Capítulo 4

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Numa manhã ensolarada de domingo, exatamente do mesmo jeito daquela em que Thomas decidiu caminhar pela praia, Winnie não estava bem. Ela não comia, vomitava e estava deitada e quieta o tempo todo, o que era muito diferente do seu jeito extrovertido. Desesperado, Thomas a levou correndo para uma emergência veterinária. Ele não tinha carro e Winnie era um pouco pesada, mas para sua sorte o seu destino era próximo da sua casa. Lá, o médico examinou a cachorrinha e pediu pra que Thomas a deixasse lá internada. E ele assim o fez. Voltou para casa solitário, e a imagem de uma Winnie indefesa deitada em um leito com vários tubos que Thomas nem sabia de quê eram não lhe saía da cabeça.

Ele chegou em casa, triste e sozinho, e se jogou no sofá, mas agora sem Winnie para consolá-lo. O restante do seu dia foi exatamente assim. Ele andava de um lado para o outro preocupado. Chorava baixinho no cantinho da sua cama onde Winnie dormia. Quando ele sentia o cheiro do perfume do seu pelo, chorava mais ainda.

Então, no fim da tarde, Thomas decidiu voltar para a clínica veterinária para visitar o seu amor de quatro patas. Infelizmente, Winnie ainda estava do mesmo jeito. Thomas ficou lá por horas, apenas a acariciando e conversando com ela. Mas ele não podia passar a noite inteira lá, então pelo visto a noite dele foi longa e solitária...

Cinco dias se passaram. Thomas ia todos os dias visitar a Winnie depois do trabalho, e a cada dia ele voltava para casa mais feliz, pois ela estava melhorando. No dia que a cachorrinha poderia ir para casa, Thomas conversou com o médico que a atendeu. Ele disse para o rapaz que a cadela tinha uma doença grave: câncer. E a pior notícia era que esse câncer já estava em um estado avançado, tomando conta de vários órgãos da Winnie...

- Todo cuidado é pouco agora - dissera o médico. E Thomas ia sim, cuidar da sua menina da melhor maneira possível.

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