12: Telefone

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-POV Christian-


Ana e eu estávamos no maior amasso quando ouço a porta se abrir. Minha namorada levou o maior susto e pulou da cama.

"Desculpa." Ouvi Leila, minha professora particular, falar. Ana estava com o rosto todo corado.

"Sem problemas. Leila, essa daqui é Anastasia, minha namorada. Ana, essa é Leila, minha professora particular." Explico e Ana sorri para a mulher que sorri de volta.

"Prazer te conhecer, Christian fala muito de você." Leila diz simpática.

"O prazer é meu." Ela se vira para mim. "Vou deixar você ter sua aula em paz, e trate de estudar direitinho hein? Amanhã eu volto para a gente fazer o projeto de biologia, tá?" Ana fala se despedindo, e eu faço beicinho.

"Não vai embora não, tenho certeza que Elliot te faz companhia até a hora da minha aula terminar." Peço e ela sorri.

"Chris, eu tenho um monte de dever para fazer, preciso mesmo ir para casa." Fico resignado, mas assinto. Lhe dou um beijo casto nos lábios e ela sai do quarto.

"Desculpa por interromper seu amasso, mas estudar é preciso." Leila fala e eu rio. Gostei bastante dessa professora que meus pais arrumaram, ela é nova e bem humorada. Bem melhor que meus professores na escola. Mas na escola eu tinha Ana do meu lado, o que deixava tudo melhor.





Já era tarde quando acabou a aula e eu só queria jantar e depois dormir. Ficar o dia todo deitado me deixava exausto, e andar de muletas em uma casa cheia de escadas não era lá uma boa opção. Minha mãe levou meu jantar no meu quarto para mim e ficou conversando comigo enquanto eu comia. Graças a Deus ela nunca mais tocou no nome de Elena.

"Você tem que sair mais dessa cama, nem que seja para ficar sentado no jardim. Ainda faltam duas semanas para tirar o gesso." Grace fala e eu assinto.

"Eu sei, não vejo a hora de tirar isso. Coça e ainda por cima me deixa igual um inválido." Reclamo e ela ri.

"Calma meu filho, logo logo você vai estar novinho em folha." Ela fala e faz um carinho em meus cabelos recolhendo a bandeja que estava em meu colo. E lá estava eu sozinho e sem nada para fazer novamente. Resolvi ligar para Ana.


"Oi?" Ela atende e um sorriso bobo já estampa meu rosto.

"Oi minha Ana, tudo bem?" Pergunto.

"Sim, e você?"

"Eu não estou bem não..." Faço gracinha.

"O que houve?" Pergunta preocupada.

"Estou com muita saudade da minha namorada." Ela bufa.

"Eu achei que era algo sério!" Me repreende e eu rio.

"Mas é sério. Estou com saudades suas. Saudade dos seus lábios gostosos, dos seus seios durinhos, da sua bunda empinada." Falo e escuto a respiração dela ficar pesada. Era isso que eu queria. "Sabe o que eu queria fazer agora?" Quando ela não fala nada resolvo usar minha melhor voz de dominador. "Anastasia? Sabe o que quero fazer com a senhorita?" Ela respira fundo.

"Não..."

"Não o que?"

"Não, senhor." Ela diz e posso ouvir um sorriso em sua voz.

"Eu gostaria de tirar sua roupa toda, o que você está vestindo?"

"Estou de pijama, aquele rosa e preto que usei na primeira vez que dormiu aqui em casa." Ela fala e me lembro perfeitamente do pijama de menina que ela está falando. Era um pecado Ana ser tão gostosa e tão menininha ao mesmo tempo.

When we were Young [em pausa indeterminada]Onde histórias criam vida. Descubra agora