03: Carona Agradável

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-POV Christian-


Elena ficou me encarando, eu queria era dar na cara dela, mas sabia que não podia fazer nada de cabeça quente.

"Christian??" Minha mãe vem em minha direção e vejo Elena murmurar.

"Se amanhã você chegar atrasado em meu apartamento vai se ver comigo." Suspirei fundo e fui salvo pela minha mãe.

"Christian meu querido, estou tão feliz que está fazendo um trabalho em dupla." Minha mãe diz olhando para mim, depois se vira para Elena. "Ele precisa de amigos, não é mesmo?" Elena apenas assente e diz que tem que ir embora. Graças a Deus. Só queria deitar na cama e dormir, que dia mais estressante! Elena ficou encarando Ana a tarde toda, e isso me deixou muito nervoso, a última coisa que queria era sujar Ana com minha merda, nem que fosse só um pouquinho. Ela era uma menina maravilhosa, que tinha uma luz própria e por certo não merecia essa sujeira toda que eu tinha com Elena. Estava juntando forças para terminar com Elena há muito tempo, eu não aguentava mais apanhar. Claro que gostava de foder ela forte, mas seus castigos estavam ficando demais para mim. Pensei em me tornar um dominador, mas o pensamento de machucar Ana me deixava enjoado. Eu sentia uma coisa muito forte por Anastasia, não conseguia para de pensar nela, a queria beijar e tocar, ela iria me deixar louco.


Acordei com minha mãe entrando em meu quarto.

"Filho, você tem que jantar, depois volta a dormir de novo." Ela diz, sei que ela tem a maior preocupação em nunca me deixar com fome. Sorrio para ela que estranha minha ação. "Está muito sorridente hein Senhor Christian?" Ela fala rindo. "Será que tem a ver com uma princesa de olhos azuis que veio aqui em casa hoje?"

"Ah não mãe, para com isso." Digo emburrado e Dona Grace ri ainda mais.

"Só para constar eu gostei muito dela, parece uma boa menina. Agora vamos jantar." Assinto me levantando da cama. Ah mãe, se a senhora soubesse como eu já gosto de Anastasia soltaria fogos de artifício. Só faltava resolver a situação com Elena de modo a gerar menos efeitos colaterais possíveis.


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Sexta feira cheguei na escola pensativo, será que eu devia ir no cinema com Ana ao invés de ir na casa de Elena? Estava tão confuso e com medo, sim, admito que estou morrendo de medo. Não de Elena, mas do que poderia acontecer caso ela ficasse muito zangada. Vejo Ana e Kate vindo em minha direção.

"Bom dia Christian." Ana diz meiga.

"Bom dia Ana e Kate." Digo simpático e a loira ri.

"Vou procurar Elliot, bem que ele podia ser da nossa turma né?" ela fala e Ana ri.

"Ele tinha que ser um ano mais velho para estar na nossa turma." Ana diz e Kate suspira.

"Nem me lembre disso." Kate fala e sai andando, me deixando sozinho com Ana. Já fico nervoso.

"Como foi com seu pai no shopping?" pergunto casual querendo puxar assunto.

"Ah, foi bom! Jantamos lá e depois fomos para casa..." Ana é interrompida por José que chega a abraçando por trás.

"Bom dia Corazón..." ele fala e tenho vontade de socar a cara dele. Quem ele pensa que é para sair agarrando minha Ana desse jeito? Ana se desvencilha de seu abraço e sorri.

"Bom dia José! Que animação é essa logo cedo?" ela pergunta e ele sorri ainda mais. Viado!

"Kate me chamou para ir no cinema com vocês hoje. Ela vai com o peguete dela e eu vou para te fazer companhia!" José explica e eu quase solto fogo pelas ventas. Só não estou tão bravo porque Ana parece desapontada com essa notícia, ela queria ficar sozinha comigo.

"Eu vou com vocês também." Digo firme, nem me lembrava de Elena aquela hora, só sabia que JAMAIS deixaria Ana sozinha com José no escurinho do cinema.

"Ah é?" ele perguntou para Ana com desdém.

"Sim, Christian é irmão de Elliot." Ela explica e o garoto assente.

"Ah.. vamos para a sala Ana?" Meu Deus, mas ele não desiste nunca? Para a minha felicidade Ana passou seu braço pelo meu e fomos nós três juntos para a sala. Estava um pouco nervoso porque a mão de Ana estava muito perto da zona proibida, mas seu toque era suave, de alguma maneira reconfortante.


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Eram 18:00 hrs, eu ia passar na casa de Ana e pegá-la para irmos ao cinema. Tinha recebido milhões de mensagens ameaçadoras de Elena então desliguei meu celular e entrei no carro. Vi minha mãe na garagem sorrindo.

"Está saindo mais cedo hoje meu filho..." eu sempre saía por volta das 21:00 e voltava de madrugada.

"É que hoje vou no cinema, então devo chegar mais cedo." Respondo e o sorriso da minha mãe dobra.

"Cinema? Com a Ana?" assinto e ela me dá um beijo na testa. "Bom filme filho." Me despeço e saio. Minha mãe estava nas nuvens em me ver fazer coisas de adolescente pela primeira vez.


Estacionei na frente da casa de Ana e buzinei, quando saiu de casa meu queixo caiu. Ela estava linda, mais do que linda! Maravilhosa. Estava usando um vestido florido com um all star preto. Ana entrou no carro e sorriu para mim, tive uma vontade enorme de beijá-la.

"Oi!" ela diz tímida e eu sorrio.

"Oi! Você está linda." Ela corou na hora e mordeu o lábio, fiquei louco. Passei minha mão em seu rosto e ela ficou imóvel.

"Eu queria muito morder esse lábios." Digo tirando seu lábio inferior de seus dentes.

"E por que você não morde?" perguntou me surpreendendo. Não pensei em mais nada. Beijei seus lábios com fúria. Nunca tinha beijado lábios tão gostosos. Dei uma leve lambida em seu lábio inferior e ela os abriu para mim. Mordi com vontade e ela gemeu baixinho. Senti sua língua fazer carinho na minha e esse estímulo foi direto para meu membro, ela tentou me abraçar, mas eu a impedi. "Que foi?" ela pergunta confusa. Olha minha merda dando sinal de vida...

"É que eu tive um início de vida muito difícil, e eu não gosto de ser tocado em certos lugares." Explico sendo sincero. Ana assente e sorri.

"Desculpa..." ela começa, mas eu colo meu dedo indicador em seus lábios a fazendo parar de falar.

"Não tem nada que se desculpar, acho que agora temos que ir né?" Digo e ela concorda.


Chegamos no cinema e todos já estavam lá. José veio na direção de Ana e sem pensar segurei sua mão e entrelacei nossos dedos. Depois de provar o gosto de seus lábios eu sabia que não iria abrir mão da minha Ana, mesmo que toda minha merda viesse à tona.


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Obrigada!!

When we were Young [em pausa indeterminada]Onde histórias criam vida. Descubra agora