AS CRIATURAS DA NOITE

24 O Preço da Vitória

A chuva fazia um barulho insuportável sobre o guarda-chuva, os amigos e parentes mais próximos de liz estavam todos presentes, se acotovelando e se espremendo para não se molharem, Nina havia se atrassado um pouco por causa da chuva, Lola não poderia vir por que ficara cuidando de Thafarel, o gato havia tido um ataque de raiva no meio da noite, por isso ela tinha decidido leva-lo ao veterinário, mas thafarel não fora o único motivo que a deixara nervosa, lola odiava cemitérios, mas disse que rezaria por Liz.

Quando chegara a falsa celebração havia começado, e ao que parecia estava quase no fim, um padre usando batina preta e segurando uma Bíblia rezava e fazia preses não só por Liz mas também pelas outras vítimas, Thathy, Gracie e Hellen estavam ao lado de Franklin e marcie chorando e rezando assim como as outras pessoas, todos vestidos de preto e segurando seus guarda-chuvas com uma mão e enxugando o rosto com a outra, e com a exceção dos Woolen's e suas amigas, e os empregados da família, ela não conhecia mais ninguém.

Eram pessoas estranhas para ela, embora fossem de seu clã, ela não os conhecia, na verdade, segundo Franklin, desde o assassinato de seus pais, sonya e Harry tinham sido esquecidos, ninguém além dos woolen's e do departamento sabia de sua existência, para todos, e para sua própria segurança ela tinha sido morta junto com seus pais e sua irmã.

Mas sinceramente, de que adiantará se manter exclusa? Ser criada como uma garota normal? Porque não morrera com sua família? Não sabia, se quer podia entender porque deus a deixara viver. Qual era seu verdadeiro propósito de viver? Para ser uma justiceira? Vingar sua família?

Nada fazia sentido, e tudo o que entendia e percebera desde o início, é que todos tinham falhado. De que adiantava se manter exclusa quando tinha uma organização criada por sete malditos sanguessugas que queriam sua cabeça? Porque se negava à aceitar que estava apaixonada por adam? Por que seu coração ignorava esse fato?

E agora que olhava para a pequena multidão de preto ela percebeu que talvez tenha interpretado adam de uma forma ruim, por ele apagar sua mente, jamais entenderia a dor que os Woolen's sentiam, a perda de Liz fez com que os dois passassem de pessoas frias a pessoas tristes e destruídas. Assim como ela tinha se sentido quando ouvia Alec e Adam, depois Lola falarem sobre seus pais, e sua irmã.

Tinha sentido aquela mesma sensação de solidão e medo, um vazio profundo que se estalara em seu peito e a fazia chorar como uma criança todas as noites sempre que despertava de um pesadelo. Os Woolen's estavam desestilizados e sentindo a mesma dor e solidão que ela sentia.

Como ela ficara ao lembrar da morte dos pais, ou pelo menos de algumas imagens que aconteceram naquela noite, jamais as esqueceria. Assim como seus tios, talvez, jamais esquecessem de Elizabeth.

Agora entendia os motivos que levaram adam a mentir. Ele se preocupará com ela. Mas porque? E por que não queria de repente que ela se lembrasse da noite em que seus pais morreram? Ele sabia de algo, disso tinha certeza. Se não, por que estaria tão preocupado?

__ É melhor que algumas coisas do passado fiquem enterradas... Lembrar de certas coisas as vezes é doloroso... E nos fazem desejar a morte... Nos fazem perecer em um vazio sombrio e profundo.

__ Eu não vou afundar...__ As palavras tinham escapado de sua boca em um sussurro fraco e interrompido pelo medo.__ Eu não tenho medo...

__ Não posso deixar você afundar Preston, eu preciso ouvir seu coração todas as noites para me manter calmo.__ Dissera ele enquanto a abraçava.__ Temos que deixar algumas coisas enterradas no passado, do contrário elas nos farão perecer como as folhas que caem das árvores e apodrecem no outono.

Mas nada do que ele lhe dizesse conseguia arrancar a dor em seu peito, com que esquecesse que precisava lembrar de seus pais mesmo eles estando mortos.

__ Mas eu tenho que lembrar... Quero lembrar...