Fifth

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Zayn Malik não era um gênio com as colheres, mas nunca imaginou que estaria com uma dentro de um corpo.

– Conseguiu encontrar alguma coisa? – Payne chamou sua atenção.

De joelhos ao lado do corpo do estranho Xerife Peters, Zayn não queria acreditar que aquele era o homem com quem havia filado poucas horas antes.

– Além de uma colher de madeira que não vai mais poder ser usada? – Perguntou em um leve tom de brincadeira para quebrar a tensão do clima.

Havia utilizado o objeto de cozinha para analisar a perfuração que o punho do Agente Payne tinha feito no estômago, sua cabeça fez uma comparação entre Liam e o Iron Fist que ele lia nas HQs quando criança.

– Eu não sei como explicar isso, mas não tem nenhum órgão no interior do nosso companheiro aqui. É como se ele fosse um enorme saco. – Confessou.

– Quer saber o melhor? – Payne aproximou-se ainda limpando a mão suja em uma toalha. – Isso não é sangue. Seja lá o que for é a mesma porcaria que estourou no nosso carro.

Zayn se levantou e colocou a colher de lado, limpou o suor da testa e suspirou alto encostado na outra extremidade do arco que ligava a sala de estar com a de jantar.

– Estive pensando – seu parceiro lhe chamou a atenção outra vez –, isso tudo não tem lógica alguma e talvez seja isso que deveríamos prestar atenção.

Malik não queria cortar a provável formação de uma explicação que Liam estava tendo, por isso, quando o mesmo saiu em direção ao cômodo vizinho ele simplesmente o seguiu. Pararam de frente a mesa onde Michael se distraia novamente desenhando com seus lápis de cor espalhados pela mesa.

– Você poderia levar Michael para o quarto, Agente Malik?

Assentindo, aproximou-se do garoto que sorriu em resposta pegando suas coisas e segurando na mão de Zayn.

Percebeu que havia se tornado o ponto de segurança do garotinho no meio de toda essa situação, isso o agradava porque em meio ao caos que era aquela investigação ele era quem estaria mais próximo do controle.


– Sou apenas um agente, Sr. Anderson. – Liam Payne fitou o homem sentado a sua frente com um olhar cansado. – Talvez eu não tenha imaginação o suficiente pra entender tudo que está acontecendo aqui. Você me disse que aquele não era o Xerife Peters, porque disse isso? De fato, você quis nos avisar.

Andou até o sofá onde o homem estava pensativo e sentou ao lado.

– Você trouxe seu filho até uma casa no meio do nada e o tranca dentro do quarto com aquelas coisas. O que posso deduzir é que está tentando se livrar dele, é isso?

– Eu amo o meu filho, seu bastardo. – Respondeu entredentes.

– Mas o tranca no quarto com aquelas coisas! – Acusou novamente.

– Porque sabia que elas não o machucariam.

– Como? Eles machucaram você, provavelmente sua esposa, porque não machucariam Michael?


– Eu quero te mostrar meus desenhos. – Michael Anderson disse assim que ele e o agente chegaram ao quarto.

– Tudo bem. – Zayn concordou ainda impressionado com a calma dele diante dessa situação toda.

Sua mente o levou ao seu próprio quarto na infância quando passava horas brincando com lego e blocos de construção junto de Matthew. Não imaginava naquela época que queria trabalhar para o FBI. Formou-se em Psicologia na faculdade, mas interessou-se pelo ramo do FBI quando Matthew entrou para a unidade. Especializou-se em folclore e mitologia, que o levou a ser convocado a integrar uma investigação grande sobre um possível culto satânico que estaria raptando jovens em Nova Orleans, logo depois voltou a Washington D.C. e foi colocado para trabalhar junto ao Agente Payne.

SCARY MONSTERS. (AU! Ziam Mayne)Onde histórias criam vida. Descubra agora