~ FLASHBACK on ~
Tinha poucos amigos no campus, tinha a Alisson, Ever e Isaac. Agora o resto são colegas, não sei o porquê de tanta falsidade na faculdade. Todos querem parece pessoas que não são! Só para ter alguém, ou se tornar popular. Como se amanhã ou depois isso servisse para alguma coisa. Seria hipocrisia minha falar que eu não tento ser alguém, mas olhando ao redor, as pessoas simplesmente cospem em outras para chegarem onde querem. Não só na faculdade. Estava sentada olhando através da grande janela de madeira velha, com poeira, pensando em qualquer outra coisa que me lembrasse um filme clichê para eu ver. Quando vejo o Sr.Peters colocando no quadro a frase que me serviu de impacto ''Are you happy?'', talvez seja só mais um drama. A noiva morrendo de uma doença, ou que ela não consegue ter filhos. Todos têm o quê lamentar, como uma perda, uma doença, problemas familiares, ou até mesmo uma coisa pequena, como o peixe que morreu por muita comida. São coisas suficientes para deixar alguém triste. O sinal tinha tocado, enquanto eu ia caminhando ao meu quarto me fazia á pergunta. Entrei e vi a Alisson trocando de roupa e perguntei.
-Are you happy? – Ela suspirou e acabou de colocar os brincos.
-É óbvio que sim, porque eu não seria? – Acabou de colocar os brincos e estendeu o pé, para que eu abotoasse o salto dela. Inclinei para que eu possa chegar mais perto do salto.
-Bem, as pessoas são mal agradecidas pela vida que leva. – Acabei de abotoar, segui ela até o banheiro, para que ela possa fazer a maquiagem dela.
-É verdade, mas porque essa pergunta?
-O professor perguntou.
-Ele deve estar insatisfeito com a vida parada dele.
-Pode ser. Mas todo mundo tem o que lamentar na sua vida, ninguém é 100% feliz.
-Nem 100% triste. – Ela suspirou e deixou o pó compacto na beirada da pia. – Olha, perguntar para uma pessoa se ela é feliz ou se ela é triste, não vai fazer diferença. Somos o que somos.
-Essa é sua resposta? Somos o que somos?
-Sim, estamos no primeiro ano de nossas vidas. Não posso responder se eu sou feliz ou triste, se o que eu vivi foi uma fase Beta da minha vida. – Deu algumas espirradas no perfume e saiu, fui atrás dela.
-Eu acho que não vale á pena, responder essa pergunta pelo simples motivo, se você é feliz é falsa, e se você é triste é uma dramática.
-Prefiro ficar com a falsa. – Sorriu e abriu á porta. – Vou encontrar com o Isaac, até te chamaria, mas quero tirar meu atraso. – Rimos e ela me mandou um beijo.
-Se cuida. – Estava só e só me restava estudar mesmo. Meu celular começou a vibrar e tinha um número desconhecido da tela. Dizendo ''Olá paciente'', que diabo era aquilo? Resolvi ignorar, mas logo em seguida veio outra ''Agora é assim vai me ignorar?'' ''Eu sei onde você esta'' Só me faltava essa, um assassino de garotas que cursam publicidade. Estava preocupada não sabia quem era. Logo tomei outro susto com a porta batendo, merda. Pareciam aqueles cenários de terror, que a menina caminha lentamente para abrir a porta, mas no meu caso eu posso ser idiota, mas não sou burra. – Quem é? – Nossa Malia, como você é esperta, sério.
-Sou eu. – Fico meio confusa, sinto que conheço aquela voz, era semelhante. E resolvo abrir.
-Ah, você! – Dou um sorriso meio forçado.
-Parece que estava esperando por alguém. - Balanço a cabeça. É óbvio que estava esperando alguém, um assassino.
-Sim Stiles, estava esperando um assassino que assassinava garotas que cursam publicidade. – Dei um riso discreto, mas só eu entendo. – Deixe para lá. Entra. – Dei espaço para que ele possa entrar e então fechei a porta. Coloquei as mãos na coluna. – Você sabe que é meio "proibido" meninos aqui. – Como se a regra fosse respeitada.
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Don't bite.
Ficção AdolescenteAcho que superar um fim de relacionamento não é fácil, ainda mais quando você ainda ama a pessoa. Vemos do começo ao fim, como uma simples conversa, discussão pode se resultar em um amor, e como um deslize pode se resultar em uma separação. Até quan...