Que jogo ele está jogando

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Eróticas, o capítulo de hoje foi mais curto do que o que costumo postar, mas prometo compensar nos próximos. Excelente Páscoa para todas!!!


Mateus dá um passo à frente e encara Eros como se estivesse pronto para lutar e defender sua fêmea. Eros não se intimida, falando com seu olhar mais do que palavras poderiam dizer. Há desafio e uma enorme tensão no ar. Começo a temer que uma briga aconteça por minha causa.

Quando eu penso em me meter entre eles, meu amante resolve recuar, passando as mãos pela nuca, massageando, como se estivesse buscando todo seu controle de volta. Seus olhos nunca deixam os de Eros.

– É impressão minha ou tem algum assunto mal explicado aqui? Por que você está chamando Paula de Butterfly? Será que eu posso saber o que está acontecendo?

Eu abro a boca para dar uma justificativa qualquer. Nem mesmo faço ideia do que estou prestes a dizer, mas Eros é mais rápido do que eu.

– Paula e eu estávamos apenas brincando quando fingimos não nos conhecer. É claro que a conheço e não é de hoje. Eu fui seu colega de escola na infância. Depois pergunte a ela por que lhe dei o apelido de Butterfly.

Cretino!

Mateus levanta uma sobrancelha e me dá um olhar questionador. Acho que não estou fazendo um bom trabalho em disfarçar meu nervoso, mas estou tentando com todas as forças. Pelo menos ele não jogou toda a merda no ventilador.

– Apelido idiota que ele me deu... Já tinha um tempo que não o via até que Apollo começou a se relacionar com a irmã dele. Apesar de tudo, não nos encontramos com muita frequência.

Os olhos de Eros estão semicerrados, enquanto avalia cada palavra que sai da minha boca. Seu olhar cai para os meus lábios e algo dentro de mim começa a aquecer novamente.

Como um homem pode ser tão insuportável e ao mesmo tempo, com um simples olhar, ter todo esse efeito sobre mim?

– Apenas quando ela precisa salvar bêbados em apuros. Não é mesmo, Paula? – ele caminha em direção a Mateus e dá dois tapas em suas costas. – Olha, cara, se algum dia você não conseguir se manter de pé, peça pra alguém ligar para esta mulher. Ela sabe cuidar de uma ressaca como ninguém.

Não. Ele não vai fazer isso comigo. Não quero acreditar que seria canalha a esse ponto.

– Sério? Vou manter isso em mente, embora talvez eu precise que ela cuide de mim mesmo que eu não esteja bêbado. Nós já estávamos de saída. Foi um prazer reencontrá-los.

Percebo o exato momento em que Eros engole em seco, alargando os olhos como se estivesse buscando uma forma de me impedir de sair com ele. Não sei que jogo ele está jogando. Só sei que ele não parece muito disposto a simplesmente me deixar ir.

Antes que qualquer um de nós se mova, um burburinho chama a atenção de Mateus. Um pouco distante, dois homens altos e fortes começam a se enfrentar, fazendo com que as pessoas abram espaço entre eles.

– Espere um pouco aqui, Paula. Preciso resolver isso.

Apenas balanço a cabeça, assentindo. Fico me perguntando como alguém pode sair de casa para se divertir e acabar brigando como animais irracionais. Talvez seja o efeito do álcool ou talvez tenham outros motivos.

Eu não estava prestes a presenciar uma briga entre Mateus e Eros há poucos instantes?

Um puxão em meu braço me tira do transe.

Eros diz algo à sua prima e começa a me arrastar para um canto pouco iluminado da boate. Meu coração palpita forte e, embora eu tente mandar nas minhas pernas e ordená-las a parar, tudo o que consigo é acompanhá-lo como se ele tivesse algum poder sobre o meu corpo.

Eros: Quando a paixão entra em campo (lançamento disponível na Amazon)Onde histórias criam vida. Descubra agora