Gabriela aos 24 anos dedicou a sua vida apenas a estudar, sem permitir distrações. Está noiva de um homem que não ama, ela sabe que o amor vem com o tempo.
O que Gabriela não sabe é que sua vida mudará drasticamente durante uma viagem comemorativa...
Ops! Esta imagem não segue nossas diretrizes de conteúdo. Para continuar a publicação, tente removê-la ou carregar outra.
Estou na fila de embarque no Aeroporto Internacional de São Paulo. Não existiam voos diretos do Brasil para Aruba, sendo necessário realizar escala ou conexão em Miami, agora temos a felicidade de fazer um voo apenas com escala em Caracas. Minhas amigas e eu escolhemos esta viagem como uma forma de extravasar e comemorar, no caso elas extravasam e eu apenas descanso ao sol.
Estudamos muito para conseguirmos alcançar nossos objetivos. Formei-me aos 22 anos em Direito e me dediquei mais dois anos seguidos para passar no concurso no qual em um mês iria assumir o cargo e seria a mais jovem Procuradora da justiça, ou seja, não vivi nada, não sei o que é festa de faculdade, apenas estudei, estudei e estudei. Namorar nunca, nunca mesmo, não tinha tempo a perder com namoricos sem futuro. Você deve se perguntar, como então arrumei um noivo? Pois bem, o Rafael é meu amigo e da minha família, meus pais o aprovam, para mim é o que importa. Delegado aos 26 anos, frequentamos a mesma igreja evangélica e temos os mesmos objetivos, casar, ter uma carreira e formar família tudo nessa ordem. Quanto ao sexo, resolvemos esperar para depois do casamento, que vai ser daqui a um ano. Se eu amo meu noivo? Em minha opinião o amor vem com o tempo, com a convivência, Rafael e eu nos damos bem, temos afinidades, posso dizer que eu sei que vou amar o meu marido e farei disso mais um objetivo. Não acredito nessas histórias de amor à primeira vista ou aquelas sem controle que lemos em romances, sou realista. Acredito sim que o amor exista, eu amo, claro, mas o amor é construído, cultivado e doado.
— Acorda, criatura — Fernanda me chama com um estalar de dedos. — A fila andou.
Estou nesta viagem com minhas duas amigas, Fernanda e Kamila. Somos três mulheres completamente diferentes, nos conhecemos na faculdade, exceto pela Kami que é minha amiga desde sempre. Cada uma veio a esta viagem com objetivos diferentes, eu quero aproveitar o sol, me divertir com minhas amigas e ler em frente ao mar azul caribenho. Kami quer sair toda noite e encontrar um par para viver uma aventura de verão. Fernanda quer dormir com quantos homens forem possíveis.
Mal sentamos em nossas poltronas no avião e Fernanda já vem com suas indagações sobre minha vida.
— Já pensou no que te falei?
— Já — eu respondo baixo para evitar que alguém ouça.
— Sobre o quê? — Kami pergunta.
— Eu não acredito que Gabriela vai casar sem provar pelo menos uns três caras diferentes — Fernanda desbocada fala.
— Deixe ela, Nanda, ela quer casar virgem e eu acho fofo.
— Claro, casar virgem sem saber se o marido carrega um pigmeu que não funciona no meio das pernas é muito fofo.
— Fala baixo — repreendo a desbocada da minha amiga enquanto a Kami cai na gargalhada.
— Amiga, seu noivo é lindo e tudo, mas é sério, Gabi, não faz isso, eu acho que você tem que arrumar um cara, de preferência, com um volume a mais na cueca e da...
