Vivendo em BH - Trabalho

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Por Alícia... 

Fim de semana chegou, minha mãe voltou para GV na sexta a noite dizendo que quarta estará de volta. Eu estou ansiosa em ligar para o Marcos outra vez, mas esperarei ficar mais tarde,  porque sei que tenho mais chances de o pegar em casa.

- Alícia.

- Oi tia.

- Estou precisando ter uma conversa com você.

- Tudo bem tia pode falar.

- Estou preocupada com você, não tem comido direito, anda triste e choramingando pelos cantos. Sua mãe me disse que está muito rebelde, respondendo e muito teimosa. Não faça isso minha filha, Deus se entristece com você, seja uma boa filha pra sua mãe.

- Tia eu sou uma boa filha, o problema é que não posso expor minha opinião, que minha mãe logo diz que a estou respondendo, tudo pra ela é isso, tia ela é muito difícil, eu não posso fazer nada, sair, ter amigos, nem mesmo ter um amor platônico, porque se ela souber que estou apaixonada ou interessada em alguém, surta, por isso estou aqui em BH agora. Eu não levanto a voz para ela, muito menos a destrato e ela faz essas idéias erradas de mim, fala essas coisas ruins para as pessoas como se eu fosse assim. Tenho certeza que sou boa filha tia, a senhora está aqui comigo estes dias, pode dizer se não é verdade.

- Sim é verdade, não tenho nada a falar de você, tem sido uma boa sobrinha e companhia para o Estêvão.

- Pois é tia não entendo o que acontece.

- Você tem que ter paciência com sua mãe filha, ela te ama mesmo que as vezes cometa erros, somos seres humanos e cometemos erros.

- Eu sei tia.

- Então me diga que vai se alimentar direitinho e parar de choramingar pelos cantos, se não vai ficar doente.

- Tá bom.

- Beijinho na tia. - Dou um beijinho nela e fomos almoçar.

Mais tarde esperei Estêvão chegar do colégio, quero ele por perto caso me decepcione, ele me dá bons conselhos, não sei porque mas estou com um mau precentimento desde a ultima ligação e não é porque o Marcos foi "seco" comigo, sinto que têm algo mais.

- E ai Licinha! - Outro apelido de Estêvão, esse pelo menos tem haver rs.

- Tô te esperando.

- Pra ligar pro carinha lá né?

- Yes, hahaha, pega o telefone lá. - Ele busca.

-Tá na mão.

- Valeu, espera que tô ligando. - O telefone toca pelo menos umas 5 vezes até ser atendido.

- Oi?

- Quem fala?

- André. - Irmão mais novo do Marcos.

- Marcos está?

- Não, gostaria de deixar recado? Quem fala?

- É uma amiga, não vou deixar recado não. Obrigada!

- Beleza.

Desligo o telefone frustrada, olho para o lado e Estêvão esperando que eu falasse algo.

- E ai o que deu?

- Nada, ele não estava, o irmão atendeu.

- Mais tarde você tenta.

- É.

Fui para minha aula de dança do ventre, já estou craque nisso, adooorooo, as meninas me observam e seguem meus movimentos, todas as vezes que a professora sai ela pedi para que eu continue a dança por ela, e ao terminar a aula tive uma surpresa.

Sem Limites Para Amar [Completo] #Whattys2016Onde histórias criam vida. Descubra agora