Numa manhã ensolarada de domingo, exatamente do mesmo jeito daquela em que Thomas decidiu caminhar pela praia, Winnie não estava bem. Ela não comia, vomitava e estava deitada e quieta o tempo todo, o que era muito diferente do seu jeito extrovertido. Desesperado, Thomas a levou correndo para uma emergência veterinária. Ele não tinha carro e Winnie era um pouco pesada, mas para sua sorte o seu destino era próximo da sua casa. Lá, o médico examinou a cachorrinha e pediu pra que Thomas a deixasse lá internada. E ele assim o fez. Voltou para casa solitário, e a imagem de uma Winnie indefesa deitada em um leito com vários tubos que Thomas nem sabia de quê eram não lhe saía da cabeça.
Ele chegou em casa, triste e sozinho, e se jogou no sofá, mas agora sem Winnie para consolá-lo. O restante do seu dia foi exatamente assim. Ele andava de um lado para o outro preocupado. Chorava baixinho no cantinho da sua cama onde Winnie dormia. Quando ele sentia o cheiro do perfume do seu pelo, chorava mais ainda.
Então, no fim da tarde, Thomas decidiu voltar para a clínica veterinária para visitar o seu amor de quatro patas. Infelizmente, Winnie ainda estava do mesmo jeito. Thomas ficou lá por horas, apenas a acariciando e conversando com ela. Mas ele não podia passar a noite inteira lá, então pelo visto a noite dele foi longa e solitária...
Cinco dias se passaram. Thomas ia todos os dias visitar a Winnie depois do trabalho, e a cada dia ele voltava para casa mais feliz, pois ela estava melhorando. No dia que a cachorrinha poderia ir para casa, Thomas conversou com o médico que a atendeu. Ele disse para o rapaz que a cadela tinha uma doença grave: câncer. E a pior notícia era que esse câncer já estava em um estado avançado, tomando conta de vários órgãos da Winnie...
- Todo cuidado é pouco agora - dissera o médico. E Thomas ia sim, cuidar da sua menina da melhor maneira possível.
VOCÊ ESTÁ LENDO
Winnie
Short StoryTalvez, uma sinopse seja algo desnecessário. Talvez seja melhor para quem lê que os fatos da história sejam revelados aos poucos. Mas para não fugir do que é considerado "normal", digamos apenas que a nossa pequena história gira em torno de um amor...