca me viu tão abalado assim, eu acho. A não ser o dia em que Harry disse que mudaria de cidade, e depois disse que era mentira.
- Precisa sair de casa, Boo Bear. - ela usou o apelido. Aquele apelido bobo.
- Não preciso. Não quero. Não vou. - disse, praticamente sem força na voz, já que não falo com ninguém a uma semana.
- Isso não pode continuar assim, Louis. - ela disse, mas eu ignoro novamente. Ninguém ira me tirar da cama além de mim. E se depender mesmo de mim, não saio daqui nunca mais.
- Me responda, Louis Tomlinson! - ela grita, e eu levanto da cama irritado.
- Quer saber, mãe? - eu comecei a andar em sua direção, com água nos olhos. - O Harry morreu! Ta legal? Isso já não esta bastante claro? Harry está morto, e eu não sei a droga do motivo! Ele não esta mais aqui, e nunca mais estará. Ele se matou, mãe. Harry não vai mais estar aqui, minha vida acabou e eu não quero sair de casa. Tá bom? - eu grito. Ela me olha com água nos olhos, e fecha a porta com força. Volto a deitar na cama, e fecho os olhos tentando dormir. Depois de quinze minutos só com os olhos fechados, sinto que minha mãe estava certa. Eu preciso sair de casa, pelo menos para respirar um pouco do ar de fora. Decido que vou até o túmulo de Harry lhe levar uma flor.
Troco de roupa e desço as escadas. Jay me vê e sorri docemente.
- Aonde vai? - ela pergunta, me encarando.
- Viver um pouco, pra variar. - eu digo, e pego as chaves do carro com um casaco e parto para o cemitério sozinho. Cemitério é uma coisa engraçada, não do sentido de humor, mas sim no sentido de ironia. Todos vão tranquilamente ao cemitério de dia, mas todos tem medo de ir a noite. Isso é irônico, pois de noite e de dia estarão as mesmas coisas.
Você não tem medo do escuro.
E sim do que tem nele.
Depois de alguns minutos, estaciono o carro. Compro rosas negras, e vou para o cemitério. Saio do carro, nervoso por estar ali sozinho, mesmo sendo de dia. Caminho rapidamente entre os vãos dos túmulos de pessoas que não faço ideia de quem sejam, até chegar no de Harry. Mal cheguei e comecei a chorar desesperadamente, sem nem falar uma palavra. Coloco a rosa em cima de seu túmulo, e analiso as escritas em sua Lápide.
- Harry Edward Styles.
De 01/02/1994
Até 24/07/2015.
"Não chorem por mim. Chorem pra mim."
E foi assim o resto de minha tarde.
Depois que cheguei em casa, tomei um banho, mas não comi nada. Fui checar minhas mensagens em meu Laptop. Respondi algumas fãs, e quando fui fechar o Laptop, vi um novo arquivo em minha área de trabalho. Eu não tinha colocado ele lá. - Lottie, mexeu em meu Laptop? - perguntei a Lottie, que estava passando na porta entre aberta.
- Não, por que? - ela pergunta, colocando metade de seu corpo para dentro do quarto. Muito estranho.
- Não foi Phoebe? Nem a Felicitte? - perguntei. Ela deu de ombros, saindo do quarto.
- Droga. - murmurei. Mesmo assim, decidi abrir o arquivo. O que estava encrito nele, me deu um nó na garganta tão grande que quase me fez vomitar.
"O Morro Das Ilusões. Xxx H."

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