Capítulo 22

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April acordou quando o céu já estava escuro.

Memória da tarde maravilhosa dela, lhe invadiu a mente, e ela sorriu.

Mas ao seu lado não tinha o corpo grande e forte de Josh. Ela estava sozinha.

- Josh... - Ela chamou pelo garoto, mas ele não veio.

Então ela se levantou, se enrolando no lençol, e sentiu a região entre suas pernas doerem.

Não sabia que perder a virgindade era tão doloroso. Ela pensou e fez uma careta.

- Hey... - Josh disse entrando no quarto com uma bandeja em mãos. - Eu fiz isso pra você... Caso ficasse com fome.

Ele sorriu e então deixou a bandeja no criado mudo, Ando até April e lhe beijou os labios.

- Se quiser tomar banho, fique à vontade. - Ele disse por fim e saiu do quarto novamente.

A garota pegou o suco que tinha e bebeu quase tudo, até que viu uma cartela de remédios pra dor e riu baixo.

Depois de comer tudo e beber o comprimido que Josh deixou pra ela, ela deixou o lençol cair pelo seu corpo, e foi pro banheiro do quarto dele.

Aproveitou dessa vez a banheira que tinha, e a encheu com água quente, e logo que estava cheia, entrou.

Ela encostou a cabeça na borda da banheira, e fechou os olhos, apenas relaxando, e aproveitando a deliciosa água.

Mas não relaxou por muito tempo.

Ela estava namorando o Kaleb, mas acabara de fazer amor com Josh. Ela havia o traído.

Esse pensamento fez ela sentir uma dor no coração. Não imaginava como era se sentir traída, e nem mesmo queria sentir, e fazer isso com alguém, era algo horrível, e algo que fazia April sentir que iria desmoronar.

•••

Na segunda feira, depois de um fim de semana inesquecível pra April, ela tomou coragem e foi pra aula de literatura.

Ela e Josh estavam consideravelmente próximos, e ela gostava disso. O problema, era ela estar escondendo tudo isso de Kaleb.

Depois de se sentar em seu lugar de costume, ela sentiu alguém cutucar em seu ombro, e já sabia que era Josh.

Ela se virou, e sorriu ao ver o par de olhos verdes que ela adorava olhar.

- Bom dia. - Ele disse sorrindo pra ela.

- Bom dia. - Ela respondeu, e então sentiu os labios de Josh rapidamente pressionados contra os dela.

- Agora sim está sendo um bom dia. - Ele falou com seu sorriso de canto nos labios, e se encostou na cadeira.

April sorriu pra ele, e então se virou pra frente.

E quando o professor entrou na aula, ela simplesmente viajou em seu subconsciente. Imaginando como ela estava sendo uma pessoa ruim, por estar traindo o namorado com o melhor amigo.

[...]

No fim do dia, April estava a caminho do seu quarto, quando um braço forte se passou em volta da cintura dela.

- Oi... - Kaleb sussurrou em seu ouvido e ela se arrepiou completamente.

- Que susto! - Ela se afastou com a mão no coração e olhou seu namorado, que estava com um sorriso de canto em seu rosto.

- Calma, linda, sou só eu. - Ele beijou os labios dela e sorriu.

- Eu não tenho Olho atrás, Kaleb. Você me assustou. - Ela deitou a cabeça no peito do rapaz, e logo sentiu a mão dele passando por suas costas acariciando.

- Desculpa. - Ele falou entre risos e beijou a testa dela. - Não vi você esse final de semana, aconteceu alguma coisa?

April gelou. Não havia contado a ninguém onde estava, e também não poderia, certamente.

- Eu... Nada demais, só quis ficar fora, sabe? Livre de tudo isso. Desculpa não ter falado. - Ela sorriu esperando ser convincente.

- Entendi... E que tal agora nós dois ficarmos livres de todos? - Ele começou a beijar o pescoço dela, e logo ela estava presa na parede.

- Não posso. Tenho que estudar. - Ela o empurrou, e ele logo suspirou.

- Ta, desculpa. - Ele sorriu fraco. - Me liga então.

Ela assentiu, e assim que sentiu os labios dele contra os dela, fechou os olhos e retribuiu ao beijo. Mas já não sentia nada, apenas vontade de se afastar rapidamente.

Quando o beijo terminou, Kaleb foi em direção oposta a de April, que estava encostada na parede pensando em como sua vida se tornara uma bagunça e confusão, quando era pra tudo estar indo bem.

Mas a garota sabia que isso não ia terminar tão cedo, e sabia também que o melhor estava por vir. Na verdade, precisava acreditar nisso. Assim como acreditou a 10 anos atrás que iria ser adotada, e hoje tem pais maravilhosos, então acreditava que iria completar o quebra cabeça em sua mente, e iria ver a maravilhosa imagem que ele formava.

Ela então de desencostou da parede e foi andando pro seu quarto, mas um outro braço forte passou por sua cintura, e ao sentir o cheiro amadeirado do perfume dele, reconheceu rapidamente quem era.

- Oi pai. - Ela sorriu e se virou pra abraçar o homem que a acolheu com amor.

- Oi querida. Parece triste, o que foi? - Ele perguntou enquanto afastava o cabelo que cobria o rosto da garota.

- Acho que era só saudades. - Ela abraçou ele mais forte, e sentiu uma vontade enorme de pedir para que ele lhe tirasse dali, assim não teria que ver nenhum dos garotos que ela iria magoar lá na frente.

- Também senti sua falta, pirralha. - Ele bagunçou os cabelos da filha e sorriu. - Quer comer e conversar?

- Sim... Eu preciso muito conversar. - Ela suspirou e então foi andando com seu pai pra lanchonete.

Quando chegaram, pediram seus lanches, e então começaram a comer enquanto April tentava achar palavras o suficiente para explicar e pedir conselhos ao seu pai.

O Amor em Portland [Wattys 2017]Onde histórias criam vida. Descubra agora