Quando chegou a biblioteca era quase meio dia. Os funcionários já estavam até acostumado com ele, pois ia com muita frequência lá.

- Olá Douglas - cumprimentou Dona Lúcia assim que ele entrou.

Dona Lúcia era a funcionária mais antiga, conhecia aquela biblioteca de cabo a rabo e sempre indicava ótimos livros para ele.

- Olá dona Lúcia, como está o movimento hoje?

- Ah o mesmo de sempre, o que está procurando hoje?

- Eu estava atrá de um livros sobre mitos, história.

- Seja mais específico.

- Demônios.

- Já imaginava. Venha comigo.

Douglas a seguiu e ela foi até uma prateleira com indicação de autores brasileiros.

- Se conheço você, acredito que esteja procurando causas não naturais para o que anda acontecendo na cidade - ela puxou um livro com capa de couro vinho - estava só esperando você passar aqui. esse livro mostra vários demônios do mundo inteiro e seus nomes. Acho que você poda achar alguma coisa que te interesse ai.

- É impressionante como a senhora sempre sabe o que eu procuro.

- Vários anos trabalhando aqui, eu conheço o gosto literário de muitas pessoas.

Douglas observou o livro, a capa era dura, tinha aquele cheiro de livro velho e estava escrito a palavra Demônios em letras douradas e finas. Um título bem direto ao ponto, pensou.

- Obrigado, as mesmas duas semanas?

- Sim, só assine o caderno e pode leva-lo.

Douglas colocou seu nome, sexo, idade e quantos livros estava levando.

- Até dia 15. - disse dona Lúcia.

- Obrigado. Tchau.

- Tchau, e cuidado no caminho para casa.

Douglas acenou com a mão enquanto saia.

O caminho da sua biblioteca para a sua casa não era longe, mas também não era muito perto, então ele não teve muita pressa.

Deu uma rápida folheada no livro enquanto caminhava, geralmente ele não fazia isso quando pegava um livro, deixava para analisa-lo depois que chegava em casa, com mais calma, porém ele estava empolgado com aquele livro.

Notou que havia vários nomes de demônios, separados por cada região do mundo e em ordem alfabética. Junto com alguns deles haviam imagens do demônio explicado.

Se não achasse nada naquele livro, ele ia ter que recorrer a tecnologias e usar a internet.

Você deve estar se perguntando, não era mais facil procurar na internet já de primeira? Sim, pode até ser, mas procurar em livros era bem mais interessante e divertido para Douglas, e você podia confiar mais no que estava escrito neles, considerando que nem tudo que você ve na internet é verdade.

Seu celular começou a tocar. Antes de tirar do bolso ele já sabia quem era. Tinha esquecido de avisar para sua mãe que ia passar na biblioteca e a essa hora ele já devia ter chegado em casa, e para ela ligar, bastava poucos minutos de atraso.

Puxou o celular do bolso e viu que não estava errado.

- Oi mãe.

- Ainde você está menino?

- Já estou voltando embora, eu esqueci de avisar para a senhora que eu ia passar na biblioteca.

- Então você já está voltando?

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