04: Sou dela.

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-POV Christian-


Entramos na sala de cinema e nos sentamos. Elliot, Kate, José, Ana e eu respectivamente. Não gostei da ideia de ter José perto de Ana, mas o que eu podia fazer? Já nos trailers Elliot e Kate começaram a se pegar, meu Deus, essa noite ia ser longa.

Ana estava quietinha na dela, parecia confusa. Será que tinha se arrependido do nosso beijo? Eu esperava que não. Queria muito sentir seu gosto novamente. Levantei o encosto de braço e puxei Ana para mais perto de mim a abraçando.

"Você está tão quietinha." Digo em seu ouvido e a sinto arrepiar.

"Só estou prestando atenção no filme." Ela diz me olhando de lado. "A gente pode conversar depois?" Pergunta e meu coração acelera. Ela vai me dispensar!! ELA VAI ME DISPENSAR. Meu inconsciente grita, estava desesperado, não podia perder minha Anastasia.

"O-ok." Gaguejo e ela sorri. Se acomoda mais no meu abraço e continua assistindo o filme. Daquele momento em diante minha cabeça não parou, estava quase puxando Ana do cinema para a gente conversar logo. Por outro lado, não queria sair daquela posição jamais. Ela estava aninhada em meus braços, e a sensação era muito boa. Comecei a fazer carinho em seus cabelos e ela relaxou mais ainda.

"Christian, para com isso ou eu vou acabar dormindo." Ela disse bocejando. Parei na hora. Não podia acreditar que ela estava recusando um carinho meu. Tive certeza que ela iria me dispensar.



O filme finalmente acabou. Elliot levou Kate embora e José mala pediu carona para mim. Estávamos no carro, Ana e José estavam conversando.

"Aninha, o que vai fazer amanhã?" Pergunta José. Ana suspira.

"Dormir!! Vou aproveitar que meu pai foi hoje pescar e só volta domingo a noite para dormir... Ando muito cansada." Ela explica. Minha Ana sozinha em casa em uma vizinhança não tão amigável? Isso não me agradava.

"Que isso Corazón, vamos animar!!" José insiste e para minha felicidade chegamos em sua casa. Ele se despede e finalmente estou sozinho com Ana.

"O que você quer conversar comigo?" Pergunto ansioso. Ana sorri.

"Me leva em casa e fica para jantar comigo que eu te conto." Ela diz piscando o olho e parece que uma tonelada saiu das minhas costas. Ela ainda queria minha companhia. E dessa vez estaremos efetivamente sozinhos.

"Sim, senhora." Respondo brincalhão.


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Estacionei na garagem da casa de Anastasia já que seu pai tinha viajado com o carro. Entramos e nos sentamos no sofá.

"Você gosta de massa?" Pergunta animada.

"Sim." Respondo, mas com vontade de falar que se ela quisesse eu comeria até cocô.

"Então vou fazer para nós." Ela iria realmente cozinhar para mim? Tinha como não ficar encantado? A puxei pela mão e lhe dei um selinho. Seu sorriso tomou quase todo seu rosto.

"Tenho certeza que vou adorar, e se eu passar mal é só chamar minha mãe... Vantagens de ter uma mãe médica." Digo brincando e ela faz um beicinho tão fofo e gostoso ao mesmo tempo. Sem pensar em nada mordo seu lábio inferior, ela estava me deixando louco. "Já disse para não me provocar com esse lábio." Digo sério e ela ri.

"E eu já disse que você pode morder quando quiser." Ana solta isso e sai da sala, provavelmente indo para a cozinha. Definitivamente ela queria me deixar louco.



Ana cozinhava divinamente, nosso jantar estava indo muito bem. Nunca estive tão a vontade com alguém, nem com minha família.

"Eu tenho uma irmã mais nova. Mia. Ela está em Paris fazendo intercâmbio. Acho que você vai amar ela..." Digo e Ana sorri.

When we were Young [em pausa indeterminada]Onde histórias criam vida. Descubra agora