Razão versus emoção

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Duas mãos grossas passeiam pelo meu corpo com a habilidade de quem conhece cada pedacinho dele com perfeição. Me entrego sem lutar às carícias que estão me levando à loucura, ao desejo de fazer amor com ele ali mesmo sem me preocupar com maiores consequências.

Eros levanta minha blusa de cetim enquanto enche meu pescoço de beijos leves que se arrastam até a nuca, trazendo sensações que só ele consegue arrancar do meu corpo. Seu polegar roça um seio ainda coberto pelo sutiã e algo começa a latejar entre minhas pernas em resposta imediata à sua provocação.

– Eros... – Gemo seu nome sem ter ideia do que eu pretendia falar.

– O que foi, Butterfly, ainda está resistindo à ideia de nós dois? Será que não percebe o quanto seu corpo responde a um simples toque meu?

– Não. Eu não quero mais fugir.

– Boa garota. – ele se abaixa e afasta meu sutiã, cobrindo um seio com sua boca quente enquanto brinca com outro. – Tem ideia do quanto eu quero te deitar e te comer sobre essa mesa de escritório? Desde que você aceitou vir trabalhar conosco, eu não penso em outra coisa a não ser inaugurar essa sala com você.

Escritório... sala... minha nossa, hoje é o meu primeiro dia de trabalho e estou prestes a foder com um dos jogadores sobre a mesa onde se encontram os papéis da negociação com o jogador argentino.

Que dia me tornei essa mulher irresponsável?

– Pare, Eros. – junto toda minha força e o empurro de cima de mim, deixando minha carne trêmula e insatisfeita. Ele me olha confuso e ofegante. Busco fôlego para continuar – Aqui não.

Arrumo minha roupa sem lhe dar um segundo olhar, mas percebo quando ele passa as mãos pelos cabelos, se sentindo frustrado.

– Tudo bem, eu entendo. Onde podemos conversar mais tarde, Paula? Eu vou te dar o direito de escolher o lugar, mas vou lhe negar a opção de inventar uma desculpa. Já estou de saco cheio de brincar de gato e rato.

Eu mereço ouvir isso. Eu sei que mereço. Acontece que desta vez eu não pretendia lhe dar qualquer desculpa. Eu não prometi a mim mesma que nos daria uma chance? Então, vamos lá.

– Se é para nós conversarmos, não consigo encontrar lugar melhor do que na minha casa ou na sua. Acho que não somos civilizados o suficiente para termos uma conversa em um lugar público.

Ele me dá um sorriso torto. Eu adoro esse meio sorriso dele.

– Está decidido. Me encontro com você aqui as cinco e vamos para o meu apartamento.

De repente me lembro da situação de Guilherme e Antônia e percebo que é melhor irmos para o meu já que preciso estar atenta ao que aqueles dois pretendem fazer. É claro que vou cumprir minha palavra e lhes dar apoio, mas tenho que ficar com um olho aberto e outro fechado. Qualquer coisa que acontecer, é reponsabilidade minha, pois eles são menores de idade.

– Melhor nos encontrarmos na saída às cinco e irmos para a minha casa. Tenho uns assuntos a resolver lá.

– Ótimo. – ele me dá um beijo rápido. – Nem pense em fugir, gata. Eu vou te encontrar onde for preciso.

Sacudo a cabeça, concordando, como um animal domesticado pelo seu dono.

– E Paula...

– Sim?

– Eu não vou fazer seus dias fáceis porque pretendo te deixar tão satisfeita que não haverá outro homem no mundo para você. E você sabe que eu cumpro todas as minhas promessas.

Eros: Quando a paixão entra em campo (lançamento disponível na Amazon)Onde histórias criam vida. Descubra agora