14 Passos do Inimigo

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Conversar com uma amiga, tinha sido esse o conselho dado por Adrian, e Thaty o seguiu, depois da louca confusão com seu pai, onde por um minuto duvidou que ele fosse humano, e que era uma criatura sombria como o vampiro que a atacara no parque.

Ela acordou depois de oito horas de sono, tomou um demorado banho e ligou para Gracie que abandonara Liz e Maggi para lhe fazer companhia, e enquanto escolhia uma roupa e conversava com gracie ela percebeu que adrian estava certo em sugerir que ela conversasse com uma amiga.

Havia contado tudo que acontecera, ou o que inventara para não descrever que em vez do ladrão na verdade fora abordada por um vampiro, e que à ameaça feita por ele fora pior que uma ameaça feita por um ladrão.

Mas mesmo conversando sobre uma mentira ela de alguma forma se sentiu melhor, pelo menos não tinha mas tanta coisa presa dentro de sua mente.

Isso a distraiu um pouco fazendo com que esquece o toque das mãos do vampiro, sua voz levantando cada pelo de seu corpo, e principalmente de seus olhos vermelhos escarlate, ainda estava um pouco assustada, mas não tanto como esteve antes, se sentia segura em casa e mesmo depois que adrian partiu para o trabalho naquela manhã.

Ela ainda estava se sentia segura, e pronta para qualquer coisa que tentasse segui-la, havia comprado um novo spray de pimenta, pego um pouco de água benta em uma igreja e até mesmo conseguira comprar uma estaca de madeira pela internet, também pegou um pouco do alho que havia na dispensa.

Por último um crucifixo benzido que ganhara de uma cigana quando esteve em barcelona nas férias, havia viajado com Adrian, e no seu quarto dia de viajem, entrou em uma pequena loja de conveniências para comprar algumas lembranças que daria de presente a suas amigas.

Fora abordada pela cigana que pegara sua mão e lhe dizera que um perigo quase surreal a observava de perto e então pegou um colar com um pingente de crucifixo e lhe entregou, nunca acreditara nas palavras da mulher, até ficara com medo e pensara que ela era louca, mas quando lembrou da sombra que a perseguia, guardou o crucifixo e não mencionou o ocorrido a Adrian.

E mesmo depois que voltou da viagem guardou aquele crucifixo escondido em uma gaveta, e agora que sabia da existência dos vampiros ela percebeu que ele de alguma forma era útil e que a cigana sempre esteve certa em alerta-la sobre o perigo que a observava de perto, e a agradecia por isso, e pensando agora talvez se tivesse usado o colar naquela noite em que conheceu seu quase assassino, não teria pasado pelo terror que passou.

Mas isso não importava agora, depois de tanto medo e horror tinha decidido esquecer o vampiro e tudo que tinha acontecido, tinha um pouco de proteção em sua bolsa e o crucifixo.

Aquilo a deixara mas tranquila enquanto dirigia seu opala 67 azul escuro pelas ruas da cidade, e depois de quase meia hora de viagem finalmente chegou em segurança e animada até a casa de Helen onde havia encontrado gracie já praticamente dançando com algumas pessoas na festa organizada por gracie e Helen.

Retocando seu batom ela se olhou uma última vez no espelho e sorriu para se mesma, estava radiante em um prada preto e justo, com alças fininhas destacando as curvas de seu corpo, o vestido tinha sido um presente de aniversário dado por Sofie Dalton sua amiga que morava no Japão.

Era um pouco curto e a deixava sensual e elegante, e combinava com suas botas, e a jaqueta de couro que ganhara de Adrian no natal. Passando por algumas pessoas ela desceu a escada, e se aproximou de uma mesa com uma enorme variedade de doces, salgados e ponche, encheu uma taça com a bebida e saiu.

Sorriu enquanto caminhava até Gracie que conversava com Lucy Elder e Liz que despertava olhares curiosos e invejosos, não estava surpresa por ela está vestida em um vestido curto e justo, mas sem dúvida alguma o que realmente chamava atenção era a cor do vestido, vermelho como sangue, um arrepio percorreu seu corpo quando ela sorriu e veio em sua direção.

AS CRIATURAS DA NOITEOnde histórias criam vida. Descubra agora