Don't bite.

Capítulo 5 - Fend.

                                                                               ~ flashback on ~

Já que Alisson me expulsou do quarto, o que me restava fazer era ir para o lugar do qual só de falar meu coração já se partia, peguei o ônibus no terminal, coloquei uma faixa de música e fechei os olhos.

Tinha acabado de voltar, desci do ônibus que me deixou no terminal, estava passando por todas as baias do terminal, quando vi em uma loja, dessas do terminal, Stiles sozinho com a maior cara de frustração. Acenei para ele e ele deu um grande sorriso, ele me chamou com a mão e então entrei. Sentei na cadeira vaga.

-O destino está tramando alguma coisa. – Falei rindo. – O que faz aqui sozinho. – Ai perdoa por eu ser tão xereta, não desiste de mim eu sou legal.

-Tomando um bolo de 4 horas. No meu aniversário. Ainda bem que você apareceu, senão ia entrar em depressão. – Quem aquela menina pensa que era? Deixar os outros esperando, é cada coisa. Isso não ia ficar assim. Levantei e o abracei. Fechei os olhos quando senti o cheiro dele, um cheiro, que nem dava para discutir.

-Feliz aniversario. – Dou um berrinho, mas chateada, como ela pode fazer isso com ele. E ele simplesmente nem ligando? – Por que você não foi embora? – Falei o olhando em pé com os braços cruzados, irritadíssima.

-Esperando. – Ele sorriu, eu fiquei mais irritada ainda. Como ele poderia ser tão bom? Ficar esperando alguém 4 horas em seu aniversário? Isso é péssimo, horrível.

-O que você vai fazer? – Sai andando até a baia do ônibus para ir para nossa faculdade, enquanto esperávamos, ele insistia de perguntar. – O que houve Malia? – Respirei fundo e olhei nos olhos dele. Já estava com raiva dele da calma, paciência que ele transmitia.

-Não é possível você ter tanta paciência. Ela te fez esperar 4 horas, no seu próprio aniversário. – Ele deu de ombros e então o puxei. – Vem que não vou deixar isso assim. – Deixei o dinheiro na mesa. Era o aniversário dele, eu nem sabia disso, não tinha comprado nada, então o mínimo era pagar a conta dele. Ele hesitou no começo, porém deixou.

-Ora, o que você quer que eu faça? Não posso brigar com uma pessoa só porque ela não quis vir, ela não era obrigada mesmo. Alias você está aqui, passando meu aniversario comigo. – Meu sorriso abre automaticamente com as falas dele, mas ainda estava chocada como ele é calmo. Balancei a cabeça, finalmente o ônibus tinha chegado, Sentei emburrada no banco e ele se sentou ao meu lado. – Está com raiva de mim? – Eu perdi a paciência por ele, me doía por ele, e ele simplesmente apertou o foda-se, e ainda perguntava se eu estava com raiva? Imagina. Ele se tocou do meu silêncio, que eu não queria falar e olhou para frente. Estava sendo infantil? Claro, 99% infantil, mas aquele 1% preocupada.

-Não. – Deixei meu orgulho de lado. Mas agora quem parecia quem não queria falar era ele. Ficamos a viagem inteira de volta para á faculdade quietos, dei sinal, saí primeiro. Logo em seguida ele.

-Deixou cair isso no banco. – Estendeu a mão e me deu minha carteira. Eu completamente tapada, ia perder tudo e nem me dei conta. Quando ia pegar da mão dele, eu claramente tapada, deixei cair foi cartão, documento para todo o chão.

-Ai merda! – Me taquei no chão, ele se abaixou para pegar os meus pertences. Ele levou um dos documentos até os olhos.

-Você dirige? – Peguei da mão dele.

-Não seja tolo, eu tenho 17 anos ainda. – Ele deu de ombros.

-Ué então porque você tem uma carteira de motorista? – Acabei de juntar os documentos e coloquei dentro do bolso da calça.