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Mais distante do inferno que Elisa se tornou, a oeste das Ilhas de Avalon, brilha o grande e vasto Andalus, o continente mais próspero de Enora. Em seu território, o continente abriga uma grande abrangência de raças e reinos, desde os reclusos elfos, cercados por suas florestas ao norte, até o império expansionista de Péria, que vem engolindo os reinos menores e aumentando suas divisas. Entre grandes e pequenos, em Andalus um lugar brinda a paz, saboreando alguns raros momentos de serenidade em meio a constantes atribulações de sua região.
Etinas é um belo reino firmado há muitos séculos e cercado por lindas florestas, seus vales e suas montanhas são tão antigas quanto a luz que banha suas terras. Sua maior montanha é o monte Firo, e mesmo distante de seu cume pode-se enxergar a joia do povo de Etinas brilhando no horizonte. O castelo cintilante de Riona, a cidade capital, parece uma estrela que ao alvorecer reluz em um tom cinza prateado, e quando o dia chega, em seu crepúsculo fulgura como ouro iluminado pela pálida luz da lua.
A cidade amuralhada de Riona foi erguida nas encostas do vale de Berilo, cortada pelo rio Luzio que transforma a cidade em um jardim que segue suas margens, e aos pés da escadaria do castelo há um pequeno lago que reflete a magnífica construção e se adentra pelos alicerces desta se tornando uma majestosa cachoeira. Nas divisas de Etinas ficam, a leste, o império de Péria e o valente reino de Zarir, dois reinos que já travam uma guerra há mais de cem anos; a oeste, Etinas é banhada pelo mar; já ao sul, vários pequenos reinos fazem limite, e no extremo norte, onde ficam as Montanhas dos Ventos, está o limite com o reino dos elfos, sendo esta a única passagem livre para os homens chegarem a esse reino, mas raramente é usada e nunca sem autorização do povo antigo.
Por muito tempo, o povo do reinado de Etinas foi conhecido como povo errante ou os excluídos, exilados que encontraram a paz e fizeram daquelas terras seu verdadeiro lar. Esta mistura de raças enriqueceu a cultura de tal forma que o reino é um dos poucos lugares no mundo onde é possível encontrar artigos de todo o Enora, esse caldeirão de influências é refletido em suas cidades, que são belíssimas com uma arquitetura invejada por muitos.
Riona, a capital do reino, se destaca não somente por suas belas construções, mas também pela Livraria dos Mestres, um lugar dedicado ao ensino e aprendizado, além de treinamento e aperfeiçoamento. Seu acervo é imenso comparado às livrarias dos elfos, e perde apenas para a antiga Livraria dos Magos, localizada no coração de Elisa, no entanto, foi selada desde a dissolução do Círculo dos Magos há muito tempo.
No alvorecer de um novo dia, em Riona, o sol lança sua claridade por todos os lados fazendo o castelo brilhar; o povo se mostra feliz, e a vida se mostra simples e acolhedora. Muitos param perto da margem do rio Luzio, que fumega levantando uma fina névoa por toda sua extensão. Enquanto a fumaça escura produzida pela lenha começa a sair das chaminés e o cheiro de café, leite, assim como de pão saindo do forno, inundam as ruas para alguns, aquela profusão de aromas era o bastante para acordá-los.
Entretanto, em um dos aposentos do castelo que ainda não tinha recebido a penetrante luz do astro celeste, um jovem ainda dorme envolto em um sonho. Sonha com alguém do passado, uma figura que já não faz parte da sua vida há muito tempo. O jovem não pode ver seu rosto, porém, sabe quem é; a figura está envolta em sombras e diz palavras doces e de esperança, que ressoam em sua mente.
"Quando a face do destino se mostrar diante de ti, não se desvencilhe do caminho da luz, não fuja do seu destino, mesmo que este o leve aos porões escuros onde você se verá caído sobre os joelhos e a dor afligirá sua alma, não temas, meu filho, eu estarei a seu lado. Sei que em seu coração há a força necessária para se levantar e quebrar os grilhões que te aprisionam... não fuja do seu destino...''
As palavras ganharam força em sua cabeça e ecoaram, enquanto a figura de seu pai dava-lhe as costas e sumia na penumbra de seu sonho; o pobre jovem, na ânsia de continuar com o pai, tenta alcançá-lo se lançando na escuridão.
– Pai! Pai...
E com um grito, o príncipe de Etinas levanta-se rasgando o silêncio que o envolvia e repete para si as palavras do pai: Quando a face do destino... não fuja...
– Não fugirei, meu pai, seja qual for meu destino – completou Teron.
Teron, príncipe de Etinas, único filho da rainha Meron e do rei desaparecido Arluz. O príncipe de muitas formas parece com sua mãe, não só pelos cabelos negros como também pelo bondoso coração. De seu pai, herdou o porte altivo e a coragem, além dos olhos castanho-claros.
Uma batida soa na porta do quarto de Teron. É o general Salis que aguarda pelo príncipe que ainda estava aturdido devido ao sonho, embora este tenha sido um dos mais brandos que o príncipe teve em sua vida. Salis continuou a bater e, aos poucos, o som tira Teron do transe, fazendo-o balançar a cabeça. O jovem se levanta e vai correndo atender a porta. Ao abrir, vê seu fiel amigo e grande parceiro de aventuras.
– O que você quer, Salis? – pergunta Teron, voltando-se para o quarto. – Está muito cedo, o sol acaba de sair. – O príncipe abre a pesada janela e vê o horizonte.
– Bom dia, Teron. Desculpe se eu o tirei da cama tão cedo... – replica o general com certa ironia. – Recebi ordens expressas da rainha para acordá-lo com o nascer do sol, pois ela deseja vê-lo com urgência no grande salão.
O príncipe se vira para o amigo com um olhar preocupado.
– Aconteceu alguma coisa em especial? O que ocorreu de tão grave para minha mãe me chamar com urgência?
– Não sei do que se trata, meu amigo, ela só pediu que o levasse ao encontro dela.
Ao escutar aquilo, Teron se acalma.
– Então avise a rainha que já descerei.
Salis acena com a cabeça e faz o caminho de volta passando por um grande corredor repleto de outros quartos, avançando até um pequeno lance de escada que dá passagem a uma antessala que serve de acesso para o segundo andar do castelo. Descendo outro lance de escada, chega ao grande salão. O guerreiro percorreu o caminho até o final da escadaria, onde viu a formosa rainha, junto aos dois tronos do reino aguardando a vinda de Teron.
– Minha senhora – fala Salis. – Teron logo descerá, acaba de acordar e agora está se arrumando para vir ao seu encontro.
– Obrigada, meu general – agradeceu a bela senhora com voz suave; a rainha Meron encantava a todos com sua beleza, seu lindo cabelo negro, que ia até a cintura, e seus olhos azuis como o gelo, que passavam um calor que aquecia o coração.
– Você percebeu se ele notou algo em suas palavras? Pois não quero estragar a surpresa – continuou a rainha.
– Creio que não, rainha Meron, tentei ser discreto – respondeu Salis.
– Então me atenda outro pedido. Peço que você e Fausto fiquem aqui esperando por Teron, enquanto eu e os outros vamos ao salão de festa aguardar o príncipe.
– Certamente – responderam os dois guerreiros.
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Lágrimas de Rhanor: Herança de Sangue
FantasíaUm antigo mal renasceu... No mundo de Enora, um exército maligno ressurgiu, formado por tudo que é mau e cruel. Sedento por sangue, suas legiões semearam os campos com os corpos dos que ousaram enfrentá-los. No comando desta horda, liderando s...