O Retorno

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Por Alícia... 

Não é fácil voltar e lembrar de tudo que vivi em BH, mas amo GV e para me adaptar novamente será fácil, vivi a vida toda aqui. Não é do tamanho da grande BH capital de Minas, mas também é uma cidade de grande  porte com mais de quatrocentos mil habitantes, possui vários distritos também, é a capital do vôo livre, vem gente de todos os lugares do mundo para competir aqui na montanha Ibituruna. Ainda vou pular de para-glaider, ainda não pulei, mas coragem não me falta.

Cheguei em casa super cansada, tomei um banho e caí na cama.

No dia seguinte minha mãe não perdeu tempo e já foi arrumando as coisas do bebê que ia nascer. Eu desacostumei com este ritmo acelerado dela, tanto tempo em BH. Ela disse que me matriculou em uma escola particular muito boa que conseguiria meu diploma em 6 meses, faria segundo e terceiro ano juntos, mas teria que estudar o dia todo. Achei bom, porque queria entrar na faculdade logo, estou louca para me formar e ter minha independência.
Infelizmente não vai dar para eu trabalhar, a escola tomará todo meu tempo.

No outro dia mamãe sentiu as dores do parto, há levamos ao hospital, fez uma cesariana, meu irmão é uma gracinha, com o cabelinho pretinho e lisinho, suas bochechas rosadinhas,  se chamará Théo, há bebes que tem cara de joelho, Théo não, é lindo, uma fofura. Já o amo. 

***

Os meses se passaram com muito devoção aos estudos, estava empenhada a passar e terminar meus estudos, quero comessar o próximo ano na faculdade.

Chego a escola e vou correndo olhar o quadro de aprovados, eu já sabia os resultados pelas minhas provas, mas queria conferir para ter certeza, vai que eu estivesse enganada, corro os olhos pelo quadro com ansiedade procurando pelo meu nome, como começa com a letra A está entre os primeiros, vejo os resultados e não deu outra, passei em tudo graças a Deus.

Saio super feliz para contar os resultados a minha mãe e meu pai.

Eles já me aguardavam.

- E ai? - Minha mãe pergunta com a bolinha fofa do meu irmão no colo.

Meu pai estava parado perto do sofá esperando a resposta.

- PASSEI.

Eles vibram comigo, mas mamãe não perde tempo.

- E ai já pensou qual curso escolherá para fazer o vestibular, já é agora final do ano.

- Nossa mãe, estou indecisa ainda.

- Vc não tem tanto tempo para pensar.
- Mas se eu escolher a profissão errada, vou me arrepender mais pra frente.

- Se não gostar depois faz outra faculdade ou complementa com pós - graduação.

Na verdade eu gostaria de poder ter tempo para pensar, mas sei que minha mãe não me deixará, e também quero logo ter independência profissional.

- Pode deixar mãe vou pensar direitinho até o vestibular.

Nos dias que se seguiram fiz várias pesquisas sobre minhas possíveis escolhas para a faculdade. Pensei em jornalismo, direito, arquitetura,  educação física e designer de interiores, sei que são completamente diferentes uma da outra mas me interesso por todas, então pesquisei e colhi opiniões de várias pessoas que atuam nestas áreas, inclusive sobre o campo e mercado de trabalho que elas oferecem. A verdade é que ainda estou indecisa.

Chega o dia do vestibular, escolho prestar para Jornalismo, estou um pouco nervosa mas bem preparada, estou fazendo vestibular para uma grande faculdade aqui da região, tive que ficar por aqui mesmo, minha mãe não quis que eu me afastasse, ela disse que é mais seguro, na outra semana fiz também vestibular para faculdade a distância  para designer de intetiores. Vou fazer as duas, sei que vou estudar muito mas é o que quero, serei jornalista mas vou ter meu escritório para designer de interiores. Dou conta, sou mulher, nós mulheres perdemos dazer várias coisas ao mesmo tempo, quanto os homens não conseguem, isso é provado cientificamente.

Sai o resultado e passei nas duas, a de jornalismo como é presencial optei pela noite e a de designer como é a distância faço durante o dia. Terei muito trabalho vou aproveitar este retinho de ano para me divertir e descansar bastante.

***
Estamos no final do ano e minha família aqui de GV, está preparando aquela festa de ano novo, mas antes terá o Natal, somos muito religiosos, boa parte é  por isso que sou assim tão recatada quando se trata de meninos e outra parte é pela minha mãe. Terá uma grande Seia de Natal neste dia para comemorar o nascimento do menino Jesus e a confraternização familiar.

A ceia foi na casa da vovó Judite mãe da minha mãe, vovó, mamãe e as tias fizeram uma mesa maravilhosa com várias frutas e comidas diferentes, a mesa estava farta. Veio toda família, é um  encontro de família, fizemos oração agradecendo a Deus pelo dom da vida de cada um, pela comida e a União de nossa família. Depois trocamos presentes como no dia do nascimento de Jesus, foi lindo. No final despedimos e cada um foi para sua casa.

Chegamos em casa e mamãe colocou Théo para dormir no meu quarto, ela terá compromisso e eu ficarei com ele, sempre fico com Théozinho para que vá trabalhar ou para que vá em algum compromisso. Adoro que ele fique no meu quarto, o bercinho dele vem junto, mas ele dorme na cama comigo, é muito fofo esse menino.

De manhã dou mamadeira a Théo e o levo para passear na praça, ele ama, lá ele brinca com outras crianças.

- Oi.

- Olá tudo bem!

- Tudo, que gracinha de bebê!

- Obrigada! É meu irmãozinho.

- Nossa que legal você ter irmãozinho tão pequeninho e fofinho.

- Verdade, qual seu nome?

- Aline e o seu?

- Alícia, muito prazer!

- É todo meu. Eu estava sentada ali no no banco e achei tão bonitinho vocês brincando, como não resisto a bebês vim até aqui.

- Você está aqui sozinha Aline?

- Sim, moro com meus pais ali em frente, naquela casa branca do outro lado, vim pensar um pouco e vi vocês.

- Há ta, que bonita sua casa!  Mas algum problema?

- Relaxa, nada que eu não possa resolver.

- Ok.

- Você vem sempre na praça?

- Antes não, mas depois que meu irmão nasceu tenho vindo bastante.

- Que bom! Poderemos conversar mais vezes.

- Claro.

- Tenho que ir Aline. Feliz ano novo se eu não te ver de novo!

- Pra você também! Tchau coisinha linda. - Théo ri para ela mostrando a banguelinha. Hooo menino "dado" e "malinha velha" só sabe rir. RS...

Chegamos em casa, dou um banho no Théo e o coloco para dormir. Minha mãe chega perguntando como foi o dia, conto a ela, ela fica toda cheia quando gostam do Théo.

E assim a semana passa, chega o dia da festa de ano novo. Minha família fez um féstão, todos de branco, amarelo, prata, dourado ou misturado, todis muito bonitos.

Chega a hora da contagem regressiva e todos na mesma contagem olhando para o céu 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1, antes do número um os fogos já estavam colorindo o céu e os champanhes sendo abertos, única vez que minha mãe permite que eu tome bebida alcoólica, porque é champanhe e só um pouquinho, foi lindo, amo estar com minha família.

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Uma nova fase na vida de Alícia está para começar. Vocês vão se apaixonar...

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