3| "tomorrow"

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Anteriormente...

—  Hemn? - grito preocupada.

O cara não me parecia boa gente. Onde estou?

Passaram-se uns 2 minutos e ele não me respondeu. Eu já estava preocupada, pois visto a expressão do rosto deles, não era coisa boa que eles conversavam.

Eu apenas pensei em duas coisas :

1 - Sair correndo dali o mais rápido possível. Porém ele poderia estar armado e atirar em mim, ou me sequestrar.

2 - Correr até lá e perguntar o que está havendo. Porém eu tenho muito medo.

Lembrei que alguém me disse para eu não ter medo, então fiz o sinal da cruz e corri até eles.

— Hemn? - falo preocupada e observando o rosto do cara

— Hemn? Cara que apelido é esse? - o tal cara riu em um tom debochante

— Hemn quem é ele? O que fazemos aqui? - pergunto ignorando o homem de cabelos escuros.

—  Nada. - Hemn fala estressado - Temos que ir.. Agora - ele segura a minha mão.

Meu coração acelerou, e minhas mãos começaram a suar, enquanto isso, ambos se encaravam como se estivessem se comunicando telepaticamente. Apertei a mão do Hemn, acho que ele entendeu o recado.

O homem deu passagem, ainda com a expressão facial de quem está com raiva, e o Hemn me levou até o prédio abandonado.

Permaneci em silêncio, sinceramente, eu estava com medo de me comunicar com o Hemn. Estava tudo escuro e começamos a subir umas escadas, elas pareciam infinitas.

— Para onde estamos indo? - perguntei sem pensar

— Vai descobrir... - ele diz e continua a subir as escadas.

Acho que ele quis dizer "não me pergunte nada, quieta!"

Então eu entendi o recado. Continuei a subir as escadas até que senti algo me prendendo.

— Aah! Socorro Hemn! - Gritei desesperadamente

— O que houve? - ele desceu uns degraus e segurou meu ombro.

Eu estava suando muito, segurei forte o braço dele, e fiquei rezando mentalmente. Ele pegou o telefone e acendeu a lanterna.

Fora apenas meu vestido que prendeu no corrimão da escada velha.

— Está tudo bem - ele riu - Não tenhas medo! Estou aqui. Você me disse que gostava de estar com garotos que lhe passavam segurança, aqui estou.

— Obrigada - digo e o abraço. - É que o escuro me assusta. - engulo seco.

— Não tem nada a se temer aqui - pude sentir que ele sorriu - Você vai gostar.

Continuamos a subir a escadaria, a cada passo, mais barulho fazia. Eu tinha a impressão que aquilo tudo iria cair e eu provavelmente morreria. Mas o Hemn realmente me deixava um pouco mais segura.

Estávamos subindo escadas há um tempo, quando eu parei e perguntei :

— Está perto? Não tem elevador? - digo respirando fundo

— É moça, a vida é dura. Se queres uma vitória tens que entrar na guerra primeiro. - ele diz segurando meu ombro - E não tem elevador.

— Você tem razão, mas é que isso tudo cansa. - digo e tiro meu cardigã - Então, estamos perto?

Subimos um pouco mais.

— Chegamos - ele abre uma porta - Espera um pouco . - Entramos em um lugar fechado que tinha outra porta .

Planos Impossíveis {hiatus}Onde histórias criam vida. Descubra agora