Wake Me Up Inside | Justin Bieber FANFICTION

Chapter 3

Ele chamou. Eve foi realmente contratada pelo Chefe-Todo-Mal-Humorado-Que-Faz-O-Diabo-Correr. Ela havia ido à lan house que ficava à três quadras de seu loft pois precisava conferir seu e-mail e a telefonia só instalaria sua internet entre sete e dezesseis dias e ali estava ele, o primeiro e-mail, o primeiro e-mail mandão.

De: Justin Drew Bieber
Assunto: A merda do seu emprego.
Para: Eveline Morgan

Parabéns, agora você tem a merda de um emprego.
Amanhã. 08:00. Meu prédio.
Não se atrase e seja responsável.
ME IMPRESSIONE!!!

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De: Eveline Morgan
Assunto: A merda do meu emprego.
Para: Justin Drew Bieber

Senhor Bieber, agradeço a oportunidade de trabalhar ao seu lado e peço desculpas pela minha indelicadeza de dias atrás. Prometo que não voltará a acontecer.
Amanhã. 08:00. Seu prédio.

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Eve resolveu manter a ironia do Assunto do e-mail mas aproveitou a oportunidade de se desculpar. O que fez ele contratá-la? Isso com certeza não faz sentido algum e com certeza ele é muito controlador. Justin Drew Bieber. Eve não sabia se o homem que pegou seu currículo no elevador era o gerente, mas agora ela tinha certeza.

Na manhã seguinte Eve levantou mais cedo que de costume, não poderia sequer imaginar um atraso. Ela mal conhecia o tal Justin Drew Bieber mas sabia que ele não era do tipo que tolera atrasos. Deixou isso bem claro no e-mail. Ela tomou banho e depois perdeu minutos resolvendo o que fazer com o cabelo, um cabelo longo, preto e ondulado que ela se lembra de usar solto desde sempre, não era acostumada nem com rabo de cavalo mas não sabia direito o que fazer com ele em relação ao trabalho. Jogou a cabeça para frente deixando o cabelo cair por todo seu rosto e fez um coque. Havia ficado informal demais. Experimentou um rabo de cavalo despojado -não tão despojado- e não ficou tão ruim quanto imaginou. Agora as roupas, céus, sentia vontade de vomitar só de pensar no que vestir. Ela com certeza teria que refazer todo seu guarda roupa pois suas calças jeans skinny e os cardigãs provavelmente não seriam tão aceitos assim aos olhos da Editora. Eve resolveu experimentar seu Tailleur. Seu único Tailleur. Até mesmo por que diabos uma garota de dezenove anos teria um Tailleur? Sua tia a fizera comprar o conjunto preto poucos anos antes pois havia dito que ficaria lindo em seu corpo e comprou simplesmente por comprar. Obrigada, tia Leslie. Agora será útil.

Quando faltava dez minutos para as oito, Eve já estava lá na frente do prédio e suando. Ela sentia que vomitaria a qualquer momento. Relaxa, você já foi contratada. Ficava repetido mentalmente enquanto tentava tomar coragem para entrar. E se tivesse adiantada demais? Não queria levar bronca de jeito nenhum. Não no seu primeiro dia. Ela se preparou mentalmente para diversas possíveis situações e conversas e quase todas incluíam seu chefe berrando com ela. Talvez estivesse exagerando, mas era assim que Eve funcionava. Sofrendo sempre antecipadamente.
Claire, a recepcionista a informou que o Sr. Bieber a esperava em sua sala e até ela não conseguiu esconder nem um pouquinho a surpresa de Eve ter sido contratada. Eve caminhou lentamente até o elevador e dessa vez observando com atenção as coisas ao seu redor; a recepção é ampla e no centro tem dois enormes sofás brancos de couro com uma mesinha de centro e duas poltronas que ficavam de costas para onde Eveline estava. Havia também uma enorme televisão suspensa por cabos desde o teto mas não tão alta a ponto de te fazer inclinar drasticamente a cabeça, ficava mirada perfeitamente para que Claire pudesse ver do balcão da recepção e para pessoas que se sentassem em qualquer lugar dos sofás/poltronas.
Haviam dois elevadores e entre eles um espelho de corpo e um aparador com um vaso dourado e diversas tulipas o preenchiam. Eve chamou o elevador e cruzou os braços para disfarças o tremor de suas mãos.
Ao chegar no terceiro andar o corredor da morte parecia ainda mais apavorante do que no dia da entrevista. Vazio e silencioso. Eve caminhou lentamente até a porta do fim do corredor e respirou fundo antes de dar leves batidinhas na mesma.
-Entre -a voz pelo menos não parecia tão exigente ou ríspida como da última vez que ouvira, mas mesmo assim Eveline queria sair correndo. Ela abriu um cantinho da porta e enfiou a cabeça dentro da sala.
-Senhor Bieber -o homem loiro que parecia ser alguns anos mais velho que Eve levantou a cabeça e a encarou impassível.
-Falei para entrar -Eve conteve uma boa revirada de olho e sua vontade de sair correndo daquele prédio. Principalmente a revirada de olho -Vejo que sabe cumprir horários -falou ironicamente e largou na mesa a caneta que tinha na mão.
-Peço desculpas por....-ele fez um gesto com a mão pedindo para que ela parasse de falar e se levantou.
-Pode vir até minha mesa, eu não mordo -Eve se aproximou com insegurança e parou atrás de uma das cadeiras de couro que ficavam de frente para a enorme mesa do Sr. Bieber -Srta. Morgan, sente-se -ela se sentou ajeitando a saia e ele continuou a encarando como se ela o entediasse -O trabalho aqui é simples, atender telefones, agendar meus compromissos, me lembrar dos meus compromissos, transferir telefonemas importantes e todo o blá blá blá de sempre de assistentes pessoais, creio que saiba o que fazer -tinha como esse filho da mãe ser mais irônico?
-Na verdade, eu.....
-Ah, sim. Você foi babá -Eve estreitou os olhos como se não enxergasse bem e fechou os punhos com força. Ela queria falar muitos palavrões e muitos merdas.
-Não sei qual a graça de diminuir as pessoas, mas creio que me contratou por algum motivo e se esse motivo for me humilhar ou ironizar cada frase que me dirige pode refazer o anúncio no jornal -ele sorriu de canto assim como naquele dia no elevador e Eve fechou os olhos para não os revirar. Ele vai continuar sendo tão....bipolar o tempo todo?
-Aqui -ele pegou uma papelada grampeada, colocou na frente dela e se sentou na borda de sua mesa -Pode ler e reler se quiser, mas preciso que assine. Você já foi registrada na empresa e logo vai receber o crachá e vai receber na sua casa toda aquela papelada do plano de saúde e os benefícios e tudo mais. Salário daqui exatos trinta dias -Eve assentiu e o Sr. Bieber estendeu a caneta mas quando ela foi pegar ele a afastou até ela levantar os olhos para ele. Ela sequer fazia contato visual -Conseguiu entender o que eu disse, ou será que fui rápido demais? -ele falava como se ela tivesse algum retardo mental e isso irritou Eve profundamente, mas ela se manteve impassível. Havia visto o salário estampado com vários dígitos na primeira folha e aquilo a ajudaria muito durante o mês todo, talvez nem precisasse de ajuda da tia.
-Tem folha de sulfite aí? -ela perguntou e ele franziu o cenho.
-Como?
-Vou precisar que desenhe -Eve tomou a caneta da mão dele e assinou e rubricou as folhas. Percebeu que seu ar irônico havia desaparecido e seus lábios formavam uma linha reta. Toma essa Bieber! -Aqui -ela lhe empurrou as folhas de volta e só aí ele pareceu despertar já que encarava fixamente um ponto atrás dela -Mais alguma coisa?
-Não se preocupe, o documento será digitalizado e enviado para seu e-mail e seu eu precisar de alguma coisa eu desenho e digitalizo também -Eve soltou uma risadinha mas logo se recompôs, ele parecia ainda mais sério do que aquela noite antes de entrar no elevador.
-Tudo bem -ela respondeu e encarou os próprios pés que calçavam scarpins. Ela não fazia de o quê fazer ou para onde ir.
-Pedirei à Srta. Montez que te leve para um tour no prédio -Eve assentiu e se dirigiu à porta -Srta. Morgan? -ele a chamou assim que sua mão tocou a maçaneta.
-Sim -Eve se virou e o viu agora sentado em sua enorme cadeira de couro giratória.
-Eu gosto de café expresso. Segundo andar -é claro que teria a parte do café. Alguma assistente/secretária desse planeta conseguia fugir de preparar o café do seu chefe?
-Açúcar ou adoçante?
-Adoçante. Quatro gotinhas.
-Sim, Sr. Bieber -disse assentindo e saiu da sala. Eve reparou que bem à esquerda da porta havia um espaço como se fosse um corredor e tinha uma mesa quase tão grande quanto a do Sr. Bieber com computador, impressora e uma papelada e uma cadeira de couro como a dele, mas não tão chique como a dele. Minha mesa, pensou ela. Como não havia visto aquilo quando chegou? Estava tão nervosa assim? Pelo menos não foi tão ruim. Pelo menos poderia ser pior.
-Srta. Morgan?
-Ah, por favor! Me chame de Eve, eu não suporto essa formalidade -Eveline respondeu Claire, que riu baixinho.
-Obrigada, Eve. Eu também 

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