Supernatural: Boys Don't Cry

III - Família Bender

Christie's Pov

- Vamos ver o que está passando nas rádios. – falei com um suspiro enquanto ligava o som do carro e procurava uma rádio boa para escutar enquanto esperava por Dean e Sam Winchester fazerem a investigação de mais um caso. Era fim de tarde de um sábado de sol, mas o dia da semana não fazia diferença para mim ou os meninos, no nosso trabalho nós nunca tirávamos férias, ou folgas. Depois de procurar bastante consegui encontrar uma rádio onde tocava o final da música Even Flow do Pearl Jam e eu comecei a bater no painel do carro com os dedos como se estivesse tocando bateria até a música acabar. Que foi quando comecei a rir de mim mesma, e ouvir a melodia da música Boys Don't Cry do The Cure começar a tocar e continuei batucando os dedos no painel do carro me achando a melhor baterista do mundo enquanto cantarolava a letra as música.
- 'Cause boys don't cry. - Dean cantarolou, abrindo a porta do carro e sentando no banco de motorista.
- Boys don't cry. - Sam cantou, já sentado no banco de trás do carro e me fazendo sorrir e abaixar o volume do som.
- Como foi? – perguntei olhando para Dean que dava partida no carro.
- O garoto disse que ouviu um barulho estranho, que algo puxou o senhor Jenkis pra baixo do carro e que depois foi embora. – disse ele.
- Que a coisa fazia um grunhido estridente. - Sam completou.
- E o menino era legal. - comentou Dean e eu sorri.
- Legal, então vamos pesquisar algo sobre isso. - disse, me arrumando no banco do carro.
- Eu vi um barzinho aqui perto. - disse Dean com um sorriso no rosto. – Vamos passar por lá.

Sam e eu apenas concordamos com a cabeça.

Assim que chegamos no bar, Dean foi direto no balcão pedir nossas bebidas enquanto Sam e eu escolhíamos a mesa e conversamos sobre o caso, descobrimos coisas muito interessantes no tempo que Dean ficou conversando com a atendente peituda do bar.

- E então? – Dean perguntou quando voltou a mesa trazendo nossas bebidas.
- A polícia não descarta a possibilidade de um crime. - Sam disse com um pequeno papel em mãos enquanto pegava sua garrafa de cerveja e dava um gole. - Pelos relatos, havia sinais de luta.

- De repente eles têm razão. – Comentou Dean dando de ombros e tomando um gole da sua. - Pode ser um sequestro, vai ver não é um dos nossos.
- É pode ser. - Disse Sam, olhando para mim que sorri.

- Exceto por isso. – falei, colocando o Diário de John Winchester sobre a mesa e apontando para uma das páginas, antes de entrega-la a Dean e ele pudesse ler. - John marcou a área como local de caçada de um espectro agressor.
- O que faria isso? - Dean perguntou, tomando um gole de sua cerveja.
- Papai ouviu um folclore local sobre uma figura sombria que sai à noite, pega pessoas e depois some. – disse Sam.

- E não é só isso. – Falei olhando para Dean. - Este condado parece ser o que tem mais gente sumida por sequestro do estado.
- Estranho. - Dean disse, colocando a cerveja em cima da mesa e olhando para mim com as sobrancelhas franzidas. - Espectros agressores não pegam pessoas na cama? O Jenkis estava no estacionamento.
- Na verdade, tem de todos os tipos. - Sam disse olhando para o diário.
- Existem espectros brincalhões que pegam a pessoa em qualquer lugar e a qualquer hora. – completei dando de ombros com um sorriso convencido que fez Dean rolar os olhos. Ele ficava testando o quanto eu sabia sobre criaturas sobrenaturais e não tinha ideia de que eu quase era uma enciclopédia viva sobre o assunto.

- Vocês estão com uma mania de ficar um completando a frase do outro. – disse Dean dando um gole em sua bebida. – Combinaram?

- Não, é apenas um química que tem entre nós dois. – respondi com um sorriso, enquanto Dean olhava de Sam para mim com uma cara nada amigável.