5|sorry

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Anteriormente...

"lisbeliba: Hemn? Luke?"

Olho nos olhos do Hemn ao ouvir seu telefone apitar, meus olhos estavam a lacrimejar, não pode ser!"

- Eu posso explicar, Ly!

- Então começa! E que seja bem convincente. Como você não me contou que era o Luke? ou que Luke era você?! Eu te contei tudo... como pôde? - olho para o teto impedindo que as lágrimas caíssem

- Ly, acontece que sua relação comigo tinha de ser totalmente profissional, segundo a sua mãe. Mas quando eu comecei a conversar com você, eu pensei até em dizer, eu percebi o quão você era interessante, e não podia deixar isso interferir na nossa relação profissional. Sua Mãe não confiaria mais em mim... - ele diz e se agacha ao lado da cama

- Eu te contei tudo da minha vida... Não acredito! Até falei de você mesmo! Porque não me contou? Não acredito... Sai daqui vai, não quero que se explique. Ver você tentando achar uma desculpa dói mais... Espero que tenha sido ótimo o gosto de ter me enganado...

- Desculpa, Ly... De verdade, do fundo do meu coração! Me perdoa? - ele deixa uma lágrima escapar, e eu aponto para a porta - Eu não queria que isso acontecesse... - ele sai pela porta e logo fico sozinha.

Tudo sempre é a mesma coisa. O meu erro é sempre o mesmo e bobo erro. Eu acredito demais, crio expectativas demais. Me iludo demais. Quebro a cara demais.

E no final, é sempre a mesma coisa. Eu triste no meu quarto, arrependida. E quando me recupero, digo "vai ser diferente" e nunca é.

Deito minha cabeça no travesseiro e fico olhando para o teto. Agora foi um daqueles momentos...

"sabe quando você olha pro nada e começa a pensar em tudo?"

Eu sei perfeitamente. E isso acontece frequentemente.

Essa é uma das horas em que a gente lembra de quando éramos crianças, e queriamos crescer logo. Queriamos ser adolescente, achando que seríamos como nos filmes bonitinhos. Que seríamos independentes, e tudo seria legal. Por que queríamos tanto crescer? Por quê? Não estávamos satisfeitos com aquela vida doce, pura, e sem pronlemas? Sem dores, a não ser as dores dos machucados que tínhamos. Sem problemas, além dos problemas que tínhamos para montar um quebra-cabeças sozinha.

Eu não precisava me preocupar se meu pai que havia sumido há uns anos, voltou para falar comigo de repente. Nem se o meu (ex) namorado morava a mais de milhões de km de mim. Se um garoto que eu conheci virtualmente era o mesmo com quem eu falava pessolmente, e ele não me contou. Se um menino inglês fofo, estava "afim" de mim e havia me beijado há pouco tempo. Nem se por algum motivo desconhecido eu fiquei desmaiada por horas e vim parar no hospital.

A vida era tranquila. Era como se você e sua melhor-amiga-do-mundo-todo-forever estivessem em um parquinho, e você estivesse sentada no balando, tomando um picolé gostoso, e ela te balançando. A brisa fazendo os seus cabelos voarem, e gargalhadas sinceras soassem como o som da felicidade. Era tudo divertido, bonito... sincero.

- Amor - alguém entra na sala atrapalhando minha onda de pensamentos - vou organizar suas coisas pois já recebestes alta! - ela diz sorridente

- Precisa de ajuda, Mãe? - digo me sentando na macra

- Não amor. Olha, o banheiro é ali, eu separei uma toalha para você tomar um banho e tirar esse cheiro de hospital - ela traz uma toalha e uma roupa até a macra.

- Obrigada. - me levanto e meus pés encostam naquele chão gelado do hospital.

Entro no banheiro, e ponho minhas roupas em cima de uma bancada. Ligo o aquecedor, estava muito frio.

Planos Impossíveis {hiatus}Onde histórias criam vida. Descubra agora