A noite estava muito escura, estávamos em uma lua nova o momento em que os lobisomens sentiam-se mais fracos, o som da floresta tinha cessado e eu podia sentir o ar mais gelado e seco, sabia que não deveria estar ali, mas eu tinha que provar isso para todos e para eu mesma. Olho para os lados, sempre sinto um arrepio nesse lugar, como se alguém estivesse me observando. Eu andava devagar para não tropeçar em algum galho, mas eu sabia que conseguiria encontrar esta entrada novamente, eu tinha que encontrar.
Finalmente depois de procurar bastante tateando o chão escuro e cheio de folhas consigo ver o alçapão, limpo a sujeira sobre ele, percebo algum símbolo estranho escrito, apenas ignoro e o puxo com toda a minha força para conseguir abri-lo. Não há uma escada, precisei pular, o que não foi uma boa idéia, pois agora estava com o tornozelo bem dolorido devido à queda.
Assim que eu caí, ouço um forte barulho vindo do alçapão. Ele tinha se fechado novamente. Aquilo me deixou muito assustada e corri para longe dali, quase caí. Eu estava apavorada! Me forcei a parar e respirar, não podia deixar o medo tomar conta de mim, não nesse lugar, dentro era mais escuro que do lado de fora, o chão era muito escorregadio e eu apenas podia andar me escorando nas paredes.
Lembro-me do treinamento e pego minha arma na mochila, uma adaga especial, capaz de ferir qualquer coisa natural ou sobrenatural, lembro que foi-me dada pela minha mãe no meu aniversário de dezesseis anos. Quem diria que eu a usaria numa situação dessas. Continuo andando pelo labirinto subterrâneo, tentando apurar meus ouvidos, mas eles sempre me deixam na mão. Quando percebo estava encarando um par de olhos vermelhos na escuridão. Fico imóvel, eu sei que ele pode me ver como se estivéssemos à luz do dia. Apenas preciso esperar o momento certo. Ele caminhava pesadamente em minha direção, afiava suas unhas na parede causando um som arrepiante. Eu não hesitei e o ataquei com toda a velocidade que dispunha cravando minha adaga em um de seus olhos, ouvi a criatura gritar, o golpeei mais uma vez antes de ser jogada com força contra a parede mais próxima. Estava tão desorientada que não sabia onde era o chão e onde era o teto. Antes que pudesse ficar de pé senti suas presas se cravarem em meu pescoço, aquilo doía muito. Ele segurava minhas mãos com suas garras enquanto bebia meu sangue. Tentei fugir, mas já estava sem forças, não conseguia nem gritar, apenas estava ali, imóvel, sem esperanças de ajuda, sem salvação.
Foi assim que eu morri... da primeira vez!
Annie Miller
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A Última Original
WerewolfEu vivo em um mundo em guerra, as criaturas das trevas foram reveladas para toda a humanidade. Eu estou no meio disso, mas não sei a que lado pertenço. Tentam comparar-me com minha mãe e sinto que nunca serei tão forte e poderosa quanto ela, pelo co...