28 Planos Perdidos

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Erick estava embaixo do chuveiro quando ouviu a campainha de seu apartamento tocar e revirou os olhos, Lucy era a única a saber seu endereço, podia chegar e sair a hora que quizesse, era sua cria mais preciosa, sua amante, mas sempre ignorava a liberdade de entrar sem bater ou pedir permissão.

Isso definitivamente o deixava impaciente e profundamente irritado, odiava ser interrompido ou perturbado quando estava pensando, e Lucy vinha fazendo muito esforço para deixa-lo furioso nos últimos meses.

Suas crises de ciúmes estragavam seu pouco bom humor, mas se sentia apto a suporta-la, sua amante só estava com medo de perde-lo, de que ele esquecesse e jogasse fora o que ainda restava de seu coração ferido e quebrado, o que sentia por Lucy ia além de atração e desejo, a amava como um louco, mas também a odiava, Lucille fora um troféu no passado, uma conquista fácil e sangrenta, por isso a amava.

A protegia e a tinha ao seu lado, mas não era apenas amor que sentia, Lucy as vezes era ingênua e frágil e constumava usa-la como soldado, como um objeto descartavel, ela parecia não se importar com isso, sempre voltava para ele mesmo estando irritada e machucada.

Admirava a forma como ela o amava, sua devoção, e tudo aquilo que a tornava como alguém confiável. Mas nós últimos tempos as coisas estavam mudando cada vez mais, de uma forma drástica e insuportável, as crises de ciúmes dela, sua frieza e desobediência estavam tornando-a como uma pedra em seu sapato, uma maldita pedra que poderia derrubar tudo aquilo pelo qual vinha lutando.

A vampira tinha se tornado uma ameaça e precisava ficar atento antes que ela destruísse seus planos, ela podia fazer isso apenas em um piscar de olhos, se abrisse sua maldita boca todos os seus aliados se tornariam seus inimigos e ele acabaria fracassado.

Além disso, ela também poderia lhe fazer sofrer de outra forma, uma forma dolorosa e angustiante, ela sabia sobre seu envolvimento com Thatyana, poderia ferir a garota humana de muitas formas, só para atingi-lo e não podia deixar que isso acontecesse, não quando estava totalmente perdido e apaixonado por ela.

A maldita atração que o arrastava até ela estava deixando-o louco e dividido, e Lucy havia percebido isso e ficará furiosa, porque sabia que uma hora ou outra ele teria que escolher uma das duas, e isso poderia ferir não só seu coração, mas também as duas.

No início Thatyana era apenas uma distração, um passatempo sem tanta importância, embora tivesse planos para ela, não iria mata-la quando chegasse a hora certa, não, a estúpida garota humana, seu brinquedinho particular tinha se tornado especial demais para ele e não podia descarta-la, além disso ela era uma arma importante na guerra futura, e seu passado, quando revelasse o que seu protetor escondia, quando soubesse o que e quem realmente era, destruiria seus iminigos usando-a a seu favor, e só depois decidiria que fim daria a ela.

Tinha que admitir que ela era forte e resistente, sabia como controla-lo e deixa-lo desestilizado, tinha atitude e não se abalava facilmente, também era persistente, fria e gentil, ambiciosa.

Mas o que realmente o atrairá até ela fora sua alma sombria, seu desejo de vingança, a raiva e a fúria que sentia dentro de sí mesma, uma aura sombria que o impedia de ler e decifrar seus pensamentos, não sabia quem ela odiava e queria atingir, ela não deixava ve-lo, e tinha aquela ambição de ter coisas que não eram suas, inveja de outra pessoa, era isso que sentia, e não era bens matérias, eram sentimentos, a garota era tão fria quanto ele, e talvez por isso não podia abrir mão dela.

Thatyana Miller pensava da mesma forma que ele, e sua fome por vingança era grande, havia encontrado uma brecha em sua mente uma única vez, mas o que viu o deixou... Assustado? Sim e com medo de sua mente doentia, ela era sombria, tinha visualizado coisas ruins, uma escuridão infinita e monstruosa, ela queria fazer coisas com seus inimigos, destrui-los e descansar, nem mesmo Lucy ou ele mesmo era tão controlado e morto por dentro como ela, não havia espaço para amor em seu coração, ele era vazio, havia apenas uma fúria assassina e incontrolável. Algo que nen mesmo ele poderia domar.

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