Capítulo 1 - Respostas

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O sino badalava pela quinta vez. Ela sabia que o prazo estava acabando. Logo seria manhã e todos os habitantes sairiam às ruas para suas atvidades diárias, sendo expostos ao perigo. Olhou pra cima e viu a alta torre com o sino no topo, como se implorasse para que ele lhe desse mais tempo, mesmo que um minuto a mais. Mas nada era fácil. Não para a Ladybug.

- Chat, cuidado! - ela gritou ao ver um ponteiro de relógio ser atirado contra o seu parceiro como se fosse uma lança.

O vilão havia se apresentado com o nome de Relógico. Após alguns minutos de luta, Ladybug e Chat Noir haviam descoberto que o cidadão akumatizado era um homem que havia dedicado 30 anos de sua vida badalando o sino da torre da igreja, até que seu trabalho começou a ser feito por um timer automático e ele foi demitido.

Chat Noir desviou facilmente do projétil, e Ladybug suspirou em alívio. Parecia que ela estava se preocupando mais do que devia. O ponteiro cravou no chão e sumiu como se tivesse se transformado em poeira. Aproveitando o momento de distração do Relógico que materializava mais um ponteiro para atirar, Chat dividiu o bastão em suas mãos em duas partes e os atirou contra o vilão. Um deles acertou o colete que usava, arrebentando um botão e deixando cair um relógio de bolso preto em uma longa corrente.

- Ladybug, ali! - O gato gritou, apontando, e a garota atirou a cabeça na direção mostrada. Um amplo sorriso confirmava que ela havia visto o objeto.

- Talismã! - Ladybug atirou o iôiô para o alto e em suas mãos caiu uma pedra vermelha com pintas pretas. Levantou uma das sobrancelhas, sabendo instantaneamente o que deveria fazer.

Ela juntou o fio do iôiô entre dois dedos, improvisando um estilingue, posicionou ali a pedra e mirou no relógio de bolso pendurado no colete do Relógico, que ainda estava distraído em acertar o Chat Noir. Foi um tiro certeiro e o relógio se despedaçou no ar, liberando a borboleta negra.

- É hora de purificar o mal! - a borboleta foi capturada dentro do iôiô atirado por Ladybug - Tchau tchau, pequena borboleta - e libertada como uma inofensiva borboleta branca - Miraculous Ladybug! - a garota disse em seguida, jogando o iôiô para o alto e recuperando todas as coisas que haviam sido destruídas pelo akuma, incluindo o próprio relojoeiro, que estava ajoelhado no chão com o relógio de bolso em mãos.

- Zerou! - com um encontro dos punhos, Ladybug e Chat Noir comemoraram a vitória.

- Quem me deu esse relógio foi o meu pai. Ele sim era um grande relojoeiro. Talvez eu tente abrir a minha própria relojoaria ao invés de ficar me deprimindo pelo emprego que perdi. - disse o homem que antes havia sido possuído pelo akuma.

- É uma ótima ideia! - Ladybug sorriu e ouviu o primeiro bipe de seu brinco, avisando que seu tempo como heroína estava por acabar, e trocou um olhar com o seu parceiro.

- Hora de ir, milady! - Chat piscou pra ela e cada um correu para um lado da cidade sem se despedir.

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Ladybug saltou por cima do telhado da padaria de seus pais e entrou na clarabóia, mas quem saiu do outro lado foi Marinette, caindo sobre a cama já posicionada ali para quando voltasse cansada dos dias e noites de luta. Tikki caiu a seu lado, sobre o travesseiro.

- Hoje foi diícil, né Marinette? - a Kwami falou mais como uma afirmação do que como uma pergunta.

- Foi sim - suspirou Marinette - Não sei se os akumas estão ficando mais fortes ou se eles tem aparecido com tanta frequência que eu não tenho tido tempo de me recuperar.

Mari levantou a camiseta que estava usando e seus olhos caíram sobre um grande hematoma que se formava sobre as costelas a direita. Mais um pra coleção. E eles pareciam demorar cada vez mais para desaparecer. Ela franziu a testa e abaixou a camiseta, jogando a cabeça no travesseiro e olhando para o teto.

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