Um morcego como babá

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Ei! Você ai. Deve já estar imaginando, que esse e mais um daqueles contos e histórias juvenis, que so servem para deixar as crianças impressionadas e entretidas. Pois é, sorte daqueles que pensam assim. Se você e um mortal comum, e acredita que todas essas histórias sejam ficção, eu tenho inveja de vossa pessoa. Adoraria acreditar que nada disso e real. Mas não posso. Afinal, aconteceu comigo. Mas se você e do tipo que acredita, ótimo. Ai eu já tenho que torcer por você, ser como nós... Bem, e perigoso.

    E claro, se sentir algo em comum, no que eu venho contar, pare de ler imediatamente, e acredite em qualquer coisa que seus pais lhe contarem. E torça para que eles não o percebam também.

   Assim como Percy Jackson, eu nunca quis realmente ser um meio-sangue. Se eu soubesse como seria minha vida, provavelmente, eu adoraria ser um simples mortal. Daqueles que so acreditam no que vêem.

    O fato é que nem sempre o que desejamos se realiza. E sim aquilo que nos construímos, plantamos e colhemos. Se você tem um sonho, ou um objetivo, deve correr atrás, e fazer valer a pena.

   Meu nome é, Luke Auditore, e essa e minha história.

  Florença a capital de Toscana, minha cidade natal. Sem dúvidas, um lugar histórico e famoso. Por muito tempo havia sido a " capital da moda ", e também o berço do renascimento italiano. Pelo que sei, nasci no dia 11 de dezembro de 1999. Na minha própria casa. Sobre como nasci, embora eu não saiba muito, para mim e doloroso. Pois enquanto eu vinha ao mundo, minha mãe o deixava. Ou seja, ela morria em meu parto.

   Seu nome era Sarah Crawfield Auditore. Uma moça fina e rica, da alta sociedade italiana. Mas também era uma americana de paixão. Ela era cantora. E muito bonita. Em minha casa, tudo o que eu tinha dela, era um único retrato. E o pouco que eu sabia, era o que minha irmã mais velha, Catherine me contara.

   Catherine era quem cuidava de mim. Cinco anos mais velha que eu, ela praticamente me criara. Vivíamos em uma enorme mansão, bem antiga por sinal. Minha irmã era do tipo calada, fria, que ao mesmo tempo em que me fazia sentir medo, era a mesma que fazia sentir-me seguro em sua presença. Naquela época ela já tinha seus quinze anos de idade. E a tempos eu podia notar a beleza que ela tinha.

Ruiva natural, de pele clara e pálida. Algumas poucas sardas no rosto, e uma estatura mediana, de mais ou menos 1,70 de altura. O que mais me dava medo nela, era sua voz. Sempre fria e sem emoção ao falar. Porém, ela e eu, éramos muito próximos. Afinal, nós so tínhamos um ao outro. Sem nenhum familiar vivo, éramos órfãos. Nossa mãe havia falecido, e nosso pai... Bem eu não tinha nem idéia de quem poderia ser. Tios? Avós? Parentes próximos? Não. Estávamos sozinhos. Minha família, pela história, sempre fora uma das mais tradicionais de toda Itália. Mas que com o tempo, acabou por se reduzir a apenas dois integrantes. Catherine e eu.

   Donos de uma enorme fortuna, o governo italiano, optou por não nos mandar para um orfanato. A família Auditore tinha grande influências dentro dos interesses do país, e por isso, para que cuidassem de nós, uma tutora foi enviada. Seu nome era Alectó. Uma senhora de mais ou menos 60 anos de idade. Era baixa e magra, da pele enrugada. Uma velha do tipo rabugenta. Pouco falava, e quando falava, sua voz se parecia mais com sibilos e grunhidos, do que com uma fala normal. Ela me dava medo.

   Tudo bem que ela fora enviada, para que cuidasse de nós, mas na verdade, ela parecia mais ter sido enviada para nos matar. Seu olhar para mim, era sempre medonho. Seus olhos negros e avermelhados, sempre se cravavam em mim, se eu fizesse qualquer coisa que a desagradasse. E tudo que eu fazia, a desagradava.

E então era onde Catherine me protegia, e me passava segurança. Com 10 anos de idade, tudo o que eu conhecia em minha vida, além de minha irmã, e daquela velha, era minha casa. Uma mansão antiga, e escura. Enorme cheia de cômodos, e lugares secretos, que eu sempre descobria com facilidade. Nunca havia saído para fora de casa, e o que eu imaginava do mundo lá fora, era totalmente do que realmente é. Amigos? Eu chegava a ter medo das pessoas, quando eu as observava pela janela do meu quarto. Elas sempre estavam usando aquela expressão boba no rosto, feita através dos lábios, rindo e se divertindo umas com as outras. Enquanto eu, vivia trancado, mofando em uma casa, como no conto de Rapunzel.

Demigods: Filho das sombras.Onde histórias criam vida. Descubra agora