Capítulo 5

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Faz seis dias e cinco noites que o Ian estava na ilha. Sim, eu estava contando, mas como não fazer se eu tinha a sensação de que as horas passavam tão de pressa quando eu estava ao seu lado?

Talvez eu devesse estar em choque, ou acuada, desesperada para fugir desta ilha. Deveria enxergar o Ian como um inimigo que comprou uma mulher em um leilão, mas poxa, ele me salvou de um futuro trágico. Eu deveria estar pensando em meus pais, ou em como minhas amigas estão, mas eu escolhi um foco que é não enlouquecer. Coloquei todos os meus medos e receios em um lugar bem escondido em meu cérebro, e controlando minha mente mantendo os pensamentos intrusivos afastados. Eu protegia minha mente e pensamentos, de modo a não me tornar escrava das emoções.

Eu sabia usar o controle da mente, aprendi cedo a me manter centrada, poucas coisas me tiravam do controle. Na verdade, quase nada me tirava do controle. Vou esperar o que vier, já que não tem como fugir nem mudar o destino. O que eu poderia fazer? Chorar? Descabelar? Já fiz muito isso quando cheguei, agora não enxergo mais o perigo.

Estou sentada em um tronco à beira da praia sentindo as ondas bateram nos meus pés enquanto observo o Ian correr ao longe. Já passam das seis da manhã e hoje ele me acordou antes do sol nascer, pois eu precisava conhecer o espetáculo do nascer do sol nas Bahamas. Ficamos olhando o sol despontar nas águas aparecendo timidamente enquanto a claridade se revelava através da luz do sol. Enquanto observava o Ian correr de volta eu recordava os últimos dias. Ele dormiu na minha cama noite passada, claro que para que eu não tivesse mais pesadelos, mas isso fez com que eu tivesse sonhos quentes e acordasse não por causa de sonhos ruins, mas por conta da presença dele ao meu lado, que se tornou uma coisa torturante e necessária. Ontem andamos de barco aqui perto da ilha, ele me levou para mergulhar. Adorei ver os peixes de perto e gostei ainda mais de ter um professor de mergulho tão atencioso. Foi mágico ver um pouco dos mistérios do mar, e fiquei como criança quando vários golfinhos resolveram aparecer. No começo fiquei apavorada achando que poderiam nos machucar, mas Ian me acalmou e passamos a brincar com eles. Foi um momento incrível.

— Gostaria de ter uma câmera para guardar esse sorriso em uma fotografia. — Abaixei a cabeça um pouco envergonhada. Ele estendeu a mão para mim que aceitei a ajuda para levantar.

Olhei para sua boca que era um convite ao paraíso. Imaginei nossos lábios unidos trocando um beijo enquanto nossos corpos...

— Posso saber o que está pensando? — Reprimo um suspiro

— Você se surpreenderia se soubesse.

— Ah, Gabriela, não quero nem pensar.

Voltamos para a casa. Ele entrou no banho e eu fui trocar de roupa, pois iríamos explorar a ilha. Não estava mesmo no meu juízo perfeito. Depois do café saímos em direção à cachoeira, eu já havia ido lá, no entanto, ele garantiu que o melhor eu ainda não tinha visto.

Minha Salvação será retirado Dia 8/05Onde histórias criam vida. Descubra agora