Capítulo 1 Um Lugar de Sonhos - parte II ( revisado)

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No entanto, o príncipe Teron havia desconfiado das palavras do amigo, pois o jovem Salis sempre se mostrava sincero e nem se quisesse poderia mentir de forma convincente. Tão rápido quanto pode, o príncipe se apronta e vai correndo para as escadarias, onde ficou escondido e pôde escutar um pouco da conversa da mãe e seus amigos. Seu aniversário está chegando. Teron estava próximo de completar o vigésimo quinto dia de seu nome; ele desconfiava de que sua mãe planejava fazer alguma surpresa, como fez em outros aniversários.

Para não estragar os planos da rainha, o jovem espera que ela se retire do grande salão para então aparecer, como se nada tivesse ouvido.

– Onde está minha mãe? – pergunta tentando permanecer sério.

– Bom dia, meu príncipe – é a resposta de Fausto, outro grande guerreiro de Etinas e também amigo de infância. – A rainha foi com Thir e os outros para o salão de festa.

– Os outros? – questiona o monarca. – O que vocês estão tramando?

– Não estamos tramando nada, Teron! Porém, se quiser saber do que se trata essa pequena reunião, venha e descobrirá – acrescenta Salis.

Do grande salão saem várias portas que levam aos demais salões e aposentos. No castelo, acima de cada porta, há uma grande tapeçaria que conta um pouco da história de Enora, desde a criação do mundo até a própria criação do reino. Além disso, no amplo salão estão espalhadas várias peças de artes que mostram o refinado gosto do povo de Etinas.

O príncipe segue os dois amigos, que abrem a porta do salão dedicado a festas e comemorações no castelo. Dentro havia uma grande mesa oval, onde a rainha Meron estava sentada ao centro. Havia uma cadeira vazia a seu lado direito, e à esquerda estavam Thir e Lorena. Thir, pai de Salis e o supremo general de Etinas, e Lorena, sua esposa, sempre estiveram com a rainha e fazem parte dos conselheiros do Reino. Há mais duas cadeiras vazias que foram ocupadas por Salis e Fausto, onde também faziam parte da mesa Jhoel e Bastos.

– Sente-se, meu filho! Venha comer – fala a rainha.

O príncipe entra no recinto e caminha para o seu lugar. Ao olhar ao redor do salão, ele vê mochilas e suas armas e de seus companheiros sobre uma mesa ao lado, onde está seu gibão de couro com o símbolo de Etinas, um lobo prateado erguido sobre as patas traseiras.

– O que está acontecendo, minha amada mãe? – questiona o príncipe, beijando o rosto da rainha e sentando-se ao seu lado.

– Teron, quero que você lidere uma comitiva em meu nome até o vale de Argo – ordena a rainha.

– Por que esta viagem de súbito, minha mãe? – pergunta o príncipe. – Por acaso está acontecendo algo grave nesta região e eu ainda não fui informado?

– Sim, meu filho! Chegaram aos meus ouvidos muitas reclamações do povo sobre os escrúpulos e caráter do regente da vila. Pelo que me parece, ele ama o ouro mais do que ao povo, e isso eu não posso aceitar em minhas terras.

– Claro que irei, minha mãe, eu farei o melhor para resolver esta situação – responde Teron. – Posso perguntar por que não me avisou antes para me preparar melhor?

– Só fui informada do que se passava em Argo há pouco tempo, pois o povo temia a ira do regente, que de algum modo os intimida. Meu querido, não queria ter que mandá-lo para esta viagem, porém penso ser o melhor para o povo a presença de seu príncipe, além disso, logo você assumirá o trono e quero que se espelhe em seu pai, que reinou ao lado do povo. No entanto, peço que seja discreto, analise tudo friamente antes de decretar um veredicto justo.

Lágrimas de Rhanor: Herança de SangueOnde histórias criam vida. Descubra agora